Fanfic: Closer - Laliter (Adaptada) | Tema: Laliter

Capítulo 35.

Maratona 06/06.

Sim terá Maratona - Entre os Dias 21,22,23,24 já que apartir de 25 vou viajar e volto apenas 16/01/15. 

Espero que gostem.

Juana.

Ao ver aquela cena na sala, ficamos assustados, mas depois lembramos que aquela poderia ser mais uma daquelas brigas, que saiam do controle, onde papai sempre estava de volta no fim do dia e eles faziam as pazes testando as molas do colchão.

Porém, esse pensamento foi por água abaixo quando, uma semana depois, papai não dava sinal de vida e mamãe, quando saía do quarto, não pronunciava uma palavra sequer. Será que ela se tocava de que estava grávida e que viver daquela forma só poderia trazer coisas ruins?!

- Nós precisamos fazer alguma coisa! – Exclamei, levantando-me do sofá, andando de um lado para o outro da sala.
- Eu quero o papai de volta.
- Eu também, Juju. – Respondi, parando e sorrindo para ela.
- Todos nós queremos. Mas o que vamos fazer?
- Nós já os juntamos uma vez, Juan, lembra?! Agora temos reforços, por quê não conseguiríamos? – Sorri, levando a mão à cintura.
- Parece ter tido uma ideia.
- Não só uma, como várias, irmãozinho.

Uma coisa deve ficar registrada: Com os filhos de Lali e Peter, ninguém mexe!

E se precisássemos trabalhar unidos, todos nós, juntos, executaríamos a primeira parte do plano para trazer papai de volta para casa e para a vida de nossa mãe. Sem sombra de duvidas, nós éramos a melhor equipe.

- Preparados? – Fitando cada um de meus irmãos, recebi um assentimento silencioso. Sorri, batendo a porta e esperando até que atendessem. – Oi vovó!
- Ei, o que traz toda a minha equipe até aqui?!
- Viemos ver o papai, ele está?
- Pode ter certeza que sim, querida. Ele não sai daquele quarto tem um bom tempo. Venham entre. – Um a um, entramos na casa de nossa avó e logo sentimos aquele familiar cheiro invadir nossas narinas. – Sim... Estou fazendo bolo.
- Opa! – Exclamou Juan. Certo, o bolo dela era o melhor do mundo, mas ainda tínhamos um trabalho a fazer. – Mas acho que pode deixar para depois.
- Sim, primeiro precisamos falar com papai.
- Vão, subam! Certifiquem de que ele ande tomando banho e que desça para comer alguma coisa.
- Pode deixar vovó. – Imediatamente corremos escadaria acima, encarado a porta de madeira fechada. Devemos ter perdido cerca de um minuto nos entreolhando, antes que eu respirasse fundo e erguesse o punho. – Certo, vamos lá. – Demorou um pouco o intervalo de tempo entre o momento em que bati à porta e que papai resolveu abri-la. E, quando o vi ali, parado no batente, segurei a vontade que tinha de chorar, sua aparência estava deplorável. A barba não parecia ser feita há um bom tempo, seus olhos tinham manchas roxas na parte de baixo das pálpebras e ele parecia levemente mais magro. – Oi pai.
- Veja se não é minha galerinha. Venham cá, me deem um abraço. – Não me importei de ter que dividir um abraço espremido com meu pai, estávamos ali, unidos por uma causa em comum. – Como vocês estão?
- Com saudades, mas estamos bem. – Respondi, entrando junto com meus irmãos e sentando sobre a cama desarrumada de nosso pai. – Você é que não parece nada legal.

- A gente tenta ficar legal, mas não é a mesma coisa, não é, princesa?! – Perguntou a Juana, que estava sentada sobre sua perna. – E a mãe de vocês, como está?
- Igual, ou pior que você. Estamos preocupados, pai. Mamãe quase não sai daquele maldito quarto. Quando sai, não fala nada.
- Já tentei ficar horas seguidas no videogame, pra ver se ela brigava, mas nem isso pai. – Respondeu Juan. – Mamãe está parecendo um zumbi.
- Tenho medo de que isso possa afetar ela... E o bebê.
- A mamãe está triste sem você, papai. E a gente também. – Murmurou nossa caçulinha, encostando a cabeça no peito de nosso pai, que suspirou, acariciando-lhe os cabelos.
- Eu queria fazer alguma coisa, mas a sua mãe é uma teimosa, não acredita em mim! Vocês sabem, eu nunca a trairia.
- Nós sabemos, pai, e precisamos da sua ajuda. Nós temos um plano. 

Explicamos nosso plano passo a passo, bem como a parte em que ele teria que agir. Não era complicado, ele só precisava entrar com as palavras, a situação nós mesmo armaríamos. Afinal, tínhamos na família, a melhor artista da futura geração.

- Vocês são umas pestinhas. – Sorriu papai, após escutar nosso plano.
- Só estamos usando nossos talentos. Então, vai querer ajudar?
- Contem comigo. – Automaticamente, pulamos todos sobre ele. Era tão bom poder ouvir a gargalhada de nosso pai novamente. – Eu só queria entender como aquele bilhete foi parar na minha mala.
- Eu também, pai. Você nem imagina como? – Perguntei, deitando ao seu lado.
- Não sei! Vocês saíram, eu e Juan começamos a jogar, foi aí que a campainha tocou, era a vizinha.
- Ela saiu entrando, você pediu pra ela esperar um pouco e me puxou para a cozinha. Disse que mamãe não ia gostar nada de vê-la ali.
- Sim... Ficamos conversando sobre o que fazer em relação a ela. – Foi nesse momento que um estalo veio a minha mente. Prontamente me levantei da cama.
- Esperem aí! Quanto tempo vocês ficaram na cozinha?
- Não sei, uns dez ou quinze minutos. – Respondeu papai, dando de ombros, sendo acompanhado por Juan.
- É isso! Aquela pir – Interrompi-me ao lembrar que Julia estava ali. – Aquela mulher. Ela planejou tudo! Dez minutos! É a janela perfeita para que ela subisse, achasse o quarto de vocês e colocasse o bilhete em sua mala, pai! Você sempre que viaja a deixa aberta, diz que facilita na hora de fechá-la. Não precisou muito esforço dela! Era só enfiar entre suas roupas e descer como se nada tivesse acontecido!
- Que... Ardilosa. – Conteve-se papai, tão indignado quanto eu ou Juan. – Bem, está feito, agora precisamos agir e reverter a situação. Somos uma equipe, certo?
- Sim! – Exclamamos em uníssono.

- Agora, me respondam uma coisa... Esse cheiro que estou sentindo, é do bolo da avó de vocês?
- Pode ter certeza que sim. – Sorri, abraçando-o com força. – Nós amamos você, pai.
- Sem sombra de duvidas que tenho os melhores filhos do mundo. Também amo vocês.

Rapidamente voltamos para casa. Precisávamos por nosso plano em prática o mais rápido possível. Tínhamos a vantagem de mamãe ficar trancafiada naquele quarto, assim poderíamos preparar tudo com calma e tranquilidade.

- Jujully, tem certeza que já não deu tempo o suficiente? Se eu já estou com calor, imagina a Ju.
- Ainda não, só mais um pouquinho. – Respondi, fitando o relógio em meu pulso. – Ju, já está suando?
- Estou começando.
- Certo... Só mais um pouquinho e... Pronto! Ju, já pode sair da frente do forno. Agora sobe e se enfia debaixo das cobertas, já sabe o que fazer?
- Deixa comigo, Jujully. – Chocando a mão com a dela, a vi correr, subindo as escadas.
- Juan, agora é com a gente. Você, vai pro quarto da Julia e ajuda ela, faça uma cara de bem preocupado. Vou falar com a mamãe.
- Certo. – Bem, era agora ou nunca.

Logo em seguida, subi as escadas, treinando minha expressão de preocupação. Contando que meus irmãos já estivessem preparados, bati à porta de seu quarto.

- Mãe! Preciso falar com você.
- Entra. – E eu tinha razão quando disse à papai que deveria estar igual ou pior que ele. Seu estado era quase comparado ao de um trapo humano.
- É que... Bem. – Certo, eu precisava me recompor se quisesse que isso desse certo. – A Ju não está nada bem, mãe. Está com calafrios e queimando em febre.
- Oh meu Deus, Julia! – Quando mamãe levantou-se correndo, em direção ao quarto de nossa caçula, a segui logo atrás, para conferir a atuação de minha irmã. – Ju, filha, o que você tem?
- Mamãe... – Naquele momento, segurei-me para não rir. Luana era fantástica! – Eu quero o papai. – A expressão de nossa mãe mudou, fazendo-a suspirar, levando as mãos aos cabelos.
- Mãe, talvez seja emocional. Eu juro que cuidei bem dela enquanto você... Chorava. – Alfinetei-a de leve, analisando sua face.
- Eu sei... Eu confio em você, Jujully.
- Não é melhor chamar o papai, mãe? – Sugeriu Juan, conforme o plano.

- Droga... – A ouvi praguejar, em um murmúrio. – Vão, chamem o pai de vocês, rápido! – Disparando escada abaixo, meus dedos já discavam seu número, no celular, esperando que ele atendesse.
- Pai? Já pode vir.

Retorcendo meus dedos uns entre si, o aparelho de celular em minhas mãos já estava molhado com o suor que vinha da palma de minhas mãos. Cinco minutos depois, meu pai chegava, esbaforido.

- Então?
- Está tudo pronto! Fez a sua parte?
- Sim, falei com Dr. Ruiz, ele topou.
- Certo, Ela está lá em cima, no quarto da Ju. – Seguindo-o através das escadas, troquei um olhar com Juan, ao encostar-me na parede, ao seu lado.
- Princesa, o que aconteceu? – Perguntara papai, passando as mãos entre os cabelos de Julia. – Você está queimando em febre.
- Estou com saudades papai.
- Juana acha que é emocional, ela ficou assim do nada. – Respondera mamãe. – Você acha que devemos levá-la ao médico?
- É melhor, nunca se sabe o que pode ter acontecido. – Levantando-se, papai pegou Ju entre seus braços, para, em seguida, fitar mamãe. – Você vem?
- S-sim... Vou me trocar. – Ao sair do quarto, papai baixou o olhar para a pequenininha que estava em seus braços, que sorriu.
- Ei, mocinha, ainda não acabou, volte a como estava antes.
- Sim senhor!
- Vocês são demais. – Sorri, checando para ver se mamãe voltava.
- Certo, agora é com você pai. Está nas suas mãos e do Dr. Ruiz! Nós vamos esperar uns dez minutos e saímos atrás, tudo bem?
- Pode deixar.
- Vamos? – Perguntou mamãe, ao chegar à porta. Recebendo um silencioso assentimento de papai. 

Continua........... - Capítulo 36.  

Feliz Natal e Feliz Ano Novo.