Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- A gente não tava conversando com ninguém. - Dulce respondeu exasperada. - Não seja idiota.

- Então por que a demora?

- A gente tava fofocando ta legal? Estávamos atualizando uma à outra, algo que me divertiu bastante até eu voltar pra mesa. - Dulce se levantou e saiu furiosa.

Christian deu um chute em Ucker por debaixo da mesa, Maite levantou furiosa e foi atrás de Dulce.

- Satisfeito? - Poncho perguntou furioso.

- Olha Ucker se eu fosse a sua namorada já tinha lhe dado um chute no saco. - respondi furiosa e fui atrás da minha amiga. - Você vai se arrepender muito disso.

Depois de obrigarmos Ucker a pedir desculpas a Dulce e fazê-lo jurar que não ia repetir a dose durante as nossas férias, finalmente conseguimos almoçar. Ao sairmos do restaurante subimos em direção ao parque. Meus dentes batiam de frio enquanto meus pés afundavam na neve. Poncho soltou minha mão e no instante seguinte seus braços envolveram meus ombros e seus lábios frios tocaram meu rosto. Apoiei as mãos nos braços dele me sentindo aquecida e fomos andando com dificuldade.

- CHRISTIAN! - Maite gritou atrás de nós.

Poncho me soltou e quando nos viramos Chris estava rindo apontando uma Maite suja de neve.

- Você não acha que ta frio o bastante? - ela o fuzilou se limpando.

- É pra esquentar amor. - Christian argumentou tentando parar de rir.

- Ah é? - Maite se abaixou e com as mãos protegidas pelas luvas pegou um punhado de neve.

Christian se abaixou e a bola de neve atingiu Ucker no peito. Na mesma hora ele se abaixou e tentou acertar Maite, a mesma desviou e a bola de neve acertou meu braço.

- Hei na minha namorada não! - Poncho reclamou e pegou um punhado de neve e jogou em Ucker.

Outra bola de neve me acertou dessa vez nas costas, encarei em volta e Dulce ria. Na mesma hora peguei uma bolota de neve e a acertei perto da barriga. Ela se fingiu de ofendida e me acertou de novo.

Há essa altura os meninos já estavam cobertos de neve e começamos a correr uns tacando neve no outro. Poncho tentou me acertar, mas consegui desviar e a bola atingiu a árvore. Mostrei a língua pra ele enquanto fazia uma dancinha de vitória. Ele riu divertido e sem tirar os olhos de mim se abaixou e pegou mais um punhado de neve. Rindo dei uns passos pra trás e fugi dele, correndo o mais rápido que consegui. Sem precisar usar magia ele veio correndo na minha direção. Dei um grito quando suas luvas cheias de neve envolveram minha cintura. Tropecei na neve e caímos nós dois no chão às gargalhadas.

- Machuquei você? - Poncho me encarando sorrindo.

- Não! - sorri ajeitando os óculos dele.

Poncho sorriu aproximando o rosto do meu. Prontamente envolvi os braços em torno do pescoço dele querendo que ficasse mais perto. Seu nariz roçou no meu antes de seus lábios cobrirem os meus.

Uma bola de neve acertou com tudo as costas de Poncho, ele grunhiu se afastando e encarou Ucker.

- Vão para o quarto! - ele riu abrindo os braços.

- Você é um chato às vezes. - reclamei enquanto Poncho ficava de pé.

Segurei as mãos dele quando as estendeu pra mim e fiquei de pé. Poncho me beijou antes de seguirmos com os outros em direção à praça. Algumas bolas de neve voaram pelo caminho.

“Eu estava dormindo na minha cama quando meus pais invadiram o quarto e começaram a cantar.

- Parabéns à você... Nessa data querida...

Sorri me sentando na cama enquanto minha mãe trazia o bolo e meu pai e meus irmãos os presentes.

- Feliz onze anos filha! - meu pai se inclinou e me beijou.

Meus irmãos se aproximaram me dando os parabéns e me entregando os presentes. Abracei minha mãe quando ela colocou o bolo em cima do criado mudo. Abri todos eles ávida pra saber o que tinha dentro enquanto minha mãe cortava o bolo. Como todos os anos anteriores abri meus presentes e comemos o bolo ali na cama mesmo, antes de descermos para tomar café e comemorar meu aniversário. Logo em seguida sairíamos pra almoçar e passaríamos o dia juntos fazendo o que eu quisesse. Era assim cada vez que eu ou um dos meus irmãos comemorava mais um ano de vida.”

Acordei com o quarto silencioso e me sentei na cama. Encarei a porta de madeira fechada e por um segundo esperei que meus pais e meus irmãos fossem surgir ali em versões maiores e mais velhas. Mas não aconteceria. Era o oitavo aniversário que eu acordava sozinha, sem as vozes deles me cantando parabéns. Nada de presentes ou bolo ao pé da cama. Aquilo era um costume que nunca mais se repetiria.

Era por isso que eu não gostava de comemorar meus aniversários. Eu sempre acordava triste por não tê-los comigo como fui acostumada a ter durante 11 anos. E essa tristeza permanecia comigo o dia todo.

Abaixei a cabeça sentindo as lágrimas escorreram do meu rosto ao lembrar da sobrinha que eu tinha e de que, após tomar o Desmemorium, meus pais não faziam idéia de que eu existia.

A porta se abriu me fazendo dar um pulo e Maite e Dulce entraram. Deitei na cama de costas pra elas e enxuguei o rosto. Se me vissem chorar, ela e os outros iam me encher de perguntas.

- PARABÉNS! - Dulce gritou pulando em cima de mim, mesmo com a tristeza que sentia acabei rindo.

- Eeeh a caçula do grupo alcançou a gente! Como se sente? - Maite sorriu se jogando em cima de mim.

- Sufocando! - brinquei empurrando as duas.

- Aonde vamos hoje? - Dulce sorriu empolgada. - Você manda.

As palavras dela lembraram dos meus pais, balancei a cabeça e forcei um sorriso.

- Meninas agradeço, mas quero ficar aqui no quarto ta?

- Poxa Any hoje é seu aniversário, vem comemorar com a gente. Vamos fazer compras, please. - Dulce suspirou puxando minha mão.

- Não! - protestei me soltando. - Por que não vão ficar com os namorados de vocês? - reclamei.

- Porque eles estão ajudando o Poncho a preparar uma surpresa pra você. - Dulce respondeu.

Afastei as cobertas na hora e me sentei na cama encarando minhas amigas.

- O que disse Dulce?

- Desculpa não era pra você saber. - Dulce fez uma careta e se encolheu.

- Eu disse ao Poncho que não queria festa. Anda me diz o que ele ta fazendo?

- Algo que você vai adorar, nós ficamos encarregadas de te levar pra fazer umas compras. - Maite sorriu e me puxou pela mão.

Eu tentei protestar enquanto as duas me puxavam e me arrastavam até o guarda-roupa. Poncho havia falado sério quando disse que como meu namorado ele ia me dar uma festa de aniversário. E tenho que assumir que ele foi bem inteligente pedindo ajuda a Dulce e Maite, pois, não tinha como protestar com aquelas duas.

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