Fanfic: Closer - Laliter (Adaptada) | Tema: Laliter

Capítulo 01 

Lali

Minha história é um tanto estranha. Não se espante quando eu lhe contar, pois ela será responsável pelo presente e pelo futuro.

Há alguns anos atrás, eu conheci um cara. Sabe quando você pensa que pode sentir algo infinito por alguém ?! Era assim que eu me sentia em relação a Peter. Na minha concepção, meu amor por ele era infinito.

Quando entramos na faculdade, decidimos morar junto, já que a universidade que estudaríamos era em outra cidade. Começamos, sem querer, a levar uma vida de casados e isso, de certa forma, acabou prejudicando um pouco a nossa relação. Com o passar do tempo, começamos a estagiar, eu em uma grande empresa de contabilidade e ele em uma de webdesigner, o que fazia com que nós dois nos víssemos menos ainda, mesmo que morando no mesmo apartamento. Com o tempo a relação foi esfriando, o encanto se perdendo e o amor, pouco, a pouco se esvaindo.

Até que chegamos juntos a uma conclusão: Não poderíamos continuar com aquilo. Não daquela forma, pois já não era mais um relacionamento de namorados. Funcionávamos bem juntos, mas como amigos. Como pessoas civilizadas, decidimos continuar morando sob o mesmo teto, por simples e pura praticidade. Nunca nos deu problema, afinal, acima de tudo, nós éramos amigos.

Você deve estar se perguntando: ` Que loucura ! Quem diabos em sã consciência moraria com o ex ?! ` É, no começo eu também achava estranho, mas depois de 3 anos isso passou a ser tão normal quanto a morar com um amigo. A proximidade nunca havia nos dado problema. Pelo menos não até agora.

Peter

Eu e Lali já convivíamos juntos há uns 3 anos, desde que terminamos nosso relacionamento. 

Sabe quando acaba o amor ? Não tem mais aquela paixão, aquele desejo... Foi simplesmente assim, esfriando. Talvez, por isso não houve briga, desentendimentos ou corações partidos.

Lali era como uma irmã para mim, nós sempre nos demos muito bem. Até mesmo como amiga. Eu sabia, sempre que precisasse de Lali, poderia contar com ela e vice versa.

As pessoas achavam, e até hoje acham, loucura, essa coisa de morar com a ex. Para mim é tão normal quanto morar com uma amiga, a diferença é que eu confio muito mais em Lali do que a qualquer outra. E assim seguíamos vivendo. Até porque só tínhamos um ao outro aqui nessa cidade, já que nossos amigos e parentes ficaram todos em Buenos Aires.

Morar com ela nunca me trouxe problema. Pelo menos não até agora

- Lah... – Me arrastei até o quarto dela, que estava na escrivaninha, provavelmente fazendo contas, e me joguei de bruços em sua cama.
- Que ?
- Tem alguma coisa na minha bunda, ta doendo muito. – Ela me olhou com uma expressão de falso espanto. – Não me olha assim, nem faça piadinhas, você mesmo sabe de como sou homem. Acho que é um furúnculo.
- Deixa eu ver. – Disse, vindo em minha direção. – Eita, isso ta feio.
- Não consigo nem sentar e isso é péssimo para um homem. – Reclamei, enquanto ela somente ria.
- Vou ligar para a sua mãe, espera.
- Tudo bem, não demora. – Ela ria sem parar, enquanto discava o número. – Pára de rir de mim !
- Ok... Clau! Preciso de sua ajuda. Peter está com um furúnculo na bunda e não pára de reclamar. – Joguei uma almofada na direção dela, que não parava de rir. – Aham, entendi. Obrigada Clau, mande um beijo em todos por aí.

- E então ?
- Já venho. – Disse, entrando no banheiro do quarto dela e logo em seguida voltando com um vidrinho e um chumaço de algodão. – Anda, deixe-me ver esse teu monumento bundal.
- O que você vai fazer ?
- Preciso espremer isso.
- TÁ LOUCA ?
- Sua mãe que mandou, se entenda com ela. Anda, deixe de ser frouxo. – Assenti, permitindo que ela prosseguisse com aquela tortura.
- AAAAAAAAAAAAI !
- Pare com o escândalo !
- Porque não é você aqui ! Aii, PÁRA !
- Pronto, acabou, viu ?! Não vai doer mais, só precisa passar um pouco disso aqui. – Completou, molhando o chumaço de algodão no líquido do vidrinho e colocando sobre o que restava do furúnculo.
- Isso também dói sabia ?
- Pare de frescura. – Disse indo ao banheiro para guardar as coisas.

- Já disse, não é frescura.
- Ok, ok. Vou parar de te chamar de fresco, tá ? Fresco.
- Hehe, engraçadinha. – Dei língua a ela. – Laaaaaaaaaaah...
- Queeeeeee ?
- Já que eu não posso me esforçar, você poderia fazer algo bom para eu comer né ? Estou com tanta fome.
- Explorador ! – Exclamou sorrindo.

Viu ?! É assim que as coisas são entre a gente. Se fosse outra pessoas, aposto que não teria esse companheirismo que temos. Por isso não existem problemas entre Lali e eu.

                        " O amor não simplesmente morre, apenas adormece. "

Continua....... - Capítulo 02. 

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