Fanfic: Closer - Laliter (Adaptada) | Tema: Laliter

Capítulo 14.

Maratona 02/03

- Sabe o que dizem de casais que se beijam na virada do ano, não sabe ?! – Cande, um dia depois, enquanto eu arrumava minhas malas para a dolorosa volta.
- Não sei. Na verdade, nem sei se quero saber.
- Dizem que ficam juntos pelo resto da vida. – Não pude deixar de rir.
- Pare de ver esses filmes e esses programas de simpatia, afetam seu cérebro. Mesmo de cabelo pintado, sua origem é loira.
- Me ofendeu. – Fez bico, levando-me a abraçá-la.
- Desculpa morena. Mas não há mais saída para nós dois. Eu e Peter, um dia, demos certo.
- Certo. Quem sabe do seu coração é você. Boa viagem. – Dei um estalado beijo em sua bochecha. – Qualquer coisa me liga, qualquer coisa mesmo, ouviu ?!
- Sim. – Sorri. – Vou sentir muitas saudades.
- Eu também, vadia, Buenos Aires não é nada sem você.
- Já vou, preciso enfrentar duas horas de puro incomodo. – Rimos juntas, com lágrimas saltando aos nossos olhos.
- Me liga quando chegar.
- Credo Cande, está pior do que minha mãe.

Depois de quinze minutos me despedindo de Cande, consegui, finalmente, me despedir de minha família. Lá fora ele já me esperava. Ele e duas horas de puro silêncio.

E nossa convivência, definitivamente, tornou-se um inferno. Não estávamos brigados, não claramente. Mas tudo era motivo para briga, ou discussão. Seja pelo garfo sujo na pia ou tempo de demora no banheiro. Eu estava estressada por não conseguir um emprego e Peter estava estressado com alguma coisa relacionada a teletubbie sem cérebro dele. Pelo o que eu percebia ela estava pressionando-o para algo. E, para melhorar, havíamos voltado há uma semana e nada de Mariano me ligar, ou me procurar. Então, decidi que eu mesma faria isso.

- Mariano ? – Perguntei ao telefone, recebendo uma resposta positiva do outro lado da linha. – Er... Tudo bem ?
- Sim... E com você ?
- É, estou bem... Como foi o fim de ano ?
– Nada muito diferente de todos os anos.
- Ah... Sim... Voltei há uma semana...
- Eu sei, falei com o Peter...
- Peter e essa péssima mania de intromissão... – Murmurei mais para mim do que para ele. – Então... Podíamos nos ver ?
- Sim, precisamos conversar. O mais rápido possível
- Nos encontramos aonde ?
- Eu passo aí e a gente decide.
- Certo, um beijo.

Tomei um banho e me arrumei rapidamente. Deixei um bilhete para Peter, em cima da mesa da cozinha. Ele havia saído com a projeto mal acabado de Chucky e parecia que ia demorar.

- Olá. – Sorri, entrando no carro. Fui em direção aos seus lábios, para dar-lhe um selinho, mas o mesmo desviou o rosto. Franzi o cenho, começando a não gostar daquele encontro.
- Eu disse que precisávamos conversar. – É, meu dia não havia começado bem.

Mariano dirigiu até um café que havia ali próximo de casa, sentamos em uma mesa que era localizada na calçada. Aquilo não estava nada romântico.

- Então, sobre o que vamos conversar ? - Suspirei, arqueando a sobrancelha, olhando o cardápio.
- Acho que você já sabe, não é Lah ?
- Se eu soubesse não precisaria ter perguntado.
- Lah, depois de falar com o Peter antes de ontem, pelo telefone, eu tive a certeza de que não podemos ir mais a frente com isso. – Enraiveci.
- O que esse idiota te disse ? – Perguntei entre dentes.
- Nada demais. Mas ficou muito claro, pelo menos para mim, que vocês dois ainda sentem algo um pelo outro. E eu não quero estar com alguém ao qual o coração bate por outro cara. 
- Da onde tirou isso, Mariano ? Você só pode estar ficando doido. – Neguei nervosamente.
- Só vocês não percebem Lah, prestem atenção ! Os ciúmes que sentem um pelo outro. Os olhares, tudo denuncia os dois, mas só vocês não percebem. – Meneei a cabeça, me levantando.
- Tchau.
- Aonde vai ?
- Você já disse o que queria, eu já escutei e agora estou indo embora. Apesar de tudo, foi um prazer te conhecer.

Saí dali a passos duros, andando para qualquer lugar, menos a minha casa. Resolvi andar por um parque público que havia ali. Devido as férias, o mesmo encontrava-se abarrotado de crianças, casais e velhinhos. Olhando para tudo aquilo, me pus a pensar, onde, de fato, minha vida começou a desandar ?! Peter, sem dúvida, era um carma em minha vida.

Sentada sob a copa de uma árvore, me pus a pensar sob toda essa turbulência em minha vida. Acabei adormecendo e, quando dei por mim, o dia estava escurecendo. Balancei a cabeça em uma frustrada tentativa de esquecer esse maravilhoso dia e fiz sinal para um táxi, suspirei, descansando a cabeça no encosto do banco. Mas, quando cheguei em casa, o casal sedução estava sentado no sofá, assistindo T.V.

- Lah... Preciso falar contigo. – Disse Peter, cuidadoso, levantando-se. Franzi o cenho, jogando a chave sobre a mesa de jantar.
- Fale.
- MEU BEBÊ E EU VAMOS CASAR ! – Gritou Martina, pulando feito uma foca no cio.
- É o que ? – Perguntei tentando assimilar tudo aquilo.
- Martina, eu disse que eu que falaria.
- AI DESCULPA AMOR, ESTOU TÃO FELIZ E EMPOLGADA ! PETER VAI SER MANDANDO PARA A FILIAL DE BOSTON, ESTOU TÃO FELIZ ! VAMOS NOS CASAR EM TRÊS MESES ! NÃO É LINDO LALINHA ?
- Peter, o que essa louca ta dizendo ? Você vai me deixar aqui, desempregada, sustentando o apartamento sozinha ? Ou está, espontaneamente, me mandando de volta para Buenos Aires ?
- Lali, calma. Posso te ajudar até conseguir um emprego de novo.
- Não quero a sua caridade.
- QUER SER MADRINHA ?
- MARTINA ! – Gritou Peter, mas já era tarde demais, eu havia explidido.
- SUA VADIA DE QUINTA ! – Gritei antes de pegá-la pelos cabelos e jogar-lhe no chão. – Você – Dei-lhe um forte tapa no rosto. – É uma vadia ! – Exclamei, antes de esbofetear-lhe novamente. Senti Peter me puxar pela cintura.
- Sai daqui, Martina !
- Ela me bateu bebê ! – Choramingou com a mão sobre a face vermelha.
- EU VOU BATER MUITO MAIS ! ME SOLTA JUAN PEDRO ! – Resmunguei aos chutes.
- MARTINA ! VAI EMBORA, AGORA !
- Tá, mais só porque você pediu.
- VADIA, PIRANHA ! – Gritei antes que ela fechasse a porta. – Me ponha no chão !
- Lali ! O que deu em você ? – Perguntou, soltando-me.
- O QUE DEU EM VOCÊ ? CASAR EM TRÊS MESES ? O QUE FOI ? DEU CURTO NOS TEUS NEURÔNIOS ? ME POUPE JUAN PEDRO !

- Tenho que ir para Brasil ! O que vou fazer ?! Martina estava me pressionando para isso.
- E, claro, casamento seria a melhor solução.
- Lah...
- Engraçado, quando tivemos que nos mudar para cá, para estudar, você não me pediu em casamento.
- Lali, por favor.
- Não encha minha cabeça Peter. E diga àquela vadia, projeto de atriz pornô que pode escolher uma das amigas de ponto dela para ser a madrinha. Boa noite. – Joguei-me na cama, rezando para o dia ou a minha vida, acabarem logo.

" Uma hora chega o fim, e se torna insuportável amar."

Continua.... - Capítulo 15. 

Maratona 02/03

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Será respondido no final da Maratona.

Recado. 

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