Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Do que você ta falando? - ela me olhou confusa.

- To falando que eu sou apaixonado por você Any! - não aguentei mais segurar aquilo e mandei o fingimento à merda. Eu queria que ela soubesse que ela era amada, aceita e insubstituível do jeito que era, ela precisava saber, só assim ela conseguiria ser feliz com ela mesma. - To dizendo que eu te amo, mas nunca tive coragem de assumir pra mim ou pra você. Por isso eu fingia que não me importava com você, me comportava quase como um amigo para que ninguém notasse, pra que ninguém ou você visse o que eu realmente sentia. - fui adequando meus sentimentos à situação que ela e Kuno viviam. - Mas a verdade é que eu não aguento mais fingir, eu sinto que eu vou enlouquecer se não começar a expressar todo o amor que eu tenho aqui dentro. Eu não aguento mais ficar perto de você e não podertetocarcomo tenho vontade, de olhar pra você e deixar você saber que é tudo pra mim, que é o meu melhor presente, a minha vida. Você me enfeitiçou no momento em que me olhou com esses olhos e o seu sorriso fascinante. Você entrou na minha vida, destruiu meu mundo e se tornou o centro dele. Você é o amor da minha vida Any, a garota dos meus sonhos.Eu me transformaria em qualquer coisa por você. - respirei fundo estranhando minha vista estar embaçada. Será que a poção estava perdendo efeito?

- Você está chorando? - Any me encarou surpresa e então entendi porque da vista embaçada.

- É eu to! - assenti enxugando o rosto, estranhando a falta do óculos.

- Isso que você acabou de dizer... É verdade?! - murmurou emocionada.

- Acho que nunca disse algo tão sério e verdadeiro pra alguém. - suspirei.

- Porque nunca me contou isso antes?!

- Eu te disse que sou um grande idiota. - dei de ombros por realmente me sentir assim, só um grande idiota se declararia para a garota que ama, se passando por outra pessoa. - Me perdoa por ser um tremendo imbecil Any, mas é que perto de você eu... Não consigo pensar direito.

Anahí deu um daqueles sorrisos lindos pra mim e eu soube que Kuno tinha conseguido seu perdão. Cerrei os punhos contendo a ânsia de tocá-la, aquele era o momento de me despedir dela. De acompanha-la até o quarto e lhe desejar boa noite. Fiquei de pé.

- Topa vir comigo em um lugar? - estendi a mão e ela sorriu ficando de pé.

Eu era um covarde. Covarde para não me declarar como Alfonso, covarde por não enfrentar Kuno em todas as vezes que me perturbou, mas principalmente era um covarde por não conseguir acabar com aquilo.

Ainda tinha uma coisa que eu queria fazer, algo que eu queria que Any visse e soubesse. Eu não poderia me despedir dela até que o fizesse. Aquela noite poderia ser perfeita pra mim também e eu poderia passar mais alguns minutos com a Any demonstrando-lhe tudo que eu sentia. Eu só precisava continuar bancando o covarde e mentir pra ela por mais alguns minutos.

Dulce

Maite acariciou meus cabelos e eu solucei com a cabeça deitada no colo dela.

- Apaixonada pelo Ucker? - ela soo ainda surpresa com o que eu havia acabado de lhe contar.

- Sim, eu sei que foi uma tremenda burrice, que não temos nada à ver e eu nunca vou ter uma chance com ele, mas... Eu não consegui evitar! - me levantei.

- Dulce essas coisas acontecem, a gente sabe que não é sua culpa, Ucker também sabe disso. - Chris respondeu tentando fazer eu me sentir melhor.

- Mas ele não me ama e nunca vai me amar, eu sou só uma amiguinha pra ele.

- Oh minha amiga. - Maite me abraçou. - Cadê a Any e o Poncho nessas horas? - soo angustiada.

- Já devem estar dormindo. - Chris respondeu.

- Desculpa atrapalhar vocês. - solucei. - Mas não queria ficar sozinha e vocês foram os primeiros que eu achei.

- Tudo bem, acho melhor a gente subir. Lá no nosso quarto você troca de roupa, a gente tira essa maquiagem e você descansa.

Assenti e os dois me acompanharam, até o dormitório. Eu não sabia se Ucker já estava no quarto dele e sinceramente era melhor eu não ficar especulando.

- Boa noite meninas. - ele forçou um sorriso e beijou Mai, pensei em como aqueles dois tinham sorte. - Se cuida ruiva.

Assenti enxugando o rosto consciente que minha cara devia estar horrível. Subimos por uma escada e Christian pela outra. Maite abriu a porta do nosso quarto e estranhou ao ver a cama da Any vazia.

- Any você ta aqui? - chamou, mas não obteve resposta.

- Ela deve estar com o Kuno ainda, se não veio embora, na certa está tendo uma noite melhor que a minha. - suspirei depressiva.

- Tem razão, vem vou te ajudar a tirar esse vestido e limpar esse rosto e depois a senhorita vai pra cama.

- Você parece minha mãe à vezes. - eu ri sem um pingo de humor.

- E você a minha filha. - ela piscou me abraçando.

Alfonso

Any tropeçou na passagem quando a guiei pra dentro, minhas mãos mantendo seus olhos vedados.

- Kuno pra onde você me trouxe? - ela perguntou com aquela ansiedade típica na voz.

Estávamos numa passagem que eu havia descoberto a pouco dias, por acidente ao ficar encarando de perto a estátua do basilisco que tínhamos em um dos inúmeros corredores. Quando toquei o rosto da estátua uma passagem se abriu atrás dela. Era um espaço médio que não dava pra lugar nenhum no castelo, mas no momento era perfeito para eu e Any nos escondermos. Eu tinha medo que o verdadeiro Kuno aparecesse.

- Fica de olhos fechados e só abre quando eu disser ok? - sussurrei próximo ao ouvido dela.

Any assentiu e afastei as mãos de seus olhos, ela continuou com eles fechados então peguei minha varinha e tratei de trazer toda a decoração do baile para dentro daquela passagem.

- Abre os olhos!

Ela fez o que eu pedi e soltou uma exclamação ao ver o lugar. Quando se virou pra mim seus olhos brilhavam.

- É lindo, estamos em uma passagem sem saída?

- Sim, mas toque sua varinha em qualquer canto da parede e a passagem se abre para você voltar ao corredor do basilisco.

- Estamos atrás da estátua! - ela concluiu e eu assenti sorrindo. Agora que não precisava fingir eu admirava abertamente todas as suas expressões. Era fascinante.

- Eu amei a decoração. - ela sorriu olhando o teto onde os flocos de neve caiam iguais no salão.

Tomando coragem me aproximei dela e parei na sua frente.

- Talvez seja meio tarde pra isso, mas... - enfiei a mão no bolso e tirei a caixinha de plástico. De dentro dela tirei a pulseira comoarranjo de flor. A pulseira que todo rapaz dava de presente a sua acompanhante no baile. - Eu passei a noite toda querendo te dar isso! - declarei sendo eu mesmo e não Kuno

- Você comprou! - ela mordeu os lábios emocionada.

- O perfume da flor me lembrou o seu. Posso?! - estendi na direção dela.

Com a mão tremendo Anahí estendeu e virou a mão esquerda pra mim ficando com a palma pra cima. Com as mãos tremendo consegui fechar a pulseira em torno do pulso dela.

- Perfeito! - sorri satisfeito.

- Obrigada! - ela sorriu se aproximando de mim.

Seus olhos ficaram mais azuis ao serem vistos de perto, assim como suas sardas sendo possível visualizar o contornou de algumas delas. E então seus lábios cobriram os meus.

Fiquei sem reação, sem saber o que fazer ou de fazer algo que me denunciasse. Ela estava me beijando. Any estava me beijando.

A ficha caiu e algo dentro de mim se quebrou, soltando minhas amarras, me deixando livre para expressar todos os meus sentimentos. Como se eles fossem um rio a muito tempo contido por uma represa e essa represa tivesse acabado de ser destruída.