Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Não! Está com o Felipe, mas quando ele descobrir que você já sabe que eu não sou o Miguel, Felipe vai matá-lo.

- Foi você quem mandou o Lionel?!

- Sim e deveria me agradecer eu fiz um favor, pois...

Dei mais um murro nele impedindo que continuasse falando. Carlos me olhou com o rosto machucado e ensangüentado e mesmo com a dor que devia sentir o filho da puta ainda sorria.

- Sabe... Se já disse tudo o que sabe o que me sugere fazer com você? - perguntei.

- O que você quiser, me ter ou não nas mãos não muda nada pra você. Por precaução Felipe nunca me contou o paradeiro dele. A única certeza que você pode ter é que ele não vai parar até chegar na Anahí. Você ter me pegado não vai fazer a menor diferença pra ele. - Carlos me olhou sério ao responder.

- Vamos deixar esse filho da mãe passar a noite aqui, quem sabe até amanhã ele se lembre de algo útil.

Sai na frente com Christian, Noah e outros três da equipe atrás de mim.

- Acha que ele ta falando a verdade e realmente não sabe onde o Felipe está?! - Chris me perguntou.

- Não sei, mas eu espero que seja mentira. - respondi. - Por enquanto vou deixar esse idiota aqui, ele de alguma forma vai acabar nos ajudando a encontrar o Felipe.

Christian assentiu concordando comigo e entramos no elevador.

Cheguei em casa com Christian e encontramos Angelique na cozinha.

- E então como foi?!

- Não adiantou de nada. O idiota disse que não sabe o paradeiro do Felipe, segundo ele, foi uma medida de precaução caso fosse descoberto. - resmunguei.

- E agora o que vão fazer? - Angelique nos olhou preocupada.

- Esperar. Vou fazer aquele cara falar e me levar até o Felipe. - respondi decidido. - Any onde está?

- Consegui convencê-la a descansar um pouco, deve estar dormindo. - Angelique respondeu.

- Obrigado por ter ficado com ela. - forcei um sorriso.

- De nada. Mas se me permiti fazer uma observação você pegou pesado com ela. Sei que estava nervoso, mas ela não fez por mal, ela só queria voltar logo pra ficar com você.

- Eu disse o mesmo pra ele amor, mas sabe como o Poncho é cabeça dura né? - Chris observou acariciando a barriga de Angelique.

- Tudo bem, chega de me torturarem, estão dispensados. Mas muito obrigado pela ajuda.

- Tudo bem, tenta esfriar a cabeça, amanhã é um novo dia. - Chris respondeu.

Assenti e os acompanhei até a porta. Achei melhor tomar uma ducha no andar debaixo antes de subir pro quarto.

Quando entrei no mesmo só de roupão encarei Anahí dormindo na nossa cama e toda a raiva, o estresse e o susto acumulados durante o dia se foram. Sorri me aproximando, pois, a única coisa que me importava era que ela estava ali, segura, viva e principalmente de volta pra casa.

Minha raiva na hora foram tantas que eu nem sequer reparei que ela já não trazia mais aquele semblante triste, o olhar apagado de quando foi pra Juarez há uma semana e isso era bom. Suspirando me deitei na cama sem me vestir, ansioso por dormir com ela nos meus braços outra vez.Felizmente ou não Anahí não acordou quando a abracei por trás afundando o rosto em seus cabelos.

- Me perdoa, meu amor!

Acariciei sua mão e fiquei feliz ao ver que ela estava usando o anel de noivado, pra mim aquilo era um bom sinal.

- Eu te amo! - sussurrei a apertando com força.

E pela primeira vez desde que ela viajara consegui dormir sem sentir que uma parte de mim estava faltando.

Anahí

Acordei na manhã seguinte e senti um aperto no peito ao ver a cama vazia. Já passava das oito da manhã então conclui que Alfonso já tinha ido pra empresa. Sem jeito desci as escadas me perguntando se Alfonso chegara a voltar pro apartamento e se tinha dormido no nosso quarto.

- Bom dia! - Angelique me assustou quando entrei na cozinha e dei de cara com ela.

- Oi! - forcei um sorriso.

- Dormiu bem? Preparei seu café da manhã já. - sorriu.

- Obrigada! - sorri me sentando de frente pra bancada. - Você sabe se o Alfonso veio pro apartamento ontem? - perguntei com medo dela me responder que ele não tinha voltado e ela dormira no apartamento comigo.

- Sim ele voltou. - ela assentiu e fiquei mais tranquila.

- Sabe se ele foi pra empresa agora?! - fiz uma careta.

- Ele me disse que ia passar no centro de treinamento. Onde a equipe treina luta corporal, tiro, essas coisas.

- Ah sim, acho que ele me falou desse lugar uma vez. Você sabe onde fica?

- Sim! - assentiu tomando um gole do suco.

- Pode me levar lá?

- E o que você quer fazer lá?! - ela estreitou as sobrancelhas.

- Preciso falar com o Alfonso. Não posso esperar ele voltar.

- Any não sei se ele vai gostar de te ver lá. - Angelique fez uma careta ao responder.

- Não importa. Me leva lá, por favor. - supliquei e quando ela não respondeu apelei. - Se não me levar dou meu jeito de chegar ao lugar, você sabe disso né?

Angelique suspirou e eu vi que tinha vencido.

- Ta legal, termina seu café e eu te levo lá. Se o Alfonso brigar de novo com você não reclama.

- Ok! - assenti de acordo.

Angelique cumpriu o prometido e me levou pro centro de treinamento. Aparentemente parecia um prédio de centro comercial comum, mas ficava diferente depois que passávamos da recepção.

Angelique me conduziu até o elevador e digitou um código. O elevador deu um tranco e subiu, senti outro tranco antes dele abrir as portas e revelar uma sala gigantesca. As paredes eram brancas e acolchoadas.

Um tatame enorme e azul ficava no centro da sala. Há direita havia aparelhos de musculação, uma bicicleta ergométrica e uma esteira. Há esquerda havia uma estante com halteres e barras de ferro e por fim um saco de pancadas. Alfonso estava bem ali, sozinho e perdido naquela imensidão de aparelhos e equipamentos. A visão dele de costas pra mim com roupas de ginástica e esmurrando aquele saco, era ao mesmo tempo excitante e perturbadora. Me lembrei que fazia algum tempo que não transávamos e de repente a saudade que sentia dele caiu como um peso em cima de mim. Se tudo estivesse bem entre a gente eu esperaria Angelique ir, o provocaria e transaríamos ali mesmo naquele tatame.

- Poncho! - Angelique chamou e só então ele notou nossa presença e se virou.