Fanfic: The Last Hope [FINALIZADA] (MINI WEB) | Tema: Vondy

- O que ele tem? - Perguntou a médica enquando media a pressão dele. Enzo não parava de chorar. 

- Ele está vomitando toda vez que tenta comer alguma coisa e dando febre. - Falei apreensiva. - É por causa da doença?

- Ele está doente? - Ela o pegou no colo embora ele quisesse vir no meu colo.

- Ele tem Leucemia. - Falei por fim me escorando na parede. 

- Vou pedir para que o coloquem no soro. - Assenti enquando ela o entregava a mim. Já passava de três horas da madrugada quando resolvi levá-lo ao médico. 

Não foi fácil vê-lo novamente com a agulha espetada na mão enquando o soro entrava gota por gora na veia dele. 

Pela manhã, deixei Scarlet com Enzo no hospital e fui novamente até a empresa de Victor. Cedo de mais até. Sentei-me na escada na entrada da empresa e fiquei ali. Não queria ver Victor novamente e sim Christopher. Uma hora ele teria que chegar. 

Demorou um tempo até ele chegar. Ele desceu de seu carro falando no telefone e veio em direção à entrada. Pensei que ele não tinha me reconhecido quando ele passou direto por mim, mas então ele voltou de ré em passos lentos.

- Depois eu te ligo. - Ele guardou o telefone no bolso interno de seu terno. - Você.

- Eu. - Falei me limitando a essa palavra.

- Veio para me explicar o que houve ontem?

- Por um acaso seu querido pai não inventou mais nenhuma mentira? - Cruzei meus braços o encarando. 

- Acho que temos muito o que conversar, não é? - Assenti. Christopher olhou no relógio e depois apontou o carro dele. 

- Seja lá onde for me levar para conversarmos, não posso ir longe. 

- Não iremos longe. - Ele se limitou colocando sua pasta no banco traseiro. Abri a porta e entrei, sem esperar que ele pudesse abri-la para mim. 

Chegamos em um café-bar uns cinco minutos depois. Christopher pediu um capuccino pra ele e um para mim, embora eu tenha dito que não queria nada.

- Então...

- Primeiro eu preciso dizer o que você sabe sobre eu ter desparecido. - Falei tentando não olhá-lo. Apesar de ele estar um completo Uckermann filho, ele estava atraente. 

- Sei que você foi até meu pai dizendo que descobriu que estava grávida, e que pediu dinheiro para sumir da minha vida. - Arregalei meus olhos. - E que depois ele descobriu que tudo era mentira, que não passou de um golpe da barriga. - Ri incrédula. - Eu estou confuso. De quem é aquele bebê?

- É meu filho Christopher. - Tomei um gole do capuccino. - Você quer saber o que realmente aconteceu? - Ele assentiu. - Eu não posso obrigar você a acreditar, mas você decide. - Dei uma pausa e continuei. - Eu mandei uma carta pra você, dizendo que estava grávida, mas pelo que parece essa carta nunca chegou em suas mãos. 
- Por que você foi embora? Porque não me procurou?

- Seu pai descobriu. Acredito que ele tenha encontrado a carta antes de você. - Desviei meu olhar do dele olhando a rua engarrafada. - Ele me chamou na empresa, e disse que me daria dinheiro para eu ir embora do país. 

- E você aceitou? 

- Eu não tive escolha. Ele ameaçou desaparecer com meu filho quando ele nascesse. - Senti a primeira lágrima escorrer. - Disse que você não queria saber do bebê, e que estava bem com sua verdadeira namorada. E se eu ousasse intrometer entre vocês dois, eu pagaria por isso.

- Meu pai não faria isso.

- Ele fez Christopher. Tanto fez, que conseguiu a cidadania americana pra mim num piscar de olhos. Ou acha que eu conseguiria entrar nos Estados Unidos assim do nada, conseguir um emprego e um lugar para morar? - Christopher ficou em silêncio, talvêz recaptuando tudo.

- E porque você voltou agora? Porquê? Se ele te ameaçou, não tem medo que ele faça o que prometeu fazer?

- Medo Christopher? Eu tive medo sim, quando eu era uma garota ingênua, que não tinha ninguém intercedendo por mim. - Enxuguei o rosto na manga da blusa. - Eu tenho medo de perder o meu filho sim, mas não pelas ameaças do seu pai. 

- Não entendi.

- Você precisa me ajudar Christopher. Não estou pedindo pra você reconhecê-lo como pai, nada disso. Eu não quero seu dinheiro nem nada, muito menos me intrometer entre você e sua atual esposa. - Christopher arregalou os olhos mas não perguntei o porque do susto. Ele levou o copo de capuccino à boca. - Eu só preciso que você faça um exame de compatibilidade de medula óssea. - Ele engasgou com o capuccino deixando o copo de capuccino cair na calça dele. Fiquei olhando ele tossir tentando recuperar o fôlego enquanto tentava de toda a forma se livrar do líquido fervendo em sua perna. Uma moça lhe trouxe um pano para ele se limpar. Demorou um pouco até ele se recuperar.

- Medula óssea? - Ele tomou mais um gole da água que eu pedi pra ele. - Você está brincando né? - Neguei. Como eu queria que tudo não passasse de uma brincadeira de mal gosto. - Onde ele está agora? Porque não o trouxe pra eu ver? - Não respondi. - Caramba Dulce, fala alguma coisa. - Alterou a voz.

- Ele está no hospital agora. - Falei baixo. 

- No hospital? É por isso que ele vomitou ontem?

- Sim. Ele não está conseguindo comer.

- Em qual hospital?

- Eu acho melhor... - Christopher me interrompeu.

- Eu tenho direito de vê-lo Dulce. Ele é meu filho também. - Gritou e algumas pessoas olharam em volta.

- E o seu pai? Ele não pensa assim. 

- Pra começar você não tinha nem que ter procurado ele. Deveria ter vindo direto a mim. - Ele bufou. Seu rosto ficara tão vermelho como vi enquanto eu torcia para ele não chegar a tempo no elevador. - Eu vou fazer o exame, mas você precisa me deixar vê-lo. Eu te imploro.

- Porque ele se calou tão rápido contigo ontem? O que foi que você fez? Eu ouvi de dentro da sala do seu pai.

- Não sei. Eu o peguei do colo daquela garota, e comecei a conversar com ele. Ele simplesmente deitou a cabeça no meu ombro e se calou. Sempre tive jeito com crianças, você sabe disso.

- Nesse momento só sei que quero meu filho bem Christopher.