Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Javier tem um quarto pra você também, venha comigo, eu te mostro. - minha mãe sorriu se retirando.

- Obrigado senhora. - ele sorriu antes de seguir minha mãe.

Me sentei na cama suspirando e encarei meu anel de noivado. Fiquei rodando-o no meu dedo e pensando em Alfonso e o quanto eu já sentia falta dele. Mas pelo menos ficando aqui uns dias, ele ficaria mais tranquilo e não sofreria vendo como eu estava.

Levantei da cama não querendo ficar naquele quarto, com aquele silêncio opressor. Abri a porta e sai indo até o quarto que eu sabia que era dos meus irmãos agora. Entrei com cuidado e consegui esboçar um sorriso ao vê-los dormindo. Eles pareciam levemente diferentes de quando os vi da última vez.

Me aproximei do berço e então meu irmão se mexeu acordando.

- Oi Arthur! - consegui esboçar um sorriso de verdade dessa vez. Acariciei sua bochecha e Arthur resmungou levemente. - Você está lindo sabia? - sussurrei e ele me encarou com aqueles olhos castanhos atentamente.

A porta se abriu e minha mãe entrou.

- Sabia que te encontraria aqui. - sussurrou. - Ah to vendo que alguém acordou pra dar as boas-vindas a irmã.

- Eles estão mais lindos que antes mãe. - a encarei.

- Quer segurar o Arthur? Não vai demorar muito pra ele chorar pedindo o peito. - se inclinou sobre o berço.

- Não mãe, não pre... - me interrompi quando ela estendeu meu irmão pra mim.

O peguei no colo um tanto sem jeito e Arthur resmungou.

- Fala oi pra sua tata, filho. - sorriu brincando com ele.

- Acho que você e Alfonso mais uma vez fizeram a coisa certa. - encarei minha mãe.

- Não entendi querida. - sorriu.

- Realmente vai me fazer muito bem ficar aqui com vocês por uns dias.

- Que bom, meu amor. - Marichello sorriu acariciando meus cabelos. - Oh olha só quem acordou. - derreteu-se toda e se inclinou sobre o berço pegando Anna no colo.

Sorri as encarando me sentindo um pouco melhor agora, faz eu estaria 100% bem se Alfonso estivesse aqui e Lionel também.

Alfonso

Abri a porta do meu apartamento dando passagem a meu pai. Ele encarou o apartamento e sentou no sofá.

- E Anahí? Está no quarto?

- Foi pra Juarez. - suspirei me sentando no sofá.

- Resolveu tirar ela do apartamento? - ele me encarou sério e assenti.

- Fez bem filho, não era bom pra ela continuar aqui, seria mais difícil pra ela se recuperar.

- Eu queria achar esse desgraçado, mas parece que ele consegue se tornar invisível.

- Talvez ele esteja mais perto do que você imagina.

- O que quer dizer? - o encarei sem entendê-lo.

- Filho... Acho que você tem um traidor na sua equipe.

- Não, minha equipe é de confiança. - neguei com a cabeça.

- Até mesmo aquele rapaz que chegou a pouco tempo? Miguel o nome dele né?

- Eu também desconfiei dele e já mandei investiga-lo. A ficha dele é perfeita pai, ele tem excelentes recomendações dos antigos trabalhos, quase morreu para proteger a família pra quem trabalhou.

- Estranho isso, porque nenhum dos outros teria motivos pra fazer algo contra você. Não que saibamos.

- Eu confio neles pai. Acha que se não confiasse eles estariam trabalhando pra mim? Ou cuidando da Any?

- Sei disso meu filho. Acho que você precisa se desligar um pouco então pra conseguir enxergar algo que no momento ta te passando de forma despercebida.

- O que quer que eu faça? Que eu fuja pra uma ilha deserta com a Any? Isso não vai resolver nossos problemas.

- Não, não quero que faça isso. Quero que aceite ajuda de outra pessoa pra fazer esse trabalho pra você.

- Quem?!

- Eu... Me deixa te ajudar. - ele me encarou me pegando de surpresa.

- Mas como você vai me ajudar?

- Vou dar meu jeito, mas quero que saiba que também vou fazer algo a respeito.

- É melhor não, vai colocar sua vida e da Débora em risco. - discordei.

- E acha que eu me importo de me arriscar pra ajudar você? Você acha que eu durmo tranquilamente todas as noites sabendo que uma hora alguém pode me ligar me dizendo que meu único filho está morto?

- Pai...

- Pensa que foi essa a vida que eu escolhi pra você? Acha que era isso que eu queria? Você tem noção de quantas pessoas você já ajudou a prender e quantas devem odiar você por isso?

- Eu não me importo com elas. Eu só queria poder ter colocado o assassino da minha mãe na prisão, por isso eu não posso parar ou descansar pai. Eu já deixei aquele desgraçado fugir, não posso deixar o Felipe fugir também. É uma questão de honra totalmente pessoal. - respondi cheio de ódio.

- Por isso estou dizendo que você não pode fazer isso sozinho, a polícia está atrás dele, deixem eles cuidarem disso.

- E se ele chegar na Any enquanto esperamos a polícia prendê-lo? E se eu a perder como perdi minha mãe? Não pai, não vou fazer nada do que o senhor está me pedindo. Eu vou encontrar esse filho da mãe e matá-lo.

- Eu espero que você consiga filho, de verdade. - me encarou com pesar.

Anahí

Uma semana!, suspirei encarando a piscina. Uma semana que eu estava em Juarez. Uma semana que eu não via Alfonso. Uma semana que Lionel tinha morrido.

Os passos na porta chamaram minha atenção e forcei um sorriso quando Juan sentou ao meu lado.

- Podemos conversar?

- Claro! - assenti.

- Queria saber como está, tem uma semana que esta aqui e só a vejo triste pelos cantos, sua mãe esta preocupada com você. E eu acabo ficando preocupado com ela.

- Eu vou ficar bem! - forçou um sorriso.

- Entendo que esteja sofrendo, mas não pode deixar a dor consumir você, precisa fazer algo a respeito. - Juan me aconselhou.

- O que? - respondi abaixando a cabeça. - Esse é o problema, não sei o que fazer.

- Ir atrás de quem causou essa dor à você. Ou então ajudar aquele que o está procurando. - explicou e entendi que no final ele se referia a Alfonso.

- E como eu faço isso? Como posso ajudar?

- Use a raiva que está sentindo como combustível. - respondeu tranquilamente. - Eu preciso ir, mas espero que tenha te ajudado de alguma forma, tenha um bom dia. - sorriu se levantando.

- Bom dia! - respondi um tanto aérea tentando interpretar o que ele tinha acabado de me dizer.

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