Fanfic: Closer - Laliter (Adaptada) | Tema: Laliter

Capítulo 28.

Quando cheguei a sala, Juan tinha uma expressão cabisbaixa e Juana tinha um sorriso no rosto, enquanto retirava a mochila de Julia, que correu para abraçar o pai.

- PAAAAAAAAAAI!
- Hei, princesa! Passou de ano?
- Sim, eu sou inteligente! – Sorri, vendo aquela cena e, em seguida, voltei meu olhar para meu par de jarros.
- E vocês dois?
- Bem... – Ergui a sobrancelha para o desconcerto de Juan.
- Ficou de dependência, mãe. – Respondeu a irmã.
- Nerd fofoqueira.
- Ei, ei! Sem brigas, os dois! – Falando assim, dá até para pensar que Peter é a autoridade da casa. – Ei, cara, não fica assim.
- QUE?! – Berrei em resposta.
- Vamos lá para cima, jogar uma partida de Winning Eleven, afinal, quem nunca ficou de dependência?!
- Eu! – Exclamei revoltada. Peter estava estragando nosso filho!
- E eu. – Respondera Luísa, cruzando os braços, parando ao meu lado.
- E eu, eu também! – Pulava Julia.
- Mulheres. – Bufou, revirando os olhos. – Vamos logo, aqui é uma supremacia feminina.
- JUAN PEDRO LANZANI!
- Boa sorte, pai. – Murmurou Juan, dando um tapinha no ombro do pai, e sentando-se ao lado das irmãs, no sofá.
- Se o nosso filho está com esse problema, agora, a culpa é sua! Que fica fazendo ele jogar essa porcaria o dia todo! O menino não tem tempo para estudar!
- Minha culpa?!

Juana

Ótimo! A confusão estava armada! Tudo por causa daquela maldição chamada playstation. Estava quase vendo o dia em que mamãe atiraria aquela droga pela janela.

- Se você não tivesse falado nada, sua fofoqueira! – Sussurrou o imbecil.
- E você realmente acha que ia esconder por muito tempo?! Francamente, você realmente puxou a burrice do papai. Até parece que não conhece a mãe que temos.
- Eu sei! Mas contaria depois, de um modo melhor.
- Cala a boca e assiste.
- Trouxe pipoca, querem? – Ofereceu Juli, sentando entre nós com o saco de pipocas. – Ele já falou do triângulo?
- Ainda não. – Respondi, concentrada nos dois a minha frente. – Mas falta pouco.

- Fica viciando o menino! Não quero filho meu viciado em qualquer coisa!
- Deixe de estupidez, Lali! Aquilo oferece coordenação motora e espírito competitivo! Você tem de ver como é bom! Principalmente quando fazemos campeonatos, é muita concentração!
- Me poupe, Petr! Eu tenho cara de quem quer saber de vídeo game?! Mal sei para que serve aquele maldito triângulo!
- Serve para dar um toque mais rápido na bola. E se você apertar junto do L1, faz tabela.

- Ferrou. – Sussurrei.

- JUAN PEDRO LANZANI! – Berrou mamãe, e eu podia jurar que ela arrancaria os cabelos de papai, e os dela também.

- Sabe, essas brigas do papai e da mamãe, nunca acabam bem para gente. – Murmurou Juan.
- Verdade, mas nunca consigo me lembrar o por quê. – Respondi, mordendo uma pipoca.

- VOCÊ VAI DORMIR NO QUARTO DAS CRIANÇAS!

- Acho que lembrei o por quê. – Resmunguei, trocando um olhar com meu irmão.
- Mas que droga! – Exclamou Julia.

Preciso mencionar que, mesmo tendo quinze anos, sofro de insônia, e que o fato se agrava quando meu pai era obrigado a dormir no meu quarto. Já que, até uma locomotiva antiga era mais silenciosa que ele.

- Preciso arrumar um jeito de acabar com essas brigas urgentemente. – Murmurei para mim mesma, antes de levantar-me e ir para a cozinha.

Chegando à cozinha, sentei-me na cadeira, pensando no que comer. Ficar sem sono me dava fome, aliás, qualquer coisa me dava fome. Juan dizia que eu não engordava por que era muito ruim. Pobrezinho, era muito complicado para sua mente entender o que era metabolismo acelerado. Continuando, minha fome se agravava pelo nervosismo. Papai e mamãe sempre tiveram suas pequenas picuinhas, coisa que se resolvia em cinco minutos. Mas, ultimamente, as brigas, além de acontecerem com maior frequência, tinham seu tempo prolongado. Tal como o tempo que demoravam para fazerem as pazes.

Sempre me disseram que alguns – ou todos – os casais enfrentavam a famosa crise dos dez anos. Alguns casamentos sobreviviam e outros, infelizmente, não resistiam à ela. Eu esperava, de todo o coração, que o de meus pais sobrevivesse.

Levei dez minutos para decidir que comer um cereal seria a melhor opção para mim, naquele momento. Se eu estava com insônia, era melhor comer algo não muito pesado, ou só pioraria.

- Perdeu o sono?

Virei o rosto para a porta da cozinha e sorri para, logo em seguida, voltar a mergulhar a colher em minha tigela.

- Você ronca demais.
- Eu?! – Exclamou papai, pegando uma tigela no armário e sentando ao meu lado, jogando um pouco do cereal na mesma.
- Experimente se ouvir durante a noite. – Com uma risadinha, o vi despejar o leite.
- Não duvido, sua mãe me diz a mesma coisa. – Meneei a cabeça, dando mais uma colherada. – Escute, precisamos dar um jeito naquele colchão, ele é duro demais, acaba com as minhas costas. Acho que vou comprar um novo, já que, frequentemente ando dormindo naquele quarto. A propósito, nunca soube que Juan falava tanto quando dormia.
- Porque não dividia o quarto com ele com tanta frequência. Pai, não gosto das brigas de vocês. – Comentei, mudando bruscamente de assunto. – Antes era até engraçado, aliás, até certo ponto é, mas ultimamente anda perdendo a graça. Mamãe fica triste, você fica mal humorado. Juan é muito burro para perceber, e Juli uma criança, acha que é brincadeira, mas eu vejo, sei que estão em uma fase difícil. Qualquer coisa é motivo de briga.
- É. – Suspirou, mexendo com a colher dentro da tigela. – Estamos com alguns problemas.
- Sei que sou só a filha de vocês, mas será que você quer me contar?
- Já disse que você é uma pequena adulta?! – Sorri junto dele. – Tudo roda, basicamente, em torno de um novo filho. Eu quero, mas sua mãe não. Junta com os problemas na firma, em casa e dá onde está. Sua mãe sempre se irritou com muita facilidade, você sabe como ela é.
- Sim. Mas eu tenho certeza que ela também fica mal. Apesar de todo esse jeito dela, mamãe é louca por você. Lembra daquela festinha do colégio? Quando eu e Juan tínhamos uns doze anos, que ela quase voou no pescoço da mãe de uma amiga minha, só porque a mulher olhou diferente para você?!
- Lembro. Lali sempre foi invocada.

- E completamente apaixonada por você. – Sorri, terminando meu cereal. – Por que não sobe para o quarto de vocês?! Sei que mamãe pode parecer durona, mas tenho certeza que adoraria se você fosse até lá, "pertubá-la", se é que me entende. – Pisquei o olho, deixando minha tigela na pia. – Não esqueça de trancar a porta, pai. – Uma baixa risada pode ser ouvida.
- Pode deixar. – Quando já estava saindo da cozinha, o ouvi me chamar. – Jujully!
- Eu.
- Eu amo você.

Sonohra – Besos Faciles 

Continua..... - Capítulo 29. 

Respondendo Comentários

 Passando novamente rapidinho,espero que gostem. Fim de ano é assim tudo corrido. Beijos.

Amor por Acaso - http://fanfics.com.br/fanfic/50645/amor-por-acaso-laliter-adaptada-laliter 

Closer - http://fanfics.com.br/fanfic/50697/closer-laliter-adaptada-laliter 

Behind The Scenes - http://fanfics.com.br/fanfic/50759/behind-the-scenes-laliter 

Destinos Opostos - http://fanfics.com.br/fanfic/51169/destinos-opostos-lalier-adaptada-laliter