Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

A porta se abriu num estrondo e quase desmaiei de alívio quando vi Alfonso e três homens com ele.

Felipe me deu um chute no meu estômago me fazendo soltá-lo. Cai no chão e ele saiu correndo passando pela porta que dava na cozinha, ouvi o barulho ao derrubar vários bonecos que estavam no caminho. Vi de relance quando Christian e Noah foram atrás dele.

- Any!

Gemi quando as mãos de Alfonso seguraram meu braço me ajudando a ficar de pé. Quando o encarei nos olhos não resisti e o abracei com força. Meu futuro marido me abraçou com força quase me sufocando.

- Graças a Deus! - sussurrou beijando meus cabelos.

Alfonso me soltou, mas continuou me envolvendo com seus braços.

- Deu certo. - o encarei enquanto as lágrimas enxergavam meu rosto. - Seu plano deu certo, fiquei com tanto medo de dar tudo errado, mas eu sabia que você estava comigo. - solucei.

- Você foi incrível meu amor. - Alfonso enxugou meu rosto e eu fechei os olhos, como era bom sentir o toque dele outra vez. - Por muito pouco não coloquei o plano a perder e fui atrás de você, acho que só senti medo assim uma vez na vida. - seus olhos não desviaram do meu enquanto falava. - Estou orgulhoso de você.

- Meus irmãos! - arregalei os olhos com medo. - Onde estão meus irmãos?

- Estão em casa. - uma voz que eu não conhecia respondeu.

Olhei pra trás de Alfonso e vi um homem se aproximar com o mesmo uniforme que ele. Seu rosto me era familiar apesar de ter certeza de que não o conhecia.

- Prazer Anahí, lamento que tenhamos nos conhecido nessas circunstâncias. Eu sou o Miguel, o verdadeiro Miguel. - ele respondeu estendendo a mão.

De perto consegui reparar na diferença entre ele e Carlos se passando por ele. Podiam se parecer, mas agora que eu tinha conhecido o verdadeiro Miguel, nunca o confundiria com o falso. Ele estava magro, abatido, o rosto e as mãos machucados em vários lugares, mas fiquei imensamente feliz por estar vivo e ter cuidado dos meus irmãos.

- Meus irmãos, você estava com meus irmãos? Eles estão bem? - perguntei apavorada.

- Eles estão com Javier, meu amor.

- Eu estava o tempo todo na cidade do México, escondido em uma casa afastada do centro da cidade. Infelizmente não consegui ver os rostos das pessoas que me mantiveram presas, a última coisa que me lembro foi que à noite eles entraram e me doparam. Acordei de madrugada com a casa toda aberta. Peguei seus irmãos e fugi, assim que consegui um telefone liguei para Alfonso, eu não sabia que você já não estava com ele.

- Minha equipe buscou o Miguel e levou ele e seus irmãos pro hospital, seus irmão estão bem e em casa agora. Mas Miguel é muito teimoso e não quis ficar lá. Assim que soubemos que o avião que você tinha embarcado, te traria para Juarez ele quis vir com a gente. - Alfonso explicou.

- Obrigada, por tudo. - sorri me emocionando.

- Eu passei o inferno por causa do Felipe, não podia perder o melhor da festa.

“Alfonso, precisa vir até a cozinha imediatamente!”, a voz de Christian soo no rádio preso a cintura de Alfonso nos interrompendo.

- Miguel leve a Anahí para a fora da escola e a leve até o carro, depois...

- Não! - respondi interrompendo Alfonso.

- Any, por favor! - ele suplicou me encarando.

- A gente é uma equipe lembra, chegamos até aqui juntos, não vou ficar lá fora sem você. - respondi determinada.

Alfonso praguejou baixinho e me puxou pela mão. Fomos na direção da cozinha e fiquei com medo do que iriamos encontrar por lá. Alfonso foi na frente e Miguel logo atrás de mim me dando cobertura, ambos armados. Quando abrimos a porta me deparei com a cozinha, tinha me esquecido de como ela era gigante.

- O que aconteceu? - Alfonso perguntou em alerta.

Christian, Noah e Javier apareceram.

- Ele não está mais usando o rastreador. - Christian respondeu aparecendo com o relógio na mão.

- Como ele conseguiu tirá-lo? - perguntei pasma, o relógio estava intacto, a pulseira fechada, o rastreador ainda ligado do jeito que eu tinha acionado.

- Acho que você não vai querer saber. - Noah respondeu apontando a pia.

Alfonso se aproximou e fez uma cara de horror. Me aproximei e ignorei Christian quando ele tentou me segurar. – - Ah! - gritei horrorizada e tapei a boca com as duas mãos.

Alfonso envolveu minha cintura e tentou me puxar. Horrorizada encarei a pia encharcada de sangue, dentro dela estava a mão de Felipe e uma faca de cozinha grossa e afiada. A mesma faca que ele usou pra me atacar.

- O filho da mãe amputou a própria mão pra se livrar do rastreador. - Christian respondeu. - Pelo tempo que ele teve, Felipe arrancou a mão num golpe só, depois provavelmente pegou o guardanapo. - apontou pro suporte sujo de sangue onde deveria estar um guardanapo. - E saiu por aquela passagem. - apontou o rastro de sangue.

- A tubulação antiga. - encarei o buraco criado na parede pelo alunos.

- Aonde vai dar? - Alfonso me encarou.

- Na quadra de basquete do ginásio. - respondi.

Alfonso pegou o rádio e começou a passar algumas instruções pra sua equipe, pelo que entendi eles iam invadir a escola e cercar tudo próximo do ginásio. Aproveitei a distração dele e corri na direção da passagem.

- Any não! - ouvi Christian gritar.

Me enfiei no buraco escapando de uma mão que tentou me segurar.

- ANAHÍ! - ouvi a voz de Alfonso gritar.

- Não adianta tentar passar por ai, não vamos entrar com essas roupas, vamos ter que dar a volta. Felipe está fraco, está perdendo muito sangue, ele está em desvantagem e desesperado. - ouvi a voz de Christian falando com Alfonso, suas palavras diminuindo até sumirem de vez.

Continuei descendo pela passagem até encontrar a luz. Fiquei aliviada ao ver que estava no ginásio. Ouvi barulhos ali perto e soube que era a equipe de Alfonso se aproximando.

- FELIPE! - gritei no centro da enorme quadra. - Não adianta você continuar fugindo. - olhei em volta à procura de algum rastro de sangue, mas não vi nada. - Você está cercado!

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