Fanfic: ♥ A Magia do Amor ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Cara que duelo! - Ucker sorriu admirado.

- Eu espero que eles não se machuquem feio. - Chris respondeu tão preocupado quanto eu.

- Anahí ta torcendo pra quem? - uma garota perguntou provocando.

- Não interessa. - respondi sem desviar os olhos da passarela.

- Exarmet! - Kuno gritou.

- Furtum! - Poncho gritou junto.

A luz azul e verde provocaram uma explosão ao se trombarem. Uma explosão tão forte que os dois caíram no chão.

- Continuem! - meu professor gritou.

- Capturam! - Kuno gritou ficando de pé.

- Defensionem! Furtum!

- Reddere Talionem! - Kuno gritou.

- Avertere! - Poncho mandou o feitiço pra outro lado e o mesmo acertou o lustre acima de nossas cabeças.

Nosso professor e o da Torre do Sul nos protegeram dos cacos fazendo-os se transformarem em grãos de areia que apenas sujaram nossos casacos e os cabelos.

- Laedo! - Poncho gritou.

- Ricochet! Appugnare! - Kuno gritou e rezei pra que Poncho conseguisse se proteger.

- Hei o Appugnare faz o adversário perder a varinha pro bruxo que lançou o feitiço, isso vale? - Chris questionou.

- Se os professores não falaram nada ta valendo. - Maite respondeu.

Por sorte Poncho conseguiu se defender com o feitiço Speculo, conjurando um espelho que o protegeu.

- Laedo! Exarmet! - ele enviou de uma vez.

O primeiro feitiço deixou a varinha de Kuno invisível e quando o próximo bateu a mesma caiu no chão. Poncho sorriu, ele havia ganhado. Sorri aliviada por ver que nenhum dos dois havia se machucado.

- Torre do Norte ganhou!

Minha turma pulou entusiasmada, tínhamos sido a única Torre a ganhar os dois duelos.

- Atrium! - Kuno gritou.

Olhei na direção dele e vi quando o feitiço atingiu em cheio Poncho. Com a varinha abaixada ele não teve tempo de se defender e vôo pra longe da passarela.

- Hei isso é feitiço de ataque, não vale e você já tinha perdido! - um garoto da nossa torre gritou.

Me abaixei ao lado do Poncho e me assustei ao ver que ele tinha cortes no rosto, ombro e o tórax onde o feitiço o havia atingido. Encarei Kuno com os olhos marejados e cheios de raiva.

- Hei são só uns arranhões! - ele se aproximou.

- Exarmet! - gritei sacando a minha varinha e consegui desarmá-lo. - Não chega perto da gente. - avisei.

O professor se abaixou e ordenou que Kuno fosse pra direção e Poncho pra enfermaria.

- Todos vocês estão dispensados, senhor Becker venha comigo. - o professor do Kuno avisou.

Enxuguei o rosto e peguei seus óculos que estavam no chão.Junto com meus amigos acompanhamos Poncho até a enfermaria. Chegando lá a enfermeira Aimee deu duas poções pra ele, uma para se recuperar e outra para curar os cortes. RecuperatioeRusticatio respectivamente.

- Ele vai ficar bem. - ela sorriu nos olhando.

Apertei os óculos dele contra o peito enquanto tentava segurar as lágrimas.

- Any ainda temos a aula sobre os Animais Encantados, a prova é semana que vem. - Chris sussurrou.

- Vão vocês eu fico aqui com ele. - enxuguei o rosto e puxei a cadeira pra sentar perto da cama.

- Ele vai dormir por um bom tempo, você pode assistir à aula se quiser. - Aimee alertou.

Neguei com a cabeça sabendo que Poncho ficaria do meu lado o tempo todo se a situação fosse o oposto.

- Não eu vou ficar aqui até ele acordar. - respondi.

- A gente vai pra aula, qualquer coisa nos avisa. - Dulce sorriu.

Assenti e meus amigos foram embora, fiquei sozinha no quarto com Poncho encarando todos aqueles curativos. Mas as poções de Aimee eram poderosas e ele ia ficar totalmente recuperado.

Acordei e encarei o teto um tanto embaçado.Senti falta dos meus óculos. Olhei pro lado os procurando e vi Anahí com a cabeça apoiada na cama, segurando minha mão e dormindo. Automaticamente um sorriso tomou conta dos meus lábios e acariciei os cabelos dela. Anahí se mexeu acordando.

- Poncho! - ela arregalou os olhos e sorriu me abraçando de forma brusca.

Eu ri acariciando os cabelos dela.

- Ainda bem que as poções da Aimee são fantásticas. - brinquei.

- Desculpa, mas você ta perfeito. - ela tocou meu peito e puxou os curativos. Estavam manchados de sangue, mas não havia mais corte, nem mesmo cicatriz. - Olha só seu rosto, se você visse como tava antes. - ela me deu o espelho.

Me assustei ao ver os curativos cheios de sangue, mas quando os tirei meu rosto estava perfeito como meu peito. Sorri e a encarei.

- Falta uma coisa.

Any sorriu e tirou do bolso do seu casaco os meus óculos. Gentilmente ela os colocou no meu rosto.

- Agora sim sou eu. - brinquei ajeitando a haste.

- Fiquei com medo quando vi todo aquele sangue. - a voz dela falhou e seus olhos marejaram.

- Eu to legal, não fica assim. - acariciei seu rosto e tive vontade de beijá-la. - Obrigado por ter ficado aqui, não tem nada melhor do que acordar e te ver. - sorri.

Any sorriu e me abraçou de novo. Envolvi meus braços em volta dela com mais força dessa vez e acariciei seu cabelo. Queria que ela ficasse ali pra sempre.

Eu estava quase perguntando sobre o meu duelo com Kuno quando o mesmo entrou na enfermaria.

- O que você ta fazendo aqui? - perguntei furioso soltando Any.

- Eu vim me desculpar, eu me excedi, que bom que você esta bem. - ele parecia constrangido e fiquei feliz.

- Perder também serve pra ensinar algo. - devolvi.

Any não falou nada e ficou encarando meus dedos entrelaçados nos dela.

- Any posso falar com você um minuto, por favor?

- Não quero falar com você! - ela revidou seca sem encará-lo.

- Prometo que é rápido.

Anahí bufou e colocou a varinha dela em cima da mesa.

- To só me assegurando que a conversa vai ser civilizada, você tem dois minutos. - ela avisou e saiu na frente.

Quando fiquei sozinho eu acabei rindo. Any ficava ainda mais linda e apaixonante quando estava brava.

Encostei na parede do corredor e fuzilei Kuno.

- O que você quer?

- Me desculpar pelo que eu fiz com seu amigo e te entregar isso. - ele estendeu o papel e eu peguei.

Corri os olhos pelos versos e encarei Kuno de volta.

- Você não sabe nada de poesia, de onde foi que tirou isso? - estendi o papel.

- De um livro. - ele deu de ombros.

- Kuno você não lê nem os livros curriculares, imagine de poesia. - respondi não acreditando nele.

- Ta... Foi o seu amigo. Alfonso, quem me indicou.

- Você falou com o Poncho? - o encarei pasma. - O que foi que vocês conversaram? - exigi saber cruzando os braços.

- A gente tinha prometido se entender, foi antes do duelo.

- E como você quebra rápido um acordo né? - ironizei.

- Eu me excedi, fiquei envergonhado por ter perdido na frente de você e nossos amigos. - ele sôo arrependido.

- Ai você resolve apelar e atacar um adversário de surpresa? - cruzei os braços. - Olha Kuno eu to muito brava com você e nada do que você me falar vai me convencer agora, melhor a gente se falar depois.

- Mas Any...

Não dei atenção aos argumentos dele e quando voltei pra enfermaria Aimee estava dando alta ao Poncho.

- Que bom porque to morrendo de fome. - ele sorriu e então me viu. - Kuno já foi?

- Já! -assenti. - Quer ir comigo jantar no salão?