Fanfic: Nuestra luna ☾ | Tema: Vondy, Laliter e Simonella.

Dulce esperou e esperou por seu marido durante o dia todo para lhe dar a notícia ruim. Já tinha percebido que voltaria ao hospital apenas pela manhã.

Christopher abriu a porta do quarto e Dulce olhou. Tinha os olhos inchados, pois passara todo o dia em lágrimas. Ele a observou. Por um instante pareceu que ele ficou preocupado em vê-la daquela maneira, mas entrou no banheiro sem dar bola. Dulce bufou, estava cheia do que estava acontecendo e principalmente agora que seu filho estava entre a vida e a morte numa cama de hospital.

Ele saiu do banheiro e tratou de deitar-se ao lado dela. Porém, virou-se para seu lado e desligou seu abajur. Dulce nem se mexeu, o que o incomodou bastante.

Ucker= Você não vai dormir? - Disse quase como um xingamento.

Dul= Não vou conseguir dormir com tudo o que está acontecendo. - Disse em meio de soluços.

Ucker= Você poderia, por favor, parar com essas frescuras e desligar o abajur? - Dulce o olhou incrédula.

Dul= Se fosse frescura, eu já estaria dormindo. - Respondeu. Christopher a olhou sem reação, fazia tempo que ela não rebatia a sua grosseria.

Ucker= Quer saber? Vou para o quarto de hospedes. - Levantou-se.

Dul= Ele está em coma! - Disse voltando a chorar novamente.

Ucker= Quem está em coma? - Parando na porta e olhando para Dulce. Agora sim seu tom era de preocupação.

Dul= Bernardo entrou em coma hoje, Christopher.

Dulce abaixou a cabeça, mas pode sentir que Christopher tinha ficado parado na porta. Parecia estar em choque, mas olhou Dulce uma última vez e saiu do quarto. Ela deitou-se novamente na cama e passou a chorar descontroladamente. Era muito sofrimento. Esse era aquele momento em que ele deitava ao lado dela e ambos choravam juntos pela dor de estar praticamente perdendo um filho, mas não, ele continuou com a mesma frieza de sempre.

Christopher chegou ao quarto de hospedes e fechou a porta. Sentiu lágrimas quentes cairem sobre seu rosto. Era estranho, pois realmente fazia muito tempo que ele não chorava. Logo o choro se tornou algo desesperador. Um choro alto, que talvez toda a casa conseguiria escutar.

Na manhã seguinte, Dulce escutou seu despertador tocando. Sentou-se na cama e sentiu sua cabeça latejar. Chorar era tranquilizador, mas não em momentos como aquele, que lhe davam apenas mais pavor e dor de cabeça.

Levantou-se e tomou um banho, para talvez sentir-se melhor. Arrumou-se e desceu para tomar café.

Luna= Bom dia, mãe! Acordamos para irmos ao hospital com você.

Dul= Bom dia meninas! - Deu um meio sorriso e sentou-se na cama.

Mar= Você está bem? - Preocupada com a mãe.

Dul= Contei ao seu pai sobre Bernardo. Mas, já era tarde, vocês já estavam dormindo.

Mar= Pelo jeito ele reagiu com um idiota! - Dulce deu de ombros.

Dul= Não fala assim, filha. Ele ainda continua sendo seu pai.

Mar= Mas não digo por mal, ele está sendo um idiota. Mesmo recebendo uma noticia triste dessas, ele reage friamente, como se não fossemos nada pra ele. Como se meu irmão fosse nada pra ele. - Empurrou a cadeira.= Perdi a fome.

Marianella saiu furiosa da mesa de café. Não se conformava com esse jeito de seu pai. Sentia muita falta dele, mas com ele dessa maneira, jamais admitiria.

Dulce suspirou junto a Luna, sabiam o quanto aquilo afetava Marianella.