Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Alfonso

Depois de transar com Anahí inúmeras vezes concordamos que precisávamos descer para comer alguma coisa, antes que os dois desmaiassem e nossos corpos só fossem encontrados na segunda.

Era libertadora a sensação de andar de mãos dadas com ela na rua. Envolvi sua cintura trazendo-a pra mim querendo mostrar pra todos os homens que Any era só minha. Ela estava adorando aquilo e acredito que se exibindo também. Não que eu tivesse feito algo pra isso, mas há alguns anos eu era considerado um dos solteiros mais sexy e cobiçados do México. Era assim até eu ter o coração arrebatado pela linda garota de olhos azuis que estava em meus braços.

Paramos numa padaria e sentamos em uma daquelas mesinhas que ficavam na calçada.

- O que vai querer? - questionei puxando a cadeira dela pra perto da minha.

- Pode ser um croissant de queijo e um café com açúcar, por favor. - sorriu e me roubou um beijo.

Segurei o rosto dela e introduzi minha língua entre os lábios dela, deixando o beijo mais ousado. Quando me afastei o rosto dela estava corado e ela olhava as pessoas um tanto sem graça. Aquilo me fascinou, mesmo depois de todas as sacanagens que fizemos e falamos nos últimos meses, uma parte de Anahí continuava intacta e inocente. E era assim eu queria que ficasse pra sempre.

- Eu já volto. - sorri e um tanto relutante me levantei.

Cheguei no caixa e o queixo da menina quase caiu quando me viu. Às pressas fiz meu pedido e o da Any e quando voltei meus olhos pra mesa onde ela estava me surpreendi. Um cachorro da raça Akitase aproximara e ao invés de evitar contato Any acariciava seu pêlo carinhosamente, um sorriso diferente iluminando seu rosto. O cão, que estava se deliciando com os mimos, estava preso por uma coleira e amarrado aos pés da cadeira onde seu dono estava, logo atrás de nós. O homem tomava seu café e lia seu jornal sem se importar com a atenção que seu cachorro ganhava.

Sorri feliz e mais tranqüilo ao vê-la à vontade com o cachorro e não prestes a chorar e sair correndo.Percebi que Any sentia falta do Lionel e precisava preencher aquela perda de alguma forma.

Lembrei das palavras do meu pai mais cedo:“Ela esta tentando ajudar você,seguir em frente, superar as perdas dela e você não está facilitando em nada as coisas pra ela!”

De repente a ideia que me passou pela cabeça não pareceu ser tão absurda assim.

Anahí

Eu estava tão distraída com aquele Akita que não reparei quando Alfonso voltou pra nossa mesa, até ele arrastar a cadeira de madeira. Assim que ele sentou ao meu lado, abaixei a cabeça sem jeito e me virei pra ele. O Akita se afastou e deitou no vão entre a nossa mesa e a de seu dono.

- Obrigada! - sussurrei um tanto sem jeito.

- De nada! - Alfonso respondeu e notei um sorriso diferente em seus lábios.

Não entendi se era porque finalmente tínhamos nos reconciliado, ou se era porque ele tinha me visto a vontade com aquele Akita. Se eu estava surpresa por no mínimo não ter chorado, imaginei que Alfonso também estivesse. Limpei as mãos e peguei o guardanapo envolvendo o Croissant. Dei uma mordida saboreando-o, não tinha me tocado da fome que estava.

- O que foi? - perguntei ao ver que Alfonso me encarava.

- Nada! - ele sorriu dando de ombros, seu pedido intocado na mesa.

- Por que ta me olhando assim? - larguei o comida no prato e peguei a xícara de café.

- Acho que me desacostumei a ver você assim, agindo normalmente, se alimentando bem, a gente passou muito tempo brigado. - Alfonso respondeu, mas eu sabia que ele não falava só da briga. A morte de Lionel havia contribuído pra me deixar mal e eu sei que Alfonso não tocou no nome dele pra não me machucar.

O gesto dele fez eu me aproximar e lhe beijar. Às vezes Alfonso agia como um idiota quando queria me proibir de fazer as coisas do meu jeito ou quando insistia em não deixar eu me virar sozinha. Eu tinha vontade de odiá-lo quando fazia coisas assim. Mas então em outros momentos ele me mostrava em gestos minúsculos o quanto se importava comigo. E ai eu só conseguia amá-lo ainda mais.

- Toma seu café senhor CEO antes que esfrie e para de me distrair ou vai esfriar o meu também. - brinquei me afastando e peguei minha xícara.

Alfonso riu e finalmente pegou sua xícara de café, tomou um gole, mas sem desviar os olhos de mim. Quando colocou a xícara na mesa ele segurou minha mão esquerda.

- Eu amo você! - sussurrou e beijou o anel de noivado.

- Também amo você! - sorri derretida e acariciei seu rosto.

- Me desculpa por ter sido um grande idiota. Eu esqueço que às vezes o que eu penso ser o melhor pra você na realidade não é. - suspirou.

- Realmente você é um grande idiota, mas só às vezes. - sorri. - Na grande maioria você é o melhor cara do mundo. Acho que é por isso que não consigo te odiar por muito tempo.

- Graças a Deus! - Alfonso suspirou aliviado e me beijou.

O movimento atrás de nós chamou minha atenção e quando virei o rosto vi que o dono do Akita estava se levantando. Ele soltou a coleira da cadeira e a segurou, o cachorro levantou.

- Vem, vamos embora!

O cachorro passou na nossa frente com o dono logo atrás. Fiquei olhando pra ele até os dois dobrarem uma esquina e sumirem de vista. Suspirei e voltei minha atenção pro Croissant.

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