Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Segui Kuno pelo corredor e não gostei nada quando entramos no corredor do basilisco. Gostei menos ainda quando ele abriu a passagem pra onde tinha me levado na noite passada.

- Vem comigo!

- Não! Por que me trouxe aqui se nem se lembra de nada? - cruzei os braços.

- Não faz perguntas e entra Anahí! - ele me puxou pelo braço e me arrastou pra dentro.

- Eu não vou ficar aqui com você, pode esquecer. - dei as costas e peguei a varinha.

Kuno arrancou a varinha da minha mão de surpresa e guardou dentro do bolso da sua calça.

- Você vai ficar aqui comigo até eu mandar. - ele sorriu.

Antes que eu tivesse tempo de responder ele me beijou com violência. Totalmente diferente da noite passada.

- Para Kuno assim não! - o empurrei.

- Para de graça Anahí! - ele agarrou meus pulsos com força. - Você não disse que foi aqui que a gente transou ontem à noite?Então a gente vai fazer tudo de novo pra eu poder me lembrar. - sorriu com malícia.

Olhei nos olhos dele assustada não entendendo onde o cara de ontem à noite tinha ido parar. Não havia resquícios daquele Kuno apaixonado.

- Para, me solta!Eu falei sério quando disse que não queria mais nada com você.

- Mas eu ainda quero uma coisa de você. - ele me puxou e me derrubou no chão. - A lembrança de ontem à noite. - sorriu e sacou a varinha.

Não entendi o que ele ia fazer até quatro correntes surgirem do chão e envolverem meus braços e tornozelos.

- Acho bom você ficar calada ou eu também amordaço você. - sorriu se aproximando de mim.

- Me solta! - tentei  me soltar, mas as correntes só me apertaram ainda mais.

- É melhor você ficar quieta, quanto mais tentar se soltar, mais presa vai ficar. Prometo que te solto assim que acabar de fazer o que eu quero. - ele sorriu e se aproximou de mim.

Gritei virando o rosto pra evitar que ele me beijasse. Eu sabia que ninguém me ouviria. Eu estava perdida.

Poncho

Depois de sair do dormitório encontrei Maite e Christian no lago e quando perguntei do Christopher ambos me contaram a ideia absurda que ele tinha tido.

- Mas isso não vai dar certo nunca.

- Foi o que eu disse pra ele, mas não adiantou. - Maite resmungou.

- Só espero que a Dulce não se machuque no final. - suspirei.

Um garoto se aproximou correndo e parou perto de nós.

- Vocês... Vocês são amigos da Anahí né?

- Sim por quê? - perguntei.

- Ouvi Kuno e Mike conversando e estavam falando alguma coisa de pegar a Anahí à força. Eu... Acabei de ver Kuno e Anahí sumirem por uma passagem no corredor onde tem a estátua do basilisco.

- Desgraçado!

Levantei correndo escorrendo na grama e corri pra dentro do castelo.

- Poncho espera! - ouvi Christian gritar, mas não lhe dei importância.

Tive poucos segundos pra deduzir que provavelmente Anahí contara a Kuno que estava terminando com ele por não se lembrar de que tinha transado com ela na noite passada. Era a única explicação pra ele tê-la levado justo pra lá. Ele tinha ficado sabendo e queria se lembrar de como tinha sido. Cerrei os punhos com força jurando que o mataria se estivesse certo e ele encostasse as mãos nela.

Entrei no castelo trombando com alguns alunos e ao fazer a curva pro corredor quase escorreguei e cai. Por sorte o mesmo estava vazio. Meus pulmões queimavam quando cheguei na estátua.

- Poncho espera! - Christian gritou surgindo no corredor.

A estátua se abriu e a primeira coisa que eu ouvi foi o grito de Anahí. Ela estava acorrentada ao chão, a blusa rasgada e chorando desesperada.

- Filho da mãe! - fui pra cima de Kuno sentindo um ódio homicida.

Não sei de onde consegui tanta força pra puxá-lo até que ficasse de pé. Antes que ele pudesse falar alguma coisa o virei pra mim e dei um murro na boca dele com todas as minhas forças.

- Seu imundo! - gritei e soquei seu rosto de novo, nunca senti tanto ódio por alguém.

Ouvi a passagem se abrir novamente.

- Poncho! - Christian gritou vindo pra cima de mim.

- Desamarrem ela! - gritei.

De relance vi Maite aos prantos pegar a varinha e fazer as correntes desaparecerem. Christian e Maite ajudaram Any a se levantar.

Aproveitei que a passagem estava aberta pra jogar Kuno pra fora dela. Eu queria espaço pra esvair todo o ódio que estava sentindo na cara dele.

- Seu...

- Cala a boca! - gritei jogando-o de encontro a parede.

Kuno se chocou e caiu no chão. Fui pra cima dele não conseguindo enxergar mais nada na minha frente.

- Você é um bosta, um covarde desgraçado! - soquei seu rosto. - Como você teve coragem de se atrever a fazer isso com ela. - gritei furioso. - Eu quero ver se vai ter feitiço pra dar jeito no que vou fazer na sua cara!

Senti os braços de Christian me puxando.

- Para Poncho!

- Me larga! - gritei furioso brigando com ele pra conseguir me soltar.

- Já foi o suficiente, chega! - ele gritou me puxando com força.

- Se você se atrever a olhar pra ela, eu te mato. - gritei e chutei o estômago do Kuno. - Ouviu?! - apontei o dedo pra ele e o chutei outra vez.

Kuno engasgou e cuspiu um filete de sangue, o rosto desfigurado e ensanguentado. Senti prazer em vê-lo daquele jeito, mas pra mim e pro ódio que eu estava sentindo aquilo ainda era pouco.

- Chega Poncho, vem! - ele me arrastou pelo corredor. - Vamos embora antes que nos vejam.

Christian me arrastou e me obrigou a subir as escadas que davam pro nosso dormitório. Só depois que atravessamos a passagem ele me soltou me jogando no sofá.

- Pelo amor de Deus o que deu em você?! - ele esbravejou de um jeito que eu nunca tinha visto antes. - Quer ser expulso da escola caramba?!

- Você viu o que aquele filho da puta tentou fazer. - gritei e respirei fundo o ar sibilava entre os meus dentes, cerrei os punhos ainda furioso. Só então reparei que não estava enxergando direito. - Meus óculos.

- Estão aqui, estavam no chão dentro da passagem. - Christian os estendeu. - Entendo que tenha ficado furioso, eu também fiquei, mas não se resolvem as coisas assim Poncho.

O barulho da passagem se abrindo de novo e a voz aflita de Maite me impediram de responder.

- Será que podem me ajudar aqui, ela está em choque não sei o que fazer.

Maite tinha emprestado sua jaqueta pra Anahí se cobrir e a conduzia pra dentro da passagem.Encontrei Anahí na metade do caminho e a abracei com força. Ela desabou me abraçando e voltando a chorar.

- Acabou! Aquele filho da mãe nunca mais vai chegar perto de você. - respondi ainda furioso.

Conduzi Anahí até o sofá fazendo com que se sentasse. Minha raiva voltou ao ver que os punhos e os tornozelos dela sangravam.

- A gente tem que levar ela pra enfermaria. - Maite soo preocupado a beira das lágrimas.

- Não! - Any falou pela primeira vez. - Eu não quero ir.

- Any você tá machucada e em choque.Precisa deixar Aimee cuidar de você!

- Não! - ela negou com a cabeça. - Não quero que ninguém saiba, vão dizer... Que a culpa foi minha, que eu o provoquei. - soluçou.

- Olha pra mim! - segurei o rosto dela. - A culpa não foi sua.