Fanfic: Closer - Laliter (Adaptada) | Tema: Laliter

Capítulo 12.

Lali

Na sexta feira, passei o dia no salão. Queria estar magnífica, para Mariano. Seria a oportunidade perfeita para fazer ciúmes em Peter e, dessa vez, sem a Malarina. 

Falando em Peter, ontem, por um momento, pensei em jogar meu gelo para o alto e perguntar o que havia acontecido. Sua expressão não era das melhores. Sequer tentou falar comigo, como quando ele fazia quando estávamos sem nos falar. A principio não liguei, poderia ser algo dele com a acéfala.

Para a minha formatura, optei por um vestido curto, tomara que caia, que ia até a metade das coxas, de cor vermelha, trabalhado em cetim, com alguns detalhes prateados. Preferi deixar os cabelos soltos e nas unhas, a mesma cor da roupa.

Liguei para Benjamin, que confirmou a presença dele e de Euge na festa e, logo em seguida, liguei para Mariano, que passaria para me buscar às 21:30. Quando faltavam quinze minutos, resolvi sair do quarto e descer, esperando por ele na portaria. Mas, para a minha surpresa, quando sai do quarto, vi Peter, de pijama, jogado no sofá.

- Você ainda não se arrumou ?! – Exclamei, com os olhos arregalados.
- Eu não vou, Lah. – Respondeu tranqüilamente.
- Como assim, não vai ?
- Olha, peguei uma briga feia com Martina, ontem. Ela pediu para eu escolher, entre você e ela... Preferi não causar mais problemas, agora você tem Mariano, não preciso mais brigar com ela por sua causa. Você entende.
- Não, não entendo. – Respondi irritada. – E se não tivesse Matiano, quem você me escolheria ? – O vi suspirar, caminhando para seu quarto.
- Boa festa Lah.

" Respostas omitidas, são piores que desilusões "

Desde o dia de minha formatura, Peter e eu temos conversado somente o necessário. Tais como "Me passa isso", "me passa aquilo" ou "Vai usar o carro ?".
O fato era que o Natal estava chegando e viajaríamos juntos para Buenos Aires. Tanto tempo dentro de um carro, em silêncio, poderia ser desgastante.

Nesse meio tempo, continuei saindo com Mariano, que era tudo de bom que eu poderia ter pedido. Estava terminando de me arrumar, quando o mesmo me liga, avisando que já me esperava lá embaixo.

- Peter, vou sair com o Mariano.
- Boa noite. – Respondeu-me secamente.

Ignorando seu tom seco, desci e, ao chegar até o carro de Mariano, lancei-lhe o meu melhor sorriso.

- Maravilhosa. – Disse antes de me dar um selinho e partir com o carro rumo ao restaurante. Nem tão sofisticado, nem tão despojado. Na medida certa.– Então, viaja quando ?
- Amanhã de manhã, eu acho.Peter e eu não estamos nos falando, então tive de deduzir sozinha. – Dei de ombros, bebericando um pouco do vinho.
- Quanto tempo vão ficar por lá ?
- Acho que até depois do ano novo. Ficamos tanto tempo sem ver a família, sabe como é ?! Temos de passar todas as festas lá. – Sorri divertida.
- Lah... Antes que você fosse, eu queria te perguntar uma coisa. – Por um momento, ele me pareceu nervoso.
- Pergunte.
- É que... Bem, estou um pouco nervoso. – Ele estava tão fofo que me fez rir.
- Percebo ! Vá Marian, não fique nervoso.
- Quer namorar comigo ?

Fora complicado explicar a Mariano os motivos pelos quais me levaram a não aceitar o seu pedido.
Seria errado estar com ele, sendo que meu coração, ainda que burro, pedisse por Peter.

Ele não merecia nada daquilo que eu sentia por ele, mas era totalmente contra os meus princípios. Eu o recriminava tanto por ter feito tudo o que fez comigo, aceitar namorar Mariano seria fazer o mesmo que eu reprovava em Peter.

Fizemos o caminho em silêncio, não precisava ser nenhum gênio para notar que o clima ficara estranho após o meu `não`.

- Então... Te vejo depois do Natal ?
- Sim... Pode ser ... – Sorri sem graça. – Feliz Natal e feliz Ano Novo. – Desejei-lhe saindo do carro, sem ao menos lhe dar um beijo.
- Pra você também.

Ainda pensativa, entrei no prédio e mantive a postura ao chegar em casa, com o olhar cabisbaixo.

- Pelo visto a noite não foi boa. O que foi ? Marianinho não compareceu ? – Ironizou Peter, jogado no sofá da sala.
- Eu não sei, porque tenho um coração burro demais pra saber. Por favor, Juan Pedro, não estou a fim de briga, boa noite.
- Euge ligou, para desejar boas festas.
- Ok, depois eu ligo.
- Amanhã saímos depois do almoço. – Assenti silenciosamente, indo para meu quarto e me trancando lá.

No dia seguinte, acordei cedo para arrumar minhas malas, liguei para Euge e Benjamin, desejando-lhes boas festas, tomei café e comecei a aprontar o almoço. Quanto mais cedo saíssemos, tão logo estaríamos em Buenos Aires.

O apartamento parecia habitado por zumbis, nem o fato das festas de final de ano se aproximarem, funcionava como desculpa para que houvesse algum diálogo realmente sadio, sem acusações.

Após o almoço nos aprontamos rapidamente, fechamos tudo e descemos. Enquanto Peter guardava as coisas na mala do carro, eu esperava. Quando ele entrou, suspirei, apoiando a cabeça no vidro. O vi hesitar antes de ligar o carro.

- Lah... O Natal está aí... Essa nossa briga não tem fundamento nenhum. Me deixei levar por Martina e acabei vacilando contigo, vamos parar com isso, sempre fomos amigos, moramos juntos. O que acha ? – Amigos... É, melhor do que essa situação horrorosa em que estávamos vivendo.
- Tudo bem... Não tem fundamento mesmo. – Lançou-me aquele sorriso torto que sempre me tirava todo o ar.
- Vem cá, me dê um abraço. – Sem pedir permissão, puxou-me para um apertado abraço, no qual retribuí. – Eu te amo Lah, desculpa. – Se ele soubesse como aquela pequena frase soava tão diferente para mim.
- Tudo bem, Peter, passou, não ?! Eu também amo você. – Ao nos separarmos ele me pegou de surpresa, ao dar-me um estalado beijo no rosto. Ajeitando o cinto de segurança, deu a partida no carro.

É... Esse fim de ano ia prometer.

Peter

Percebi que não havia sentido nenhum aceitar aquela imposição maluca de Martina. Eu era dono de minha vida e não precisava de ninguém falando o que devo ou não fazer.
E, acima de qualquer relacionamento havia a minha amizade com Lali. Amizade ?

- Como estão as coisas com Mariano ? – Perguntei tentando parecer descontraído, escondendo a pontada de ciúme que sentia.
- É... Indo. – Deu de ombros.
- Não me parece muito animada.
- Não sei, nosso último encontro não foi muito maravilhoso.
- Você chegou com uma cara nada boa.
- É.
- Desculpa ter te provocado daquela forma. Não sabia o que tinha acontecido. Na verdade, acho que fiquei com... Ciúmes. – Murmurei a contra gosto, vendo seu rosto se contorcer em um sorriso. – Não se gabe ! É estranho ver você com outra pessoa depois de tanto tempo.
- Agora você sabe como eu me sinto. – Respondeu em um sussurro quase inaudível que eu preferi fingir não escutar.
- O que aconteceu ?
- Estamos em um surto de sinceridade, não ?! Então vamos lá, não quero que se arrependa depois que escutar. – Assenti silenciosamente com a cabeça, mesmo que estivesse temeroso com o que poderia vir a sair de sua boca.

- Mariano pediu para namorar comigo. – Senti minha face esquentar pela raiva.
- E você ?
- Recusei.
- Como ?! Digo, achei que gostasse dele.
- Sim, gosto. Mas gostar é diferente de amar, estaria sendo suja aceitando namorar ele.
- Mas com o tempo aprende-se a amar, digo, eu não amo Martina, mas gosto dela. – Soltando um suspiro de pesar, Lali virou o rosto para mim.
- Eu não sei, realmente, qual é o seu problema. Se você é burro, se faz de burro, não sei ! Não aceitei namorar Mariano porque, estupidamente, ainda te amo. Achei que ele pudesse me fazer esquecer de você, Martina e tudo isso. Mas é muito mais complicado do que eu imaginava, amar é complicado. – Surpreso por essa súbita declaração, parei o carro no acostamento, desprendendo o cinto de segurança e virando-me no banco para encará-la.
- Tenho uma proposta pra te fazer.
- Proposta ?
- Sim. Estamos indo para Buenos Aires, vamos ficar uma semana, pelo menos, longe de todo esse mundo. Longe de Martina, Mariano... Por que não passamos juntos ? Digo, uma espécie de despedida.
- Juan Pedro... Não preciso de sua pena. Sei aceitar muito bem quando perdi o jogo.
- Sinto sua falta Lah. – Respondi, cortando a mesma. – Não é pena, é saudade.
- Tem noção da canalhice que está me pedindo ? – Vociferou, com o cenho franzido em irritação.
- Desculpa... Eu só queria... Ter você de novo. Nem que seja por uma semana.
- Diga que me ama e eu topo essa sua loucura.
- Como ?
- Pense até chegarmos em Buenos Aires, lá você me responde se me ama ou não. Minha resposta dependerá da sua.

 Continua.... - Capítulo 13. 

Respondendo Comentários. 

Vou responder na #MARATONA,quero que COMENTEM,MUITO. Será que LALITER vai vir para FICAR. 

Amor por Acaso - http://fanfics.com.br/fanfic/50645/amor-por-acaso-laliter-adaptada-laliter 

Closer - http://fanfics.com.br/fanfic/50697/closer-laliter-adaptada-laliter 

Behind The Scenes - http://fanfics.com.br/fanfic/50759/behind-the-scenes-laliter