Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Christian e Maite estavam me divertindo com suas piadas quando Kuno entrou no quarto. Meu sorriso desapareceu assim que coloquei os olhos nele.

- Amor vamos comigo procurar a Dulce? - Maite sugeriu entrelaçando seus dedos nos de Christian.

- Uhum, a gente volta depois Any. - Christian sorriu.

- Valeu gente. - sorri.

- E ai tudo bem? - Kuno sorriu ao perguntar quando ficamos a sós.

- Agora você lembrou que tem namorada? - o encarei seca.

- Desculpe gatinha, mas to aqui, vim saber como você está. - Kuno respondeu sorrindo.

- E onde você estava antes? - cruzei os braços.

- Eu vim antes, mas você estava dormindo. - ele deu de ombros.

- Uhum, sei. - resmunguei sem acreditar nele.

- Olha se não quer acreditar tudo bem, mas eu fiquei preocupado, de verdade.

- Tudo bem não importa eu já to melhor.

- Que bom, trouxe uma coisa pra você - Kuno sorriu.

O olhei desconfiada e quando um buquê de flores e uma caixa de bombons flutuou de trás dele acabei sorrindo. A caixa e as flores vieram até mim e repousaram no meu colo.

- Gosta?

- As flores são lindas e você sabe que eu amo bombons. - respondi tentando manter a cara séria.

- Então vai me desculpar? - ele sorriu sem jeito e sentou ao meu lado na cama. - Foi mal se às vezes eu não te dou muita atenção, mas juro que é sem querer.

- Tudo bem, mas não faz isso de novo, parece até que você não liga pra mim. - fiz bico.

- Isso não é verdade, eu me importo sim... Muito! - afirmou me encarando nos olhos.

Sorri dando-me por vencida e Kuno sorriu de volta vendo que tinha me ganhado.

Entrei no quarto e parei ao me deparar com Kuno e Any aos beijos. Senti meu coração se comprimir dentro do peito e fechei os punhos com força apertando o livro de poesia que trazia comigo. Minha vontade era de arrancar Kuno de cima dela. Mas com que direito eu faria isso? Ele era o namorado e eu só o amigo. De repente me lembrei da proposta de Ucker e fiquei tentado a aceitar.

“Não seja burro Alfonso, isso é maluquice!”, me repreendi por pensamento.

Sem aguentar ficar vendo aquilo dei as costas e contra minha vontade os deixei sozinhos.

Em passos rápidos e apressados fui até o pátio e me sentei embaixo de uma das árvores. Meus olhos se fixaram no lago congelado e me lembrei da noite passada que ficara com a Any. As lembranças me apunhalaram como lâminas afiadas. Um lembrete de que eu nunca teria Anahí por completo e sim apenas migalhas. Peguei uma pedra no chão e a atirei no lago.

- Merda de vida!

- Tudo bem?!

Olhei pra cima e vi Dulce de pé ao meu lado. Olhei pra baixo sabendo que com ela eu não precisava mais fingir.

- Não! - resmunguei. - Any ta lá com aquele babaca.

- É o namorado dela, você queria o que? - ela questionou e sentou ao meu lado.

- Esse cara não gosta dela de verdade Dulce, na verdade eu ainda não entendi porque ele ta com ela.

- Eu concordo com você, mas não podemos nos meter nos relacionamentos dos outros, menos ainda nós dois que somos só amigos. - ela deu de ombros.

- Você nunca teve vontade de socar a boca de uma garota, lançar uma maldição sobre ela e fazê-la desaparecer? - perguntei queimando de ódio.

- Já tive vontade de dar um soco na boca do Ucker por ser tão galinha, acho que as garotas não tem culpa por sair com ele... Nós sabemos como ele é cheio de charme e conversas fiadas.

- Como você aguenta? Me diz, por que às vezes eu acho que eu vou explodir e fazer uma besteira.

- Eu penso que já que eu não tenho coragem de assumir o que sinto, eu tenho que arcar com as consequências. - ela deu de ombros. - Eu juro pra você que se não existisse caras tão idiotas nessa escola tentaria ficar com algum pra esquecer o Ucker.

- Obrigado por me chamar de cara idiota. - ri sem humor algum.

- Não, você e o Chris não estão incluídos na lista, mas você é meu amigo, praticamente um irmão pra mim, não tem como eu me apaixonar por você. - ela me encarou sorrindo. - To de mãos atadas.

- Sabe, tenho medo da Any me dizer exatamente isso que você acabou de falar. - a encarei sério.

- Me desculpa. - ela apertou meu braço mostrando solidariedade. - Acho que enquanto não os esquecermos vamos ter que lidar com isso. De um jeito ou de outro. - ela suspirou e seus olhos focaram pra outra margem do lago. Ucker andava com uma garota de cavalinho nas costas e a menina ria.

Encarei Dulce e seus olhos estavam marejados. Apertei a mão dela sabendo exatamente o que ela estava sentindo.

Kuno já tinha ido embora quando Aimee entrou na enfermaria. Me ajoelhei na cama e a encarei com euforia.

- Por favor diz que você vai me dar alta, por favor. - juntei as mãos fazendo súplicas.

- Sim Anahí você pode ir.

- Jura? Agora? - sorri jogando as cobertas pro lado.

- Sim, vá antes que eu mude de ideia. - sorriu.

- Sim senhora! - sorri pegando minhas roupas e corri pro banheiro me trocar.

Eu queria encontrar meus amigos quando sai da enfermaria, mas me lembrei que precisava muito falar com o diretor. Sendo assim ao invés de ir procurá-los no pátio peguei a escada circular e subi correndo até a última torre do castelo. Quando parei em frente à gárgula minhas pernas e meus pulmões queimavam.

- Cabeça de dragão!

Diante da palavra chave a gárgula girou revelando a escada.

Subi mais alguns degraus e cheguei à porta da sala do diretor. A mesma se abriu antes que eu pudesse bater.

- Com licença, senhor diretor. - pedi entrando na sala.

O diretor Hobbes estava de costas atrás da mesa e se virou.

- Que bom vê-la senhorita Portillo, a que devo a honra da visita?

- Diretor Hobbes lembra-se do que eu lhe disse sobre a visão que tive no Triângulo de Lyly?

- Sim, sobre sua família.

- Sim! - assenti nervosa. - E eu queria muito que o senhor me desse permissão para ir visitá-los.

- Eu não tenho o direito de interferir, mas você tem certeza que quer voltar a vê-los?

- Tenho!

- Bom, você esta fraca demais pra usar o PortareRelinquer e já viu que é perigoso simplesmente atravessar o portal para chegar aos humanos. Então só temos uma saída.

Dando as costas ele abriu a gaveta de madeira e começou a procurar por algo. Encarei a enorme sala, a estante com os livros, os retratos e os diferentes objetos: vidros de poções, frascos de Becker, gaiolas vazias, um relógio de pendulo, uma ampulheta...

- Ah encontrei! - exclamou chamando minha atenção.

Quando olhei sua mão vi que ele segurava uma caneta.

- Isto aqui deve servir. - estendeu a caneta para mim.

Peguei o objeto e não entendi como uma caneta me ajudaria.

- Diretor Hobbesnão entendi.

- Isso se parece com uma caneta, mas na verdade é um teleportador, eu mesmo o criei. Leva você para onde desejar totalmente em segurança e não vai enfraquecer você como o PortareRelinquer que exige que o bruxo esteja totalmente concentrado e preparado fisicamente.

- E como eu uso?

- É só apertar o botão da caneta e se concentrar pra onde quer ir, basicamente o mesmo processo do Portare.

- Entendi... Temos provas essa semana, pensei em ir no fim de semana.

- Tudo bem, depois que você visitá-los, você me devolve a caneta, enquanto isso fique com ela.

- Obrigada! - agradeci.