Fanfic: Closer - Laliter (Adaptada) | Tema: Laliter

Capítulo 05.

Peter

Eu voltava para a casa com a esperança de que aquele infeliz já estivesse longe. Ou então eu não iria nem querer ser ele. Amassaria toda aquela cara de almofadinha, piedade.
Quem ele pensa que é para aparecer na minha festa ?! E quem Lali pensa que é para convidá-lo ?!
Mas eu a faria escutar muito, cada palavra que eu tinha para dizer, nem que pra isso eu tivesse de amarrá-la na cadeira.
Acontece que ao chegar em casa, me deparei com Lali completamente bêbada, descalça, rodopiando, cantando e tendo como microfone uma garrafa vazia de rum.

http://www.youtube.com/watch?v=UEm40-cQgKs

Baby Face & Des`ree - Fire
 

- LALI ! - Exclamei, jogando as chaves em cima da mesa.
- Meu nominho ! - Respondeu, rindo feito uma retardada.
- Você está bêbada. - Resmunguei, arrancando a garrafa de suas mãos.
- Não ! Só estou ligeiramente sem razão... hihihi.
- Precisamos conversar, cadê seu amiguinho ?
- Foi embora, por que ?!
- Melhor assim... Quem te deu o direito de chamar ele ?
- O apartamento também é meu queridinho. - Debochou. - Não me diga que está com ciumes ?!
- Não fale besteiras Lali!
- ENTÃO ME DEIXA EM PAZ ! - Berrou, indo em direção ao quarto. Mas, ainda no corredor, puxei-a pelo braço.
- Nossa conversa ainda não acabou ! - Fuzilei-a com o olhar.
 
" I Say I don`t love you but you know I`m a liar "
 
- Vá cuidar da vida da sua Siliconada sem cérebro. - Despejou em minha cara.
- Martina não tem silicone ! - Respondi da mesma forma.
- Nem cérebro !
- SUA MALUCA !
- SEU TAPADO !
- BURRA !
- IDIOTA !
- RETARDADA !
- IMBECIL !
- Linda...
- Gostoso...
 
Não sei o que passou pela a minha cabeça. Quando percebi, já estava beijando Lali enlouquecidamente. E ela ?! Bem, correspondia a altura. O problema era que a coisa estava começando a esquentar. 
Escorregamos pela parede e já no chão, minhas mãos subiam pelas coxas dela, que separou o beijo.
 
" Cause when we kiss... Ooh... Fire ! "
 
- Você não tinha o direito de me beijar Lanzani. - Sussurrou em meus lábios.
- E você não tinha o direito de me provocar Lali. - Respondi igualmente. A vi explodir em uma gargalhada e me empurar.
- Tome um banho frio Juan Pedro, você se animou demais. Boa noite. - Desejou, batendo a porta do quarto.
- ARGH ! - Soquei a parede, encostando a testa na mesma e bufando. - Mariana... Você está me enlouquecendo.
 
                         " Um novo primeiro beijo é o começo de uma nova loucura "

Lali

- Ai minha cabeça. - Resmunguei, sentando a mesa do café. Onde ele, com uma cara de poucos amigos, já se servia.
- Beba menos. - Respondeu em tom seco, dando um gole no café.
- Bom dia para você também.
- Só se for bom para você.
- Ai credo ! Que péssimo humor logo pela manhã e quem está de ressaca aqui sou eu !
- Você, assim, por um acaso, se lembra do que aconteceu ontem a noite ?! - Perguntou atirando migalhas de pão na mesa e me olhando com o cenho franzido.
- Lembro Juan Pedro. E quem devia estar irritada sou eu, afinal, foi você quem me beijou !
- Você me provocou !
- Pobre menino indefeso você ! Poupe-me Peter ! Você já é bem grandinho para uma desculpa dessas ! - O vi apertar os olhos com os dedos e em seguida suspirar.
- Olha Lah, precisamos esclarecer algumas coisas.
- Eu concordo plenamente com você.
- Primeiro, o que você tem com esse tal de Benjamin ? - Gargalhei.
- Era só o que me faltava.
- Estou perguntando na melhor das intenções, Lali. - Bufei.
- Somos amigos Peter, mas isso não significa que vou ficar solteira pelo resto da vida.
- Tem razão... É que é tão... Estranho. - Suspirou, passando as mãos pelo rosto e pelos cabelos.
- Também me senti assim quando te vi com Martina. Mas, entendi que é assim e que temos de entender. Cada um segue a sua vida. Você ama a sua namorada, então se pr -
- Não amo Martina. - Disse me interrompendo.

- Como ?
- Eu não a amo. Pelo menos, não ainda.
- Pensei que namorasse só quando estivesse amando.
- Estou tentando algo diferente. Gosto de Martina, mas amar é outra coisa... Amar, até hoje, só amei uma. - Reprimi um sorriso e mesmo sabendo a resposta, perguntei.
- É mesmo ?! E quem foi ? - Ele riu, meneando a cabeça positivamente.
- Creio que você sabe de quem falo. - Foi a minha vez de rir.
- Tudo bem. - Concordei. - Cada um com a sua vida. Você e sua namorada, eu e minha solteirisse.
- Você é linda Lah, pode muito bem arranjar alguém. - Corei, baixando o rosto.
- Obrigada, mas não quero ninguém. Não agora. - Sorri para ele, que retribuiu o sorriso.
- Vem, me dá um abraço. - Disse se levantando, vindo em minha direção e me abraçando. - Desculpe ter lhe beijado.
- Tudo bem... Desculpe ter lhe provocado. - Senti um riso abafado em meu pescoço, logo em seguida, um beijo foi depositado em meu ombro, o que me causou arrepio.
- Ainda sente arrepio com isso ? - Ri, me separando dele.
- Não fique se achando. Não é uma exclusividade sua, sempre fui sensível nessa área. - Respondi, fazendo bico.
- Certo. Então... Temos um acordo ?
- Sim. Cada qual com a sua vida.
- E pare de dizer que Martina não tem nada na cabeça. - Sorri.
- Tudo bem. Descobri que sim, ele tem algo na cabeça.
- Sério ?! - Perguntou surpreso.
- Uhum.
- E o que seria ? - Caminhei até seu outro lado e respondi em seu ouvido.
- Chifre. - Soltei uma risada abafada e caminhei até meu quarto. - Estou de ressaca, não quero falar com ninguém. - Concluí, fechando a porta.

Peter

Não pude deixar de rir, Lali era impossível mas, eu tinha de admitir, não contaria nada a Martina.

Com a ressaca de Lah, toda a arrumação do apartamento, sobrou para mim. Depois de muito trabalhar e perder metade do dia, me joguei, exausto, no sofá. Mas, para atrapalhar meu descanço, o telefone tocou.

- Alô ?
- Peter ?
- Eu. - Respondi, voltando a me jogar no sofá.
- Sou eu, Gaston, como está cara ?!
- Fala irmão ! Tudo indo e contigo ?!
- Caminhando. Minha mãe disse que você ligou para cá no começo da semana. Foi mal cara, só tive tempo agora.
- Sem problemas. como estão a coisas ae em Buenos Aires ?
- Tá tudo bem. Parado como sempre. A grande novidade é que Nicolas e Eugenia estão se pegando.
- Wow.
- Quando que você a Lah vão vir ?!
- Não sei... Quando der né ?!
- Vocês fazem falta.
- Também sentimos falta daí.
- E como estão vocês dois ?! Já se mataram ?
- Foi por isso que te liguei no começo da semana. Quase nos matamos, mas ontem acabei beijando Lali.
- COMO ?

Depois de meia hora explicando toda a situação que ocorrera, ele finalmente pareceu entender.

- Então, já está tudo certo ?
- Sim, pelo menos é o que parece.
- Vocês estão é com ciúme um do outro.
- Até você com isso ?! Claro que não !
- Tá certo ! Não vou insistir. Mas vocês ainda vão ficar juntos de novo.
- Tá certo profeta, vá lá.
- Mande um beijo para Lah e não se matem.
- Ok. Até mais !

Desliguei o telefone e um tempo depois de pensar, liguei para Martina, que também estava de ressaca.

- Minha cabeça está para explodir !
- Tome uma aspirina, peça para sua mãe cuidar de você.
- Por que você não vem aqui e cuida de mim ?
- Não posso Martina.
- Por que ?
- Lali... Lali também está mal. Você tem a sua mãe, se eu for para aí, quem vai cuidar dela ?
- Aquele amigo dela, o da festa. Que tal ?
- Não Martina. Somente eu sei do que ela precisa. Se cuide.
- Beijo.
- Tchau.

Desliguei o telefone e me pus a fitar o teto. Logo em seguida me levan tei para um banho. 

Me lembrei que Lali havia ficado durante todo o dia no quarto e, talvez, precisasse de algo.

- Lah... Posso entrar ? - Perguntou à porta do quarto.
- Uhum... - Murmurou.
- Você... Está melhor ?
- É... Mais ou menos... Parece que estão dançando sobre a minha cabeça. - Repuxou os lábios, em uma tentativa de sorriso e se abraçou ao travesseiro. Me sentei ao seu lado, afastando-lhe a franja dos olhos.
- Não comeu nada o dia todo, não quer nada não ?!
- Estou sem fome.
- Toma um banho, vou fazer um chá para você.
- Juan Pedro Lanzani na cozinha ?
- Aproveite. Isso não acontece todos os dias - Sorri, me levantando.
- Peter... - Voltei a mirá-la. - Obrigada. - Sorri.
- Por nada.

- Estou entrando. - Disse ao entrar no quarto dela. Que sorriu, secando os cabelos. - Vou deixar a xícara aqui, qualquer coisa -
- Fica aqui.
- Tem certeza ?
- Uhum. Vem, senta aqui. - Disse sentando-se na cama e batendo no espaço a sua frente.
- Tudo bem. - Sorri, dando de ombros e me sentei.
- Arrumou o apê ? - Perguntou bebericando um pouco do chá.
- É, consegui me livrar da bagunça.
- Desculpa não te ajudar.
- Sem problemas. - Sorri. - Gaston ligou...
- Mesmo ?!
- Sim !
- Como estão as coisas por lá ?!
- Nico e Euge estão se pegando.
- Mentira !
- Verdade ! Perguntou quando vamos lá ...
- Não faço nem idéia... Estou tão afogada.
- Foi o que eu disse à ele.
- Obrigada pelo chá, mas acho que já estava melhorando mesmo. - Sorriu, colocando a xícara vazia sobre o criado-mudo. - E Martina ?! Lembro que ela também tomou um porre.
- Está em casa, chorando de dor de cabeça. Pediu que eu fosse cuidar dela, como se eu fosse médico. - Bufei, arqueando uma sobrancelha.
- E por que você não foi ?!
- Deixa pra lá Lali, por que não dorme ?!
- Certo. - Respondeu se metendo entre as cobertas. Me levantei, pegando a xícara. - Peter...
- Hm ?
- Dorme aqui hoje ?!

- Como ? - Perguntei espantado.
- Só estou pedindo para dormir aqui, nada demais ! Lembra que fazíamos isso quando éramos amigos ?
- Sim...
- Então !
- Mas você bem sabe os trajes que usamos para dormir.
- Ora Juan Pedro ! Já te vi de cueca tantas vezes e você também está mais do que acostumada com o tamanho de meus pijamas. - Suspirei.
- Tudo bem, vou colocar essa xícara na cozinha.

Eu não podia acreditar que havia aceitado essa loucura. Ri com meus pensamentos e voltei para o quarto dela, que já tinha desligado a luz do abajur e se virado para dormir. Me desfiz da blusa que vestia, de minha calça de moletom e me deitei ao seu lado. Automaticamente pousei meu braço em sua cintura e com a outra mão, afaguei seus cabelos.

- Boa noite Peter... - Reprimi um sorriso. Ela estava sorrindo e eu podia sentir.

http://www.youtube.com/watch?v=w_dN1WXBxuw

Extreme - More than words  

Me remexi na cama, despertei ao sentir que estava sendo observado. E estava. Quando abri os olhos, me deparei com Lali, sentada na cama, iluminada pela luz da lua, me olhando.
  " Saying ` I Love you ` is not the words I want to hear from you "  
- Lah... Perdeu o sono ?! - Perguntei enquanto me sentava.
- Por que não foi até Martina, ao invés de ficar aqui comigo ? - Perguntou com o semblante sério.
- Por que isso agora ?
- Responde Peter. - Suspirei.
- Porque eu quis ficar aqui contigo. E em um impulso, senti que ela já havia grudado seus lábios aos meus.
  
Era mais forte que eu. Não pude deixar de corresponder aos beijos, aos puxões em meu cabelo, aos arranhões, as mordidas. Deitei-a na cama, colocando meu corpo sobre o dela. Rapidamente, me livrei de sua blusa.
  
- Lah... Você, eu e uma cama... Você sabe... Não dá certo. - Disse ofegante, enquanto beijava-lhe o o pescoço.
- E eu não quero que dê. - Sussurrou ao pé de meu ouvido.
  " More than words to show you feel that your love for me is real "  " O desejo é mais forte que o sentimento. Mais forte que a razão. "

Continua........ - Capítulo 06. 

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