Fanfic: Closer - Laliter (Adaptada) | Tema: Laliter

Capítulo 29.

Lali

Eu havia demorado a pegar no sono. Novamente os tranquilizantes foram meus amigos, ajudando-me a dormir. Sei que eu havia pedido para ele não dormir no quarto, ou seria exigido?! Mas a verdade é que isso me fazia falta. Aqueles braços, ali, do meu lado, me abraçando, durante a noite, eram o suficiente para que eu me sentisse segura.

Quando, finalmente, achei que tivesse pego no sono, senti um peso ao lado da cama. Provavelmente Julia, com mais um de seus pesadelos. Mas, quando me virei para abraçá-la, notei que não era exatamente minha filha, ali. Em um impulso, levantei-me, ascendendo o abajur.

- Juan Pedro? O que faz aqui? Não falei para você dormir no quarto das crianças.
- Sim, disse. – Bufei, passando as mãos pelos cabelos. – Mas não quero sair daqui. Não quero porque não suporto mais essas brigas, porque sinto sua falta de noite, porque durmo mal quando não estou ao teu lado e, principalmente, porque amo você. Não me tire desse quarto, não me tire de perto de você. Sei que não sou o melhor marido do mundo, mas faço o possível e o impossível para te fazer feliz. – Baixei o rosto, sentindo que ele acariciava meu rosto. – Você sabia com quem estava casando.
- Sim, eu sabia. – Sorri, levantando o rosto. – E não me arrependo um minuto disso. – Levando minha mão até sua nuca, puxei seu rosto para junto do meu. – Eu amo você. – Sussurrei, colando meus lábios nos seus.
- Jully me instruiu fechar a porta. – Afastei-me um pouco, franzindo a testa.

- O que Jully tem haver com isso?
- Diria que ela conhece os pais que tem. – Sorriu, torto.
- Então feche a porta. – Murmurei com a expressão carregada de malicia.
- Já me encarreguei disso. – Respondera, voltando a chocar os lábios dos meus. Deitando-me de volta na cama para, dessa vez, fazermos as pazes, da melhor forma.

“Você e eu vivendo, somos dois um só coração. É para você que vou fazer esta canção.”

Havia, de fato, de concordar como era bom estar assim com Peter. Acordar de manhã, com o rosto enterrado em sua pele, com o corpo em seus braços e, ao abrir os olhos, fitar aquele sorriso.

- Bom dia, emburrada. – Murmurou, apertando meu nariz.
- Não venha com essa, você me irritou. – Defendi-me, fazendo bico.
- Será que podemos, pelo menos, acordar em paz?!
- Certo. – Reprimi uma risada, beijando-lhe o tórax. – Bom dia.
- Com toda essa confusão, esquecemos de contar sobre a viagem para as crianças.
- Podemos contar agora, no café da manhã.
- Mas e a revolução à mesa?
- Uma mãe sabe como controlar suas crias. – Sorri, piscando o olho e levantando-me, indo para o banheiro. – Vem, vamos terminar essa reconciliação.

Juana.

Pressentindo o que poderia estar acontecendo com meus pais, naquele momento, adiantei-me para arrumar o café da manhã.

- Você! – Apontei para Juan, antes de entregar-lhe aquela vitamina nojenta que, segundo ele, aumenta seu tônus muscular. Garotos e cérebro, ou se tem um, ou se tem outro. – Nada de assuntos sobre videogame com papai. Escutou?!
- Sim senhora, sargenta.
- E você, mocinha. – Sorri para Julia, entregando-lhe uma tigela de cereais coloridos. – Você não tem nada, é meu orgulho.
- Herdei os genes inteligentes da mamãe! – Exclamou, sorrindo.
- Sim, meu amor. Nascemos para manter o nível intelectual desta família.
- Isso não vale! Vocês sempre estão em vantagem, na casa! E sempre chamam eu e o papai de burros!
- Juan, topa um joguinho rápido? Só para testar sua inteligência.
- Claro, deu de ombros, encarando-me frente a frente. – Vá, comece! – Bocejei, apoiando o cotovelo sobre a mesa, e o queixo sobre a palma de minha mão.
- Dois mais dois?
- Quatro!
- Dois vezes dois?
- Quatro!
- Oito dividido por dois?
- Quatro!
- Quantos lados tem um triângulo?
- Quatro! – Ergui as sobrancelhas, sorrindo debochada. – Droga! Não vale! Você fez uma pegadinha!

- Pode revidar, se quiser. – Dei de ombros.
- E vou! – Exclamou, em tom de ataque. – Prepare-se!
- Estou preparada. – Respondi com tranquilidade.
- Qual a cor do leite?
- Branco.
- Qual a cor do leite?
- Branco.
- Qual a cor do leite?
- Branco.
- O que a vaca bebe?
- Água. – Sorri, de forma debochada, mais uma vez. – Você é tão original, meu irmão.
- Mas que merda! Sempre funciona! – Praguejou baixinho, enquanto Julia controlava o riso. – E você, pare de rir! Tem sorte por ser pequena.
- Não seja por isso, façamos com ela. – Sugeri, virando-me para nossa caçulinha. – Vamos fazer diferente. Posso, Juju? Prometo pegar leve!
- Sim!
- Qual organela do citoplasma é responsável pela respiração celular?
- Mitocôndria!
- Qual substância é formada a partir da mistura de CO2 no sangue?
- Carboxiemoglobina!
- O que determina a acidez de um composto químico?
- O número de pontes de hidrogênio!
- Pra terminar, uma bem fácil! Qual a fórmula de Baskara?
- Mais ou menos “b” igual a raiz de delta, vezes quatro, vezes “a”, vezes “c”, sobre dois vezes “a”. – Sorri, satisfeita.
- Ai que orgulho.

- O que – O olhar de Juan era espantado. – Juana! Ela só tem dez anos!
- E um Q.I. maior que o seu.
- O que você fez com ela?!
- Não tenho culpa de que ela prefere Discovery Channel a Discovery Kids.
- Sua –
- Epa! – Exclamou mamãe, entrando na cozinha, seguida por papai. – Do que você ia chamar a sua irmã?
- Mãe! Essa nerd está contaminando a Juju!
- Contaminando?! – Intrometeu-se papai, arrumando seu cereal.
- É! A filhinha caçula de vocês está se transformando em uma pequena aberração!
- Pera lá. – Disse mamãe, sorvendo seu café. – O que você quis dizer com isso?
- Pergunte à ela alguma coisa! Qualquer coisa! Sobre qualquer assunto! – Revirei os olhos, enquanto mamãe baixava a caneca, para perguntar a Julia.
- Quem descobriu a América?
- Ah, mamãe, não mete essa! Tenho cara de burra?! – Protestou Juju, fazendo mamãe ficar boquiaberta, antes de se preparar para falar algo.
- Olha aqui moc –
- Então crianças! Nós temos uma novidade para vocês. – Intrometeu-se papai. Talvez uma ótima decisão, eu previa um enorme sermão por parte de minha mãe. – Nós vamos viajar! – Então a revolução estava armada. Julia gritava e pulava, Juan não parava de falar sobre seus planos, junto de papai e eu tentava imaginar para onde nós viajaríamos.
- Para onde vamos? – Perguntei, silenciando a revolução.
- Miami, Coral Gables. Seu pai e eu conseguimos comprar uma casa lá. Esse ano lucramos muito com a empresa.
- E quando vamos? – Meus olhos brilhavam.
- Só no mês que vem, ainda precisamos ajeitar algumas coisas, antes de viajar. Deixa tudo em ordem. – Respondera papai.

OH-MY-GOD! Nós vamos para Miami! 

Continua..... - Capítulo 30.

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 Passando novamente rapidinho,espero que gostem. Fim de ano é assim tudo corrido. Beijos.

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