Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Eu faria qualquer coisa pra deixar Any mais animada, então não me surpreendeu quando uma ideia me passou pela cabeça. Sorrindo me levantei da cama tirando minha varinha do casaco.

- Podemos dar um jeito no tédio.

- Do que ta falando? - ela sorriu curiosa e empolgada.

- Glaciem Area! - conjurei o feitiço.

Os olhos de Anahí brilharam quando a luz branca da minha varinha atingiu o chão transformando-o em gelo.

- Poncho! - ela sorriu de boca aberta.

- Evenedyoclof! - conjurei apontando pra cabeça dela.

Any riu quando flocos de neve começaram a cair pela sua cabeça enchendo sua cama. Eu ri de volta sentindo meu coração quase parar de bater de tanta felicidade. Eu faria qualquer coisa para vê-la sempre feliz. E pensar que estive a ponto de perdê-la pra sempre. O pensamento já bastou pra desaparecer com meu sorriso.

- Poncho o que foi?

- Nada! - disfarcei e voltei a sorrir me lembrando que ela estava viva e bem na minha frente. - Lembra que sempre brincávamos no lago congelado? - ela assentiu. - Já que você não pode sair do quarto por enquanto...

Ela riu entendendo onde eu queria chegar e saiu da cama, com as meias ela quase escorregou.

- Cuidado! - fui até ela e segurei suas mãos.

- Tem noção de que Aimee mata a gente se vir o que fizemos na enfermaria?

- Por sorte ela só vai voltar amanhã. - sorri entrelaçando meus dedos nos dela, como era bom sentir a mão quente dela de encontro com a minha.

- Não me deixa cair. - ela pediu sorrindo.

- Eu juro que não vou deixar. - sorri e beijei as mãos dela, ela sorriu e encarei o chão controlando a vontade que tinha de beijá-la. - Pronta!

Any riu, mas assentiu concordando comigo. Inclinamos nosso corpo pra trás e comecei a puxar Any fazendo-a rodar. Ela ria, fechava os olhos com medo e tornava a abri-los.

- Any relaxa! - pedi rindo.

- To tentando. - ela respondeu apertando minha mão.

Eu ri dando mais alguns rodopios e então parei. Me sentia meio zonzo e Any riu se sentindo igual.

- Vem, vou te puxar!

- Ta! - ela assentiu sorrindo.

Soltei a mão dela para ajeitar meus óculos e quando a segurei de novo, comecei a puxá-la. Anahí riu quando seus pés começaram a deslizar pelo gelo. Comecei a correr incentivado pelas risadas dela.

- Você é maluco! - ela riu.

- Isso não devia ser novidade pra você. - brinquei.

Ficamos brincando naquele chão não sei por quanto tempo, até Anahí sentar na cama exausta.

- Acho que eu abusei um pouco.

- Ta se sentindo bem? - me aproximei preocupado.

- Uhum, só estou ficando com sono. - ela sorriu e se deitou.

Sorri cobrindo-a e acariciei os cabelos dela.

- Obrigada! - ela sussurrou me olhando.

- De nada... Agora descansa. - sussurrei e me inclinei pra dar um beijo em sua testa.

Any sorriu e segurou minha mão livre, apertei a mão dela e com a outra mão fiquei mexendo em seus cabelos. Era algo que eu sempre gostei de fazer e ela adorava. Any fechou os olhos com um sorriso nos lábios e aos poucos adormeceu. Fiquei encarando-a dormir, desejando que ela sonhasse comigo como eu sonhava com ela todos os dias. Fosse dormindo ou acordado.

- Eu te amo! - sussurrei quando tive certeza que ela estava dormindo.

Na manhã seguinte quando acordei Aimee me obrigou a tomar uma sopa de gengibre e abóbora. Segundo ela aquilo serviria para que eu me recuperasse mais depressa, mas nem ferrando eu iria tomar aquela sopa. Eu só não esperava que Poncho fosse querer me obrigar.

- Eu pensei que você fosse meu melhor amigo.

- E eu sou por isso quero que saia daqui logo. - ele argumentou segurando a colher suspensa no ar.

- Poncho eu odeio gengibre você sabe disso, não me obriga a tomar isso, por favor, você experimentou esse negocio, ta simplesmente horrível. - fiz uma careta ao lembrar da colherada que ele me fez engolir.

- Deixa de ser boba, anda Any come. - ele aproximou a colher de mim.

- Não! - resmunguei tapando a boca com a mão.

- Olha que a Aimee vai fazer você tomar essa sopa de outro jeito hein. - sorriu e piscou pra mim.

Fuzilei Poncho lembrando da ameaça de Aimee. Segundo ela, se eu não tomasse a sopa por bem, ela me lançaria um feitiço paralisante e me faria beber toda a sopa. De uma vez só.

Fazendo careta abri a boca e aceitei a segunda colherada.

- Eca que nojo, eu vou vomitar. - mostrei a língua fazendo careta.

- Não seja boba. - ele riu.

- Bom dia e ai Any como você está? - Maite sorriu e entrou no quarto de mãos dadas com Christian.

- Sendo torturada. - fuzilei Poncho.

- A gente veio te substituir, você precisa sair um pouco daqui. - Chris apertou o ombro dele.

- Salva pelo gongo. - Poncho sorriu deixando o prato em cima da mesinha. - Depois eu volto ta?

- Ok, obrigada por tudo viu? Menos pela sopa. - respondi.

- De nada! - ele riu e segurou minha mão carinhosamente antes de sair do quarto.

Assim que ele atravessou a porta peguei minha varinha na mesinha e apontei pro prato.

- Evanescut! - murmurei as pressas com medo que alguém me visse.

A sopa desapareceu do prato e Maite me olhou brava.

- Era pra você ter tomado. - ralhou.

- Eu tomei duas colheres, ta mais do que suficiente, mas pra todo mundo eu tomei tudo ta?

- Você não existe. - Christian riu.

Eu sorri colocando minha varinha de volta na mesinha.

- E ai o que eu to perdendo? Como foi ontem no Triângulo de Lyly, acharam alguma roupa?

Maite sorriu empolgada e sentou na cama esquecendo o assunto da sopa e entrando em um sobre vestidos.

Estava chegando no corredor pra aula de História da Magia quando Ucker me puxou.

- Quero falar com você.

- O que foi?

- Quero te ajudar com a Any. - sorriu.

- Me ajudar como?

- Eu fiquei pensando e acho que você merece ter uma chance com ela, e eu bolei um plano perfeito.

- Que plano Ucker? Não to entendendo nada.

- Que tal você tomar a poção dos gêmeos e ficar igual ao Kuno?

- Que? Você ficou maluco? Nem de brincadeira eu quero ser aquele idiota. - rebati.

- Mas é a chance que você tem de ficar com a Any.

- Ah claro e eu ganho o que? Por que quando a poção passar eu vou voltar a ser eu mesmo e a Any vai continuar com o Kuno.

- Ta, mas se você tem tanto medo de se declarar pra ela você pode ficar com ela, sem ela saber que é você, assim você descobre como é a sensação. Você não tem vontade de saber como é beijá-la, abraçá-la sem precisar ficar se contendo, fingindo que seu carinho é só de amigo? Você tava sonhando com ela quando eu entrei no quarto e se por um dia você pudesse viver tudo isso?

- Por que ta querendo me ajudar com isso Ucker? - desconfiei.

- Porque sou seu amigo e imagino como deve ser ruim gostar de quem não gosta de você, vai ser uma vez só, Any nunca vai saber e isso vai manter a amizade de vocês intacta. E então o que acha?

- Acho que você pirou, esquece o que você ouviu no quarto ta? Você pode achar que não, mas eu acho que me machucaria mais se ficasse com a Any por um único dia e depois nunca mais. - respondi me entristecendo. - É melhor irmos pra aula. - dei as costas e entrei na sala antes que caísse na pilha dele.