Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Eu te amo! - ela sussurrou. - Era isso que eu queria te dizer... Que eu te amo Poncho.

- Ta falando sério? - perguntei não contendo um sorriso.

- Sim eu não sabia como te dizer isso, mas... Acho que sempre amei você.

- Eu também Any, sempre te amei, sempre fui apaixonado por você... Eu te amo! - sussurrei acariciando seu rosto e a beijei outra vez. - Eu te amo! - a abracei erguendo-a do chão.

Any riu quando a ergui do chão e fiquei rodando no ar com ela.

- Poncho!

Acordei num pulo e me dei conta que estava no quarto do hospital. Ucker estava de pé atrás de mim.

- Você estava dormindo cara.

- O que ta fazendo aqui? - perguntei tirando os óculos e cocei os olhos confuso.

Encarei Any que estava com uma aparência um pouco melhor, mas ainda dormia. Suspirei lembrando do sonho, queria ficar por lá pra sempre.
- Já voltamos do Triângulo de Lyly, o diretor nos avisou do que tinha acontecido com a Any e eu vim aqui ver se você precisava de alguma coisa. Maite e Christian vieram mais cedo, mas você estava dormindo, já ta quase anoitecendo. - eu olhei pela janela e vi que o sol já estava se pondo.

- ADulce foi embora, eu fiquei aqui com ela, acho que dormi sem perceber.

- Você estava sonhando, estava falando quando eu entrei. - Ucker me encarou.

- Falando? O que foi que eu disse? - o olhei assustado.

- Isso que eu estranhei, você disse que... Amava a Any, que há muito tempo estava apaixonado por ela.

- Você deve ter ouvido errado. - abaixei a cabeça nervoso e recoloquei o óculos.

- Eu acho que não... Dulce me contou como você ficou preocupado com ela e agora pensando em como você tem ciúmes do Kuno, o jeito que você a trata, eu achei que fosse coisa de irmão, mas... Acho que me enganei.

- Não fala besteira. - dei as costas pra ele e voltei a encarar a cama.

- Poncho me fala a verdade, você é apaixonado pela Any né? Da pra ver na sua cara que você ta. Cara como a gente nunca se deu conta disso, como ela nunca percebeu? - Ucker soava incrédulo. - Quando ela souber...

- Ela não vai saber de nada! - me levantei furioso e o prensei contra a parede. - E você não vai abrir essa boca! - o olhei com raiva.

- Calma cara eu não vou falar nada, não sou dedo-duro não. - ele respondeu erguendo as mãos em sinal de rendição.

- Acho bom! - o soltei e dei as costas.

- Nossa cara eu nunca te vi assim! Você tem tanto medo assim dela ficar sabendo? Por quê?

- Não é da sua conta. - voltei a me sentar perto dela e respirei fundo.

- Hei esqueceu que eu sou seu amigo. - ele sentou na cama perto de mim.

- Não quero falar disso. - respondi furioso e apertei a mão de Any.

- Então é verdade, quando foi que isso aconteceu?

- Você acha que eu tenho uma data pra isso? - o encarei irritado. - Eu não sei quando aconteceu, mas quando eu me dei conta já era tarde, não foi algo que eu procurei. - respondi.

- Poxa eu nunca imaginei que você gostasse dela desse jeito, você nunca pensou em contar.

- Não e não é você quem vai fazer isso entendeu?

- Entendi... Alguém mais sabe além de mim? -menti, negando com a cabeça. - Tudo bem, eu não vou falar nada nem pra ela, nem pra ninguém, não é da minha conta. Mas você quer que eu fique aqui com ela pra você poder ir comer alguma coisa, descansar um pouco? Tomar um banho?Sei lá.

- Não! - neguei com a cabeça sem tirar os olhos dela. - Só me deixa aqui sozinho Ucker.

- Ta, até depois então, se precisar de alguma coisa manda mensagem. - respondeu e deu as costas.

Assenti e fiquei encarando Any, queria estar com ela quando acordasse.

Abri os olhos sentindoqueminhacabeça ia explodir. Olhei o teto e reconheci a enfermaria. Eu só não entendia como tinha ido parar lá, a última coisa que me lembro era de ver minha família e então eu estava no meio de uma rua e um carro estava vindo com tudo na minha direção.

Sorri quando vi Poncho dormindo com a cabeça apoiada no colchão, sua mão segurava a minha. Fiquei pensando no susto que ele devia ter tomado.

- Poncho! - sussurrei acariciando sua mão.

Ele se mexeu e sentou na cadeira rapidamente. Sorriu de orelha a orelha quando me viu acordada.

- Any! Como você esta?

- Meio zonza, mas to bem... O que aconteceu, como viemos parar no colégio?

- Você atravessou o portal pro mundo dos humanos com aquela poção ilusória, eu e Dulce seguimos você e fomos levados pra uma rua, um carro acabou atropelando você.

- A buzina, é a última coisa que me lembro. - as coisas começaram a clarear na minha cabeça.

- Sim, Dulce conseguiu montar uma barreira nos deixando invisíveis e usando o PortareRelinquer consegui tirar a gente de lá, nos trouxe direto pra cá. Fiquei apavorado com medo de que você morresse. - ele abaixou a cabeça franzindo as sobrancelhas. - Acho que nunca fiquei com tanto medo.

- Mas agora eu to bem Poncho. - apertei a mão dele. - Você salvou minha vida, obrigada! - sorri.

Alfonso sorriu de volta mais aliviado, levou minha mão até os lábios e beijou repetidas vezes. Sorri, eu adorava essa conexão diferente que tínhamos.

O diretor da escola chegou com Magie e eu abaixei a cabeça um tanto intimidada. Alguma vez eu cheguei a mencionar que o senhor de chapéu roxo que aparecera na minha casa quando tinha 11 anos era o diretor da escola? Pois bem, se não contei agora vocês sabem que foi Locke Tomas Hobbes Berkeley quem deu a noticia a mim e minha família que eu era uma bruxa. Mas nós o chamávamos apenas de diretor Hobbes.

- Como esta senhorita? Soube que deu um grande susto em seus amigos.

- Estou bem diretor Hobbes. As poções da Aimee são maravilhosas.

- Certamente, dá para notar que a senhorita está melhor, fico feliz em saber. - o diretor sorriu com a mesma simpatia de sempre. - Mas devo adverti-la pelo que fez. Vocês alunos aprenderam que para chegar ao mundo dos humanos basta pensar neles, porém devo lembrá-los dos perigos de se atravessar um portal sem planejamento. Vocês viram o que aconteceu hoje, algo fatal poderia ter ocorrido a vocês.

- Nos desculpe diretor. - Poncho começou.

- Não, a culpa não é sua. - o interrompi. - A culpa é minha diretor, eu que me deixei levar por aquela poção ilusória, queria tanto ver meus pais que acabei atravessando o portal e levando meus amigos comigo.

- Entendemos seu lado senhorita, mas têm que ficar atentos às regras. - Magie advertiu.

- Me desculpem, prometo tomar cuidado na próxima vez.

- Ótimo! - o diretor sorriu. - Vamos deixá-la descansando agora.

- Diretor Hobbes só uma última pergunta. - chamei e ele parou voltando pra beirada da cama.

- Pois não?

- Na poção eu vi meus pais e meus irmãos um pouco mais velhos, na minha antiga casa... Mas lembro também que vi uma garotinha, ela mal deve ter 03 anos. O que eu vi é realmente o que esta acontecendo ou foi tudo imaginação da minha cabeça? - perguntei mesmo temendo a resposta.

- Não posso te responder isso querida, as poções ilusórias são traiçoeiras, podem nos mostrar a verdade ou algo que queremos ver. - ele me olhou e assenti. - Não esqueça de descansar senhorita, com licença.

Forcei um sorriso e Magie e o diretor logo deixaram a sala. Poncho sentou na cama de frente pra mim.

- Não fica triste, não vale a pena Any.

- É que... Vê-los me deixou com mais saudades eu só não entendi por que eu imaginei aquela menina? Mas e se ela não for imaginação? E se ela for da família, uma prima ou... Sobrinha!Meus irmãos poderiam muito bem estar casados Poncho. - respondi esperançosa. - Poncho eu preciso saber como eles estão.

Eu sabia que meus pais haviam me desprezado uma vez, mas talvez tenham mudado de ideia com o passar dos anos e tentaram, mas não conseguiram entrar em contato comigo. Algo me dizia que eu precisava encontrá-los, voltar pra mim casa. Eu queria muito vê-los de novo.

- Mas como vai fazer isso? Tentar atravessar o portal do nada outra vez é perigoso e viu o que eles disseram, é contra as regas e você não esta em condições para se transportar por ai. - ele segurou minha mão com força e me olhou preocupado. - Promete que não vai fazer nenhuma maluquice?

- Prometo. - sorri apertando a mão dele. - Mas eu quero saber como eles estão, quando Aimee me der alta, vou falar com o diretor, ele nos autorizou a visitá-los quando tínhamos 12 anos, vai me deixar ir de novo.

- Sim, mas antes precisa se recuperar.

- Eu sei, o problema é ficar aqui, é muito entediante. - cruzei os braços e encostei na cabeceira da cama.