Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Você quer começar por algum lugar? - ele perguntou e viu as luvas no chão. - Ia começar com ele? - apontou o saco, assenti.

Poncho se aproximou e não sei porque recuei um passo. Ele pegou as luvas sem tirar os olhos de mim.

- Toma vai precisar disso! - me estendeu o par.

Peguei as luvas e Alfonso foi na direção do saco de pancadas. Tirei o tênis e após colocar a tornozeleira e a joelheira fui atrás dele.

- Aquela vez que nos encontramos na academia eu reparei que você esmurra o saco na altura do seu quadril. Experimenta esmurrar ele na altura do seu ombro e dar chutes na altura do quadril. Você vai ganhar mais velocidade. - Alfonso instruiu se colocando atrás do saco de pancada.

Enquanto colocava as luvas fiquei me perguntando porque ele estava me dando aquelas dicas após recusar me treinar. Tive vontade de ir embora, mas era criancice fazer isso, então ajeitei meu rabo de cavalo e me preparei.

- Só não erre a mira, por favor! - ele sorriu me provocando.

- Não vou errar! - respondi mirando o saco de pancadas.

Tive que admitir que a dica de Alfonso foi muito boa. Nas aulas de Krav Maga eu não esmurrava saco de pancada, eu tinha aprendido do meu jeito a esmurrá-lo. Agora com a dica do Alfonso eu estava conseguindo mesmo mais velocidade.Segurando as laterais do saco ele não parava de me encarar.E mesmo que eu mantivesse os olhos naquele tom de vermelho vivo e me concentrasse ao máximo eu sentia os olhos dele em mim.

Usando a tornozeleira pra me proteger eu comecei a intercalar socos e chutes.

- Daqui a pouco você vai conseguir girar e chutar!

Aquele sorriso torto que ele tinha no rosto ao fazer o comentário me desconcentrou. Fui socar o saco, mas errei.

Com um reflexo impressionante Alfonso soltou o saco e sua mão se fechou no meu punho a poucos sentimentos do rosto dele.

- Essa foi por pouco! - ele sorria, mas seus olhos estavam sérios, me encarando.

Parei ofegando sentindo o contato da mão quente dele envolvendo a minha. A luva deixava metade dos meus dedos à mostra e dessa forma eu sentia o calor da mão dele. Alfonso também foi afetado com aquilo, pois ficou sério e ainda segurando minha mão se afastou do saco me fazendo dar dois passos pra trás.

Pensei que ele fosse me beijar e desejei que o fizesse. Como eu desejei. Mas ele soltou minha mão e se afastou.

- Descansa um pouco, é minha vez de socar alguma coisa.

Ainda atordoada, ajeitei meu rabo de cavalo e vi ele se afastar e pegar as luvas dele no armário. As minhas eram vermelhas e as dele pretas. Eram do mesmo modelo que a minha deixando parte dos dedos amostra.

- Não precisa segurar o saco pra mim, vai acabar se machucando se fizer isso.

- Vou me alongar então! - respondi e fui na direção do tatame.

Sentei no chão e tirei as luvas, tornozeleira e joelheira.Ouvi quando Alfonso deu o primeiro soco. Ele era muito mais forte que eu, realmente se eu tivesse ficado segurando o saco pra ele teria me machucado. Me distrai vendo-o de costas pra mim e não me alonguei. Dava pra ver por baixo da camiseta os músculos se tensionado conforme ele se movimentava. Lembrei da tatuagem que ele tinha nas costas e senti vontade de acaricia-la outra vez. Encarei os braços dele, fortes, musculosos e lembrei de como ele conseguia me carregar facilmente. Senti falta daqueles braços envolvendo minha cintura, das minhas mãos acariciando a pele dele. Quando dei por mim estava mordendo o lábio desejando-o com a mesma gana de quando o vi pela primeira vez, na festa da editora.

“Concentre-se Anahí!”, ordenei afastando meus pensamentos.

Alfonso

Foi uma verdadeira prova de fogo ficar perto de Anahí daquele jeito e a sós sem poder pôr as mãos nela. Eu só consegui segurar o saco com firmeza porque o agarrei com força como estava com vontade de fazer com ela. E enquanto minhas mãos estavam cravadas naquela porcaria de pano, meus olhos vagavam pelo corpo dela. Aquela blusinha se mexia cada vez que ela dava um soco revelando um discreto decote, eu consegui ver o top preto por baixo daquela blusinha branca. Mas a pior parte estava naquele shortinho preto curto demais para um homem como eu conseguir manter os pensamentos maliciosos longe. Quando ela começou a chutar, aquela maldita peça subia como se quisesse me provocar. Meu pau ficou duro na hora e minha boca salivou com a vontade que tive de percorrer aquelas pernas com a língua e as mãos, até chegar na boceta dela.

Acho que Anahí percebeu meus pensamentos ou meus olhares, pois se desconcentrou e quase acertou um soco no meu rosto. Quando fechei minha mão sobre a dela quase a puxei pra mim e a beijei.

Ao invés de seguir meus instintos eu achei melhor me afastar e agora estava descontando minhas frustrações naquele saco de pancadas. Quando parei minutos depois vi Anahí treinando uns golpes de Krav Maga. Arranquei as luvas, peguei a toalha, enxuguei meu rosto e resolvi me aproximar.

- Quer ajudar?

Anahí

Me assustei quando Alfonso se aproximou do nada, bastou um segundo de distração da minha parte pra ele me surpreender. Eu tinha olhado pra ele segundos atrás e ele ainda estava de costas pra mim, agora já estava de pé na minha frente. Eu sabia que não ia dar certo, mas acabei aceitando a ajuda dele. Uma forma de mostrar pra ele como eu estava aprendendo a me defender sozinha. Queria convencê-lo de algum jeito a aceitar minha proposta.

- O que o Gael ta te ensinando?

- Como sabe o nome dele?

- Angelique me disse. - Poncho deu de ombros.

- Por enquanto golpes básicos de ataque e defesa. - respondi.

- Então pode vir pra cima de mim. Não se contenha. - ele respondeu se preparando.

Fiz o que ele falou e me preparei pra lhe dar um chute, Alfonso fez o mesmo se defendendo e nossas pernas colidiram. Fui pra cima e tentei lhe dar um soco, Alfonso se abaixou desviando do golpe e girou o corpo fazendo-nos trocar de posição. Ele deixou eu prever que me daria um soco e tive tempo de recuar um passo. Por que ele tinha que ser tão bom em tudo e ter reflexos tão ótimos? Ele estava pegando leve demais comigo e mesmo assim eu nunca ganharia dele.

Recuei alguns passos pra trás e girei pronta pra lhe dar um chute. Alfonso segurou minha perna no ar bem a tempo quase me fazendo cair. Quando soltou minha perna seus braços envolveram minha cintura da forma como eu tanto sentia falta e nós dois caímos no tatame. Cai com a respiração desregulada e com Alfonso em cima de mim. Estava perto demais.

Ele me encarou com a respiração também descompensada. Fiz menção de me levantar, mas ele prendeu meus punhos no chão e ficou ainda mais em cima de mim, me imobilizando totalmente.

- Já... Já chega disso Any! - sussurrou.

C0MENTEM...