Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Eu achava a primeira opção mais fácil. Meu filho aparecer sozinho aqui dizendo que você estava passando as férias com outro. Eu tinha medo de como ele ficaria, tinha medo de você se envolver com um rapaz ou até ele com uma moça e isso afetar a relação de vocês. Eu sempre achei muito bonita a amizade, a cumplicidade de vocês. Perdi a conta de quantas vezes ouvi vocês desabafarem um com o outro. Meu filho sempre sozinho e tímido, o garoto brilhante que se achava diferente, tinha encontrado alguém. Uma amiga que o havia aceitado do jeito que ele era, o apoiava sempre e em troca ele te apoiava de volta. Mas posso confessar uma coisa?

- Pode! - assenti prendendo a respiração.

- Sempre tive uma pontinha de desconfiança de que no fundo vocês eram muito mais do que amigos. Meu filho sempre foi tímido e nunca quis falar de “garotas” perto de mim ou do pai, mas com você ele sempre foi diferente. Vocês ficam diferentes quando estão juntos, como se alguma coisa conectasse vocês. Ele fica menos envergonhado, você mais confiante. Como se juntos vocês encontrassem o lugar de vocês no mundo.

As palavras dela me surpreenderam, pois, eu sempre me senti assim quando estava com Poncho. Desde quando éramos crianças, parecia que quando eu estava com ele eu estava no lugar certo. Eu me sentia parte do mundo, o mundo dos bruxos. E várias vezes Poncho me disse a mesma coisa. Comigo por perto ele também sentia que se encaixava no mundo. Por isso sempre fomos tão amigos, tão ligados. A gente se entendia.

- Por isso acho que vocês sempre foram mais que amigos e agora na adolescência, com os hormônios a flor da pele descobriram o sentimento que no fundo sempre uniu vocês. - Alicia continuou. - Eu só queria dizer Any que você é como uma filha pra mim, me preocupo com você, como me preocupo com Alfonso. E eu fico muito feliz em saber que você e meu filho estão juntos e que agora vão cuidar ainda mais um do outro.

- Então não ta furiosa comigo? - pisquei atordoada. - Não me chamou aqui pra me mandar ir embora? Não vai dizer que preferia que Poncho namorasse uma garota rica, de sangue puro, digna dele e da educação dele?

- É claro que não Any? Foi isso que você pensou? - Alicia riu. - A única coisa que sempre desejei é a felicidade do Alfonso e você como amiga sempre o fez feliz, sempre preencheu o lado vazio e tímido dele, imagina o que não irá fazer por ele agora como sua namorada?

- Mas e o Estevan?

- Estevan sabe de vocês, ele já sacou os olhares, as idas à cachoeira há vários dias, bem antes de mim. Ele chamou Alfonso pra ir a cidade por isso. Pra conversar com ele e eu com você. - Alicia sorriu.

- Então vocês aprovam? Eu achei que iam ser contra, sei lá por... Tantos motivos. - suspirei aliviada.

- Fica tranquila querida, estamos muito felizes por vocês e agora vocês não precisam mais ficar fugindo pra cachoeira e se escondendo. Por isso te chamei pra conversar.

- Obrigada Alicia, muito obrigada. - sorri empolgada.

Poncho
Depois de levar um susto por saber que meu pai já sabia de mim e da Any muito antes da minha mãe, fiquei aliviado ao saber que os dois aprovavam a nossa relação. Cheguei em casa empolgado sabendo que minha mãe sabia de tudo e já tinha dito a Any que nos aceitava. Era possível ficar mais feliz? Definitivamente não!

- Any ta lá no quarto dela. - minha mãe disparou assim que me viu.

- Valeu mãe. - sorri e subi correndo.

Desacelerei o passo ao chegar ao corredor e sorrateiramente cheguei ao quarto de Any. Sorri ao ver que o diário estava aberto sobre a barriga dela e Any dormia. Um braço sobre o diário e o outro relaxado no colchão.

Sem resistir me inclinei sobre ela e a beijei. Any se assustou e apoiou às mãos nos meus ombros, por um segundo quis me empurrar, mas em seguida se rendeu e seus dedos invadiram meus cabelos. Suspirando invadi seus lábios com minha língua sentindo meu coração disparar e aquele calor tomar conta de mim. Era tão fácil beijar a Any, seus lábios eram tão macios e deliciosos que era inevitável não me perder nela. Eu precisava mergulhar nas sensações que ela me provocava, como um peixe precisa mergulhar no fundo do mar pra sobreviver. Então imagine o esforço que tive que fazer pra me afastar dela.

- Oi! - ela sorriu envergonhada e passou a mão pelo rosto.

- Oi! - devolvi sorridente.

Anahí encarou a porta aberta atrás de nós e mordeu o lábio.

- A gente ta livre Any. Não precisamos nos esconder mais. - sorri.

- Ainda é estranho pensar que seus pais aceitaram a gente de boa. - Any sorriu sem jeito e sentou na cama.

- Eles não tem porque ser contra. - acariciei seu rosto.

Any sorriu e se levantou da cama.

- Achei que eles fossem querer algo melhor pra você, principalmente sua mãe. - sorriu sem jeito.

- Any você é a melhor coisa pra mim. - sorri a olhando. - Vem cá! - tentei puxá-la pela mão, mas ela se afastou sem jeito, os olhos vidrados na porta. - Eles não vão subir, vem cá. - me levantei e a puxei pela cintura.

Sentei na cama e a fiz se sentar no meu colo. Encarei seus olhos azuis apaixonantes.

- Como você quer passar seu aniversário daqui uns dias? Ta chegando! - sorri.

Any abaixou a cabeça e mordeu o lábio. Nunca vi pessoa pra evitar tanto comemorar o aniversário como ela.

- Como a gente fez até hoje? - ela deu de ombros, as mãos macias apoiadas em meus ombros.

- Mas a gente nunca fez nada nos últimos sete aniversários. - protestei.

- Por isso mesmo, porque quebrar uma tradição. - ela sorriu de lado encolhendo os ombros outra vez.

- Nada disso, como seu namorado eu declaro que faremos uma festa esse ano. - sorri.

- Não! - Any negou com a cabeça várias vezes.

- Por que não? A gente vai ta no triângulo de Lily com nossos amigos, não é justo seu dia passar em branco. Eu quero retribuir o presente maravilhoso que você me deu. Não tira esse prazer de mim vai. - supliquei.

Any mordeu o lábio pensativa. Por alguma razão que até hoje não descobri, Any não gostava de festejar seu aniversário. Eu tinha suspeitas do porque, mas nenhuma confirmação, porque ela se recusava a me dizer.

Afastei seus cabelos dos ombros e me inclinei na direção dela. Any se arrepiou quando toquei seu pescoço com meus lábios. A pele extremamente macia e cheirosa naquela região, do jeito que eu me lembrava.

- Aceita vai, por favor. - sussurrei próximo do seu ouvido, a reação dela foi suspirar e apertar meus ombros.

- Eu vou pensar. - ela suspirou e comemorei a olhando. - Não da pra conversa com você quando apela desse jeito. - Any reclamou ficando com as bochechas coradas e aquilo aumentou ainda mais meu sorriso.

- Pensa com carinho então ta? - acariciei seu lábio inferior com o polegar.

- Ta! - ela assentiu forçando um sorriso.

Sem jeito se aproximou e me deu um beijo. Sabendo que não havia problema caso nos vissem apertei os braços em torno de sua cintura, colando sua barriga durinha à minha. Any suspirou acariciando meus cabelos, aquele toque acendeu algo em mim. Sem parar de beijá-la inclinei Any fazendo com que se deitasse na cama e deitei em cima dela. Algo dentro de nós aquecendo e se expandindo gradativamente.

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