Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

A boca dele desceu até meu ombro e sua mão úmida acariciou minha barriga por baixo da blusa. Seus dedos apertaram minha cintura e subiram pela lateral do meu corpo acariciando minhas costelas.

Não consegui segurar um gemido e com uma das mãos arranhei suas costas molhadas. O efeito em Poncho foi imediato, ele pressionou o corpo contra o meu e seus lábios sugaram meu pescoço. Uma das mãos subiu pela minha perna e ele apertou minha coxa com força. Agradeci por estar usando shorts.

Estava quase perdendo a cabeça quando ele se afastou e sentou na toalha ofegando.

- Acho melhor voltarmos, antes... Antes que eu faça uma besteira. - suspirou.

Ver como ele se recompôs depressa e ficou de pé me surpreendeu. Tentando encontrar minha voz e acalmar as inúmeras sensações que eu estava sentindo me levantei e ajudei Poncho a guardar tudo.

Assim que chegamos Poncho quis tomar um banho e eu fui pra cozinha ver se Alicia queria ajuda.

Depois que almoçamos fui pro quarto arrumar algumas coisas. Me assustei quando os braços de Poncho me rodearam.

- Me perdoa pelo que eu fiz na cachoeira, não quis me exceder. - pediu me virando de frente pra ele.

- Tudo bem! - sorri acariciando seus braços. - Não fiquei chateada, eu até... - mordi o lábio e abaixei a cabeça. - Gostei! - sussurrei.

- Mesmo?! - Poncho sorriu aliviado erguendo meu rosto.

Assenti um tanto sem jeito. Com um suspiro de alívio ele envolveu os braços em torno da minha cintura e me beijou. Retribui o beijo envolvendo os braços em torno do pescoço dele, foi ai que lembrei onde estávamos.

Empurrei Poncho com medo que alguém entrasse e nos visse. Meu medo se transformou em realidade quando vi Alicia parada na porta. Eu não tinha certeza do que ela tinha visto, mas ela sorria.

- Desculpem atrapalhar vocês, volto depois. - ela piscou e nos deixou sozinhos.

Suspirei e cobri o rosto com as mãos, outra vez desejei que o chão se abrisse e me engolisse.

- Acho que minha mãe acabou de ficar sabendo sobre a gente.

- E você fala isso assim? - o encarei desesperada. - Como vou encarar sua mãe agora? E o seu pai, por que ela vai contar pra ele!

- Relaxa eu aposto que eles vão adorar a novidade. - sorriu e me beijou. - Meus pais te adoram, não poderiam desejar garota melhor nesse mundo pra mim, do que você.

Forcei um sorriso e o abracei. Eu sabia que mais tarde descobriria se ele estava certo ou não.

Poncho
Depois de ficar um pouco no quarto com Any, desci pra procurar meus pais e falar com a minha mãe. Encontrei o primeiro andar vazio e um recado preso à porta, eles tinham saído sem hora pra voltar.

- Any, desce e vem assistir um filme comigo, meus pais não estão. - avisei do pé da escada.

Escolhi o filme e quando estava colocando no DVD ouviu os passos dela descendo a escada.

- Eles disseram aonde foram? - ela perguntou parando de pé ao lado do sofá.

- Não, mas acho que vão demorar. - sentei no sofá. - Vem cá assistir um filme comigo. - sorri abrindo o braço.

Any retribuiu o sorriso e se aproximou. Tirando as sapatilhas ela sentou no sofá colocando as pernas pra dentro e deitou a cabeça no meu peito. Uma das mãos ficou repousando sobre minha barriga.

Apoiei minha cabeça na dela e com uma mão fiquei brincando com seus cabelos. Com a outra dei o play.

O filme não tinha chegado nem a 20 minutos quando reparei que Any tinha adormecido. Sorrindo envolvi os dois braços em volta dela aconchegando-a. Enquanto a olhava lembrei de nós dois na cachoeira e do quanto cheguei perto de dizer que a amava e fazer amor com ela outra vez. Tive que praticamente fugir dela e correr pro chuveiro quando chegamos em casa pra conseguir me conter.

Sorri ao me lembrar das palavras dela, afirmando que havia gostado do que houve. Foi um alivio saber que ela não tinha pensado mal de mim. Encarei seus lábios, suas sardas, a expressão serena e senti que meu coração ia parar de bater a qualquer momento de tão tomado de amor que estava.

- Eu te amo, amor da minha vida! - sussurrei a olhando, precisava colocar um pouco de todo aquele sentimento pra fora. - Não sabe como eu tenho medo de você me odiar depois que souber do que eu fiz. Não quero perder você Any. - a abracei com ainda mais força e beijei seus cabelos.

Foi difícil me concentrar no filme com a garota dos meus sonhos dormindo em meus braços. Acabei passando mais tempo admirando-a sem culpa do que vendo o filme.

Anahí

Na manhã seguinte quando acordei tomei um susto ao ver Alicia na sala. A casa estava silenciosa demais.

- Bom dia Any! - tomei um susto quando ela me viu.

- Bom dia. - respondi sem jeito, a imagem dela ao flagrar eu e o Poncho estava tão nítida que mais uma vez desejei que o chão se abrisse e me engolisse. - Poncho e Estevan saíram?

- Sim, foram na cidade. - a mãe de Alfonso sorriu.

- Ah ta! - mordi o lábio e abaixei a cabeça.

- Posso falar com você?

Encarei Alicia parando de respirar e só consegui concordar com a cabeça.

- Vem comigo pra biblioteca, por favor. - ela sorriu e saiu na frente.

Entrei em pânico. Nem Poncho ou Estevan estavam em casa. Isso significava que ela poderia me expulsar dali por ter me engraçado com o filho dela que ninguém tentaria impedi-la. Será que era isso? Ela ia me dar uma bronca e mandar eu fazer as minhas malas e sumir dali?

Entramos no escritório e coloquei as mãos atrás das costas retorcendo-as. Uma forma de esconder o nervosismo que eu estava sentindo.

- Any queria falar com você sobre o que eu vi ontem no seu quarto com o meu filho. E temo pra mim que não é a primeira vez que aquilo acontece, estou certa?

O jeito que ela me olhou me fez dar um aceno com a cabeça. Mas eu precisava encontrar minha voz pra fazê-la entender que eu não estava enganando ela a meses ou anos como ela podia estar achando.

- Não é a primeira vez, mas eu juro que a gente não tava junto quando chegamos aqui na sua casa. Ainda éramos amigos, apesar de as coisas estarem começando a mudar.

- Eu sei, notei seu nervosismo perto do meu filho quando chegaram, uma coisa que nunca tinha acontecido antes. - ela respondeu e ao terminar de falar Alicia sorriu me surpreendendo. - Sabe por anos eu busquei vocês na estação de trem, via vocês cada vez maiores e mais ligados enquanto iam crescendo. Eu ficava me perguntando até quando essa amizade duraria. Eu estava esperando pelo momento em que o Poncho apareceria aqui sozinho enquanto você passava as férias com seu namorado ou ele chegaria aqui com outra garota e me apresentaria a ela como sua namorada.

“Será que ela estava decepcionada por eu ter virado a namorada?”, me perguntei mordendo o lábio.