Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Uma semana!, suspirei me encarando no espelho.

Uma semana que estávamos de férias, que estávamos na casa de Alicia e Estevan e uma semana que Poncho e eu estávamos juntos. Sorri sozinha e me sentindo uma boba ao lembrar de quando me declarei pra ele na cachoeira. Tinha ficado com tanto medo dele me desprezar que nunca parei pra pensar que talvez ele pudesse gostar de mim também. Agora eu entendia porque sempre tínhamos agido diferente um com o outro. Antes eu achava que era porque no começo, éramos só nós dois, então nossa amizade era diferente, mas agora eu via que sempre nos gostamos muito mais do que como amigos.

Ajeitei meu cabelo deixando as pontas onduladas do jeito que eu sabia que Poncho gostava. Fui pro corredor e antes que eu chegasse na escada, Poncho me puxou pra dentro do quarto dele.

Minhas costas bateram na parede no momento em que os lábios dele cobriram os meus. Eu amava quando ele agia assim, ficar com Alfonso estava me fazendo conhecer um outro lado dele. Um lado dele que eu estava amando. Mas ele não era o único, eu também estava diferente. Poncho tinha despertado em mim um lado romântico e apaixonado que eu sabia que existia, mas não tinha ideia de que era tão forte.

Acariciei seus cabelos negros brincando com seus fios enquanto a língua dele brincava por toda a minha boca. Eu ainda ficava um pouco encabulada com nossos beijos e Poncho que sempre foi o mais tímido de nós dois parecia não ter vergonha nenhuma. Eu gostava de saber que nessas partes ele não era envergonhado.

- Bom dia! - ele sussurrou se afastando de mim.

- Bom dia! - sorri abrindo os olhos, me sentia meio zonza. - É difícil não ter um bom dia depois disso.

Ele sorriu com os olhos brilhando e me beijou de novo.

- Poncho seus pais podem ver a gente.

- Você e esse medo dos meus pais, por isso hoje vamos pra cachoeira mais cedo.

Estreitei as sobrancelhas estranhando. Estávamos indo todo o dia para a cachoeira, uma estratégia de ficarmos sozinhos sem os pais dele nos verem juntos. Mas a gente sempre fazia isso depois do almoço.

- Por que quer ir agora de manhã?

- Surpresa! - Poncho sorriu de um jeito travesso.

Antes que eu dissesse algo ele me beijou de novo, pegou uma mochila e me puxou pela mão. Desci as escadas quase tropeçando.

- Mãe, pai! - Poncho gritou quando chegamos ao segundo andar. - Estamos indo pra cachoeira.

- Tomem café antes filho! - Alicia pediu da cozinha.

- Não precisa mãe! - ele respondeu abrindo a porta da sala.

Arrastei Anahí pra fora de casa, correndo e fazendo ela correr comigo.

- Poncho espera! - ela soltou minha mão e ofegou. - Por que não me deixou tomar café?

- Tenho uma surpresa pra você. - sorri empolgado.

- Que surpresa? - Any cruzou os braços e me olhou com receio.

- Surpresa! - dei de ombros.

Peguei minha varinha e conjurei uma venda. Com meu comando a peça roxa flutuou até envolver os olhos dela fazendo um nó pra prender com firmeza.

- Poncho! - Any suspirou com um sorriso nos lábios.

- Vem comigo! - entrelacei meus dedos nos dela e beijei sua mão.

O gesto a fazer sorrir e mesmo com a venda vi quando suas bochechas coraram. Eu amava saber que conseguia provocar reações como aquelas nela. Às vezes durante a noite, nessa última semana, eu acordava de madrugada ainda sem acreditar que estávamos juntos. Aquilo era como um sonho pra mim.

E eu sabia que minha mentira ou omissão sobre a noite do baile era a única coisa que ameaçava o que estávamos construindo juntos. Mas eu ainda não podia contar tudo à Any, eu precisava encontrar o momento certo pra isso e falar desse assunto nas férias, as vésperas do aniversário dela não parecia uma boa ideia.

Aquele medo de perdê-la se apossou de mim outra vez e senti uma necessidade urgente de confirmar a mim mesmo que estávamos juntos e que estava tudo bem. Envolvi meus braços em torno da cintura dela e Any se assustou quando a puxei pra mim, mas apoiou as mãos nos meus ombros e aceitou meu beijo.

Explorei toda a boca dela com a minha língua, uma vontade de gritar à ela que a amava, que me passei pelo Kuno apenas para ter a chance de ficar algumas horas com ela da forma que eu sempre tinha sonhado. Queria dizer com aquele beijo o quanto ela significava pra mim, queria que soubesse que só fiz o que fiz no baile porque não tinha ideia de que viveríamos momentos como aquele. Foi difícil me afastar dela e ficar calado.

- Se continuar fazendo isso... Aceito ficar vendada o resto do dia. - Any sussurrou, o rosto corado e os lábios ainda mais vermelhos.

As palavras dela espantaram meu medo. Any me queria também e eu daria tempo à ela, pra que se apaixonasse por mim como eu já era apaixonado por ela. Dessa forma Any conseguiria entender meu lado e me perdoaria quando chegasse à hora de contar o que eu tinha feito.

- Vamos, você deve estar com fome. - sorri e a puxei pela mão.

Caminhamos mais um pouco e soltei sua mão quando chegamos à cachoeira. Usei minha varinha pra montar a surpresa pra ela mais depressa.

- Fica de olhos fechados. - pedi e com um toque da varinha a venda desapareceu. - Pode abrir. - sorri ansioso.

Any obedeceu e quando abriu os olhos um sorriso estampou seus lábios assim que viu o que eu tinha preparado pra ela. Havia posto uma toalha xadrez sobre as pedras, com uma cesta de madeira. Fiz questão de trazer todas as frutas que Any gostava: morango, uva, maça, amora e melancia. Além do bolo de abóbora da minha mãe e chocolate que amávamos. Também havia trazido suco e gomas de mascar gigantes.

- Você preparou um piquenique pra gente. - seus olhos brilhavam.

- Sim. Pra comemorar nossa primeira semana juntos. - sorri.

- Poncho! - ela riu e abaixou a cabeça.

Me aproximei e segurei o queixo dela, erguendo seu rosto até ver seus olhos.

- Você gostou?

- Ta perfeito, eu nunca fiz um piquenique antes. - sorriu emocionada.

- Nem eu, vai ser nossa primeira vez. Juntos!

- Obrigada, você é demais. - Any sorriu me abraçando e ganhei o melhor presente de todos: seus beijos.

*AMORES ATÉ AKI É ONDE A PRI TINHA POSTADO...PRÓXIMOS CAPITULOS SÃO NOVOS