Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Não quer que a gente fique e te ajude com ela? - Maite me olhou preocupada.

- Nenhum de nós vai poder fazer muita coisa, me desculpem por ter ligado e falado com vocês daquele jeito, mas precisava sair e deixá-la com alguém de confiança. - suspirei encarando seu rosto.

- Que isso Alfonso não precisa se desculpar, estamos aqui pra isso. - Derrick respondeu.

- Obrigado de verdade. - respondi os encarando.

- Bom se quer assim a gente vai voltar pra casa, mas qualquer coisa você pode ligar pra gente. - Maite me olhou.

- Obrigado, qualquer coisa eu aviso vocês e se quiserem vir fazer uma visita, fiquem a vontade.

- Obrigada. - Maite sorriu se levantando com cuidado.

- Antes de ir você me ajudar a colocá-la na cama e vesti-la?

- Claro! - Maite assentiu.

Peguei Anahí no colo e junto com Maite subimos. Foi relativamente fácil tirar a roupa que ela usava e colocar uma das minhas camisas. Graças ao calmante ela não acordou e eu preferi assim. Pelo menos dormindo ela não sofria.

Mesmo estando exausto eu não me deitei, ao contrário liguei o notebook e comecei a pesquisar sobre Felipe Najera e qualquer pessoa que pudesse estar ligada à ele.

Fiz uma lista de amigos da época da faculdade e de possíveis conhecidos no presidio, entre eles os irmãos Hernandez que por enquanto continuavam presos. Quando acabei de fazer a lista liguei para Rafael.

- Estou mandando um e-mail coletivo, quero que descubram onde estão todas as pessoas da lista que estou enviando pra vocês. E avise os outros que amanhã na hora do almoço farei uma reunião com todos vocês aqui no meu apartamento mesmo.

- Sim senhor! - Rafael respondeu.

- Obrigado! - desliguei.

Não sei por quanto tempo dormi, só sei que acordei quando já estava de noite e minhas costas doíam. Desencostei o rosto da mesa e levantei num pulo quando vi a cama vazia. Olhei no banheiro e estava vazio. Desci as escadas e a sala estava vazia. Entrei na cozinha e meu coração se apertou quando vi Anahí sentada exatamente onde tínhamos encontrado o corpo de Lionel.

A cozinha estava limpa e totalmente impecável agora, mas ainda era possível lembrar do sangue, da mensagem. Estava tudo recente demais pra conseguir se esquecer. Acho que eu nunca me esqueceria daquela cena, muito menos a Any.

Ela estava encolhida no chão abraçando os joelhos. Quando me ajoelhei ao seu lado vi que ela chorava em silêncio. Senti um ódio homicida pelo Felipe por ter feito isso com ela e pior ainda ter feito aquilo a um cachorro que não teve como se defender. Pelo que vi do corpo ele havia sido esfaqueado, a perita me daria a confirmação na manhã seguinte, mas de qualquer forma havia sido um ato brutal.

Anahí seguiu em silêncio como se não tivesse me visto. Sem saber o que fazer toquei em sua mão.

- Meu amor ta muito frio aqui no chão, por que você não sobe comigo?

Anahí não me respondeu. As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela encarava a parede onde o recado fora escrito. Apertei sua mão e me levantei trazendo-a comigo.

- Vem não é bom você ficar aqui.

Ela não protestou quando a peguei no colo. Beijei seus cabelos e subi deitando-a de volta na cama.

- Quer que eu traga alguma coisa pra você comer?

Ela negou com a cabeça e se cobriu, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto e pingando no travesseiro.

- Eu vou pegar o desgraçado que fez isso, meu amor, eu prometo. - apertei sua mão.

Quando fui soltar sua mão pra levantar e voltar ao computador ela segurou minha mão. Suspirei entendendo o que ela queria e me deitei ao seu lado. Anahí me abraçou com força e beijei seus cabelos. Ficarei acariciando seus cabelos tentando mostrar pra ela que eu estava ali.

Eu não tinha conseguido salvar o Lionel, assim como não tinha conseguido salvar minha mãe. Senti minha garganta queimar e jurei que ninguém mais ia se machucar.

Felipe havia entrado na minha casa, matado um cachorro que não tinha culpa de nada apenas pra ferir a minha futura esposa. Eu ia ter que mostrar pra ele com quem ele estava se metendo. Lionel seria a última vítima dele.

- Eu vou te caçar mesmo que seja no inferno seu desgraçado. - sussurrei cheio de ódio. - Coitado de você quando eu te pegar. - cerrei os punhos com ódio demais pra conseguir relaxar e descansar.

Alfonso

Bati a palma espalmada na mesa.

- Como vocês não sabem o que aconteceu? - gritei olhando Miguel e Noah.

- Como te dissemos no hospital, ele conseguiu mexer em todo o sistema de segurança, é como se soubesse o que precisava fazer e como fazer. - Noah explicou.

- Então você ta me dizendo que tem um traidor na equipe? - gritei e olhei toda minha equipe.

- Não sabemos afirmar, mas de alguma forma ele sabia o que precisava fazer. - Noah respondeu.

A porta se abriu naquele momento me impedindo de continuar brigando com todos. Mas a minha raiva aumentou ao ver Christian e Angelique entrando no escritório. Cerrando os punhos esbravejei.

- O que vocês estão fazendo aqui?

- Soubemos do que houve, não podíamos continuar fora. - Christian deu de ombros.

- Porra cara era a lua-de-mel de vocês. - suspirei me sentindo culpado por isso também.

- Tudo bem Alfonso, a gente só voltou uns dias antes. - Angelique sorriu.

- Eu vim pra te ajudar a pegar esse desgraçado. - Christian me encarou e seus olhos escureceram de raiva.

- Obrigado! - forcei um sorriso.

- A Any onde está? - Angelique me olhou preocupada.

- No quarto. - respondi suspirando.

Anahí

Vi de relance quando a porta se abriu. Soltei meus joelhos e ergui meu rosto vendo Angelique.

- Any?! Eu soube do que houve. - ela suspirou e se aproximou. - Como está?

Abracei minhas pernas de novo e apoiei o queixo entre os dois voltando a posição que estava antes. Minha vista embaçou outra vez antes das lágrimas transbordarem pelo meu rosto.

- Any não fica assim. - Angelique acariciou minha mão. - Alfonso ta com a equipe toda reunida lá embaixo, Christian está com ele, eles vão pegar esse desgraçado.

- Não deviam estar aqui. - solucei. - E a lua-de-mel?

- Foram só uns dias a menos. - sorriu. - Não fica assim Any, por favor.