Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Descubra onde estão os dois e se há alguma chance deles representarem algum perigo pra Anahí ou pra Marichello... Precisamos descobrir onde esses dois estão e saber exatamente o que aconteceu na noite que o Henrique foi assassinado.

- Bom, Anahí é a única pessoa que vai poder te responder isso... Acho que você vai precisar abrir o jogo com ela, contar que Marichello te contratou pra protegê-la.

- Não ainda não... Preciso ganhar a confiança total da Any primeiro, se eu contar tudo agora vou por muita coisa que não quero a perder. - encarei a parede tentando encaixar as informações.

Anahí

Intensas. Essa é a melhor palavra no plural que defini as duas últimas semanas, ou melhor, meu relacionamento com Alfonso, se é que já podíamos chamar o que tínhamos de relacionamento.

As coisas estavam indo rápido demais. Desde aquela noite na festa Alfonso havia se tornado uma presença constante, dominadora, confiante que me desarmava com todo seu charme. Eu não conseguia me controlar e fazia tudo o que ele queria, mas isso tinha uma razão.

Minha mãe tinha a péssima mania de agir pelas minhas costas sem me falar nada, então eu gostava quando as pessoas eram sinceras comigo e Alfonso pelo que pude ver sempre me dizia o que queria. Eu gostava disso, funcionava bem comigo e fazia eu me sentir segura, por isso eu o obedecia.

Alfonso era insaciável também, transávamos sempre que nos víamos, ou seja, todo dia. É impossível resistir à ele, cada vez que ele chega perto de mim meu sangue ferve. Ele me faz fazer e sentir coisas que eu achava impossível.

Me comparando à Anahí que chegou aqui um mês atrás me sinto outra pessoa. Mais feliz, mais relaxada, mais madura e adulta. Tudo isso graças ao meu maravilhoso CEO.

Encarei o calendário e sorri. Era quinta-feira,estava chegando o dia de cumprir meu acordo com Alfonso. Mais uma que ele havia ganhado. Eu estava dormindo no apartamento dele de sexta à domingo e os restos dos dias da semana dormia no meu apartamento com Maite.

O que me preocupava é que Alfonso estava com uma determinação ferrenha a me convencer a dormir no apartamento dele todos os dias. Isso significava que ele já queria que eu morasse com ele, mas eu resistia por achar cedo e rápido demais. Definitivamente Alfonso não tem a humildade pra esperar com paciência por aquilo que quer ter e de algum jeito que me impressionava, ele me queria.

Meu celular tocou me despertando e sorri ao ver que era minha mãe.

- Bom dia mãe! - quase cantei no telefone.

- Que bom dia mais animado, o rapaz com quem esta saindo tem algo haver com isso?

- Do que você ta falando mãe?

- Minha filha eu conheço você, percebo quando esta diferente mesmo de longe... E Maite andou me dando umas indiretas de que você estava saindo com alguém... Me fala dele filha, é um bom rapaz, ele é ai da empresa?

- Ele não é da empresa mãe.

- Ah então realmente tem alguém? - respondeu e pude imaginá-la dando pulinhos de alegria.

- Mãe não é nada demais, ainda estamos nos conhecendo. - suspirei.

- Ok filha, eu te liguei porque tenho uma noticia incrível pra te dar.

- Que noticia?

- Nada disso, eu conto pessoalmente no final de semana quando você vir pra casa... Eu e Juan vamos fazer um jantar, temos uma surpresa pra você e o Christopher e ele já topou vir com a Dulce, agora só falta você... Traz o cara com quem esta saindo eu adoraria conhecê-lo.

- Mãe...

- Você não vai recusar né filha? Já tem quase dois meses que eu não te vejo, não faça isso comigo... Temos algo importante pra contar... Queremos você e o Christopher aqui. - ela murchou do outro lado da linha.

- Ok mãe, eu vou. - suspirei não resistindo, a verdade é que também sentia falta dela, de Lionel, Juan e de tudo.

- Faço questão que você traga o rapaz com quem esta saindo me entendeu Anahí?

- Sim mãe. - respondi torcendo pra que Alfonso por alguma razão não pudesse ir.

- Perfeito o jatinho particular do Juan vai te buscar amanhã à noite.

- Amanhã à noite?

- Sim, você não consegue fazer suas malas até amanhã? Quero que você passe o final de semana comigo.

- Ok mãe, a gente se vê então... Beijos.

- Beijos querida. - sorriu e desligou.

Suspirei imaginando como Alfonso reagiria quando soubesse que eu iria viajar.

Dei um salto na cadeira quando meu celular vibrou.

Bom dia minha linda. Estou cheio de serviços e coisas pra fazer então não vou poder sair da empresa pra almoçar. Por essa razão meu motorista particular irá te buscar ao meio-dia e te trazer aqui pra empresa. Vamos almoçar juntos como combinado, mas aqui.

Arregalei os olhos, eu nunca tinha entrado na empresa do Alfonso, menos ainda pra almoçar com ele.

Não quero incomodar você, se tem muito serviço podemos nos ver mais tarde.

Enviei a mensagem já me programando pra ir almoçar com Dulce e Maite no lugar e arrancar desta uma boa explicação pra ter contado do Alfonso pra minha mãe.

Nada disso quero almoçar com você. Nos vemos ao meio-dia. Beijos.

Suspirei enviando um OK, já tinha aprendido que não adiantava discutir com ele. Alfonso seria capaz de vir me buscar pessoalmente se eu recusasse a carona do motorista dele. Faria como aquele dia que invadiu a empresa, me levou pro elevador e transou comigo lá dentro. Me remexi inquieta na mesa com a lembrança e tentei me concentrar no trabalho.

Ao meio dia em ponto o motorista do Alfonso estava estacionado no meio fio me esperando.

- Boa tarde. - cumprimentei sem graça.

- Bom tarde senhorita, é um prazer finalmente conhecê-la. - vi seu sorriso no reflexo do espelho.

Abaixei a cabeça sentindo meu rosto pegar fogo e em silêncio o motorista me levou até a empresa. Encarei os olhos e os cabelos castanhos do motorista enquanto este dirigia. Parecia que ele já me conhecia, o que era estranho, pois, Alfonso não parece o tipo de cara que sai falando da vida dele pros outros, menos ainda funcionários.

Desci do carro meio sem graça e sorri encarando o motorista.

- Obrigada!

- Não há de que. - sorriu acenando com a cabeça.

Encarei o prédio imenso na minha frente e respirando fundo entrei. Assim que pisei no salão do primeiro andarparecia que todos estavam me encarando. Sem graça me aproximei de uma mocinha sentada atrás de um balcão de mármore negro.