Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- É, por favor, onde...

- O senhor Herrera já a esta aguardando. - sorriu me encarando. - Pegue o elevador até o 90º andar.

- Ah ta... Obrigada. - sorri.

- De nada é um prazer conhecê-la. - sorriu acenando polidamente igual ao motorista.

- Igualmente. - respondi meio atordoada e entrei no elevador.

Era impressão minha ou todo mundo sabia quem eu era apesar de eu não conhecer ninguém?

As portas do elevador se abriram em segundos, a sala de Alfonso ficava no último andar obviamente. Assim que pisei pra fora do elevador uma moça de cabelos ruivos e olhos azuis se aproximou.

- Senhorita Portillo queira me acompanhar, por favor.

Assenti achando aquele tratamento todo muito estranho. A tal moça me conduziu até uma sala com uma enorme porta de madeira. Ouvi um clique como se algo fosse destravado e a porta se abriu.

Entrei atrás da moça e tive que segurar meu queixo pra não cair. A sala era enorme, facilmente do tamanho do meu apartamento. Ao lado da porta havia uma enorme t.v. de tela plana com home theater, dois sofás negros gigantescos, quadros, tudo muito bem organizado e distribuído.

Havia uma porta que eu imaginei que fosse um banheiro particular. Ao lado de uma bela estante cheia de livros estava um mini bar com copos de wisk, taças e uma porção de garrafas, entre elas cervejas importadas e vinhos. E no coração da sala parado de pé atrás de uma elegante mesaestava Alfonso numa postura que demonstrava o importante CEO que era dono de todo aquele império.

- Obrigado Roberta, pode se retirar.

Encarei a moça forçando um sorriso e com os olhos a segui até sair da sala. Quando olhei pra frente Alfonso estava de pé na minha frente, me encarando intensamente. Meu coração parou e disparou.

- Não tem nada melhor do que ter você aqui. - sorriu.

Seus braços envolveram minha cintura e seus lábios cobriram os meus com paixão. O sangue começou a correr pelas minhas veias enquanto acariciava os cabelos dele. Nem parecia que faziam menos de 12 horas que não nos víamos. Quando Alfonso finalmente me soltou eu estava mole.

- Então é aqui que você trabalha. - observei ainda sem fôlego.

- Sim. - sorriu correndo as mãos pelos meus braços.

- Você fez alguma exigência aos seus funcionários? Por que me senti a rainha da Inglaterra em uma visita muito importante e aguardada... Seus funcionários sabem quem eu sou? - estreitei as sobrancelhas.

- Eles sabem que você esta comigo e por isso andei de muito bom humornas últimas duas semanas, não os culpo por quererem mimá-la por ter conseguido tal feito. - acariciou meu queixo.

- Não entendi.

- Eu sou um pouco rude e exigente com eles, mas pelo que parece uma linda garota de olhos azuis amansou a fera dentro de mim... O que você acabou de ver foi o agradecimento deles.

- Bem que eu notei que todo mundo me olhava como se me conhecesse.

- Eles sabem o quanto você é importante pra mim. - sorriu relaxado.

As palavras dele me pegaram de surpresa. Não tive tempo de formular uma resposta, pois, os lábios dele cobriram os meus outra vez. Soltei um gemido quando ele mordeu meu lábio inferior se afastando.

- Estou me contendo pra não meter meu pau em você aqui na minha sala... Não sabe como eu queria que fosse sexta à noite... Garanto que não estaríamos aqui, muito menos vestidos. - sorriu com malicia.

- Tenho uma coisa pra te contar. - suspirei.

- O que?

Dei as costas pra ele e sentei no sofá.

- Eu vou viajar amanhã e só volto no domingo.

- Pra onde você vai? - sentou ao meu lado.

- Pra Juárez... Foi uma exigência da minha mãe, ela tem uma novidade pra contar e quer que seja pessoalmente... O jato do Juan vem buscar eu, Christopher e Dulce amanhã. - suspirei. - Ela ficou sabendo por indiretas da Mai que estou saindo com você e também te convidou.

- Ela sabe quem eu sou? - estranhei a surpresa na voz dele.

- Acho que não, ela disse pra mim trazer o rapaz com quem estou saindo, mas imagino que você não possa se ausentar assim de última hora.

- Eu posso sim, diga pra sua mãe que eu aceito o convite. - assentiu.

- Você aceita? - perguntei surpresa.

- É claro ou você não quer que eu vá? - perguntou parecendo ofendido.

- Não é isso eu adoraria que você fosse é que... Tem algumas coisas sobre a minha família que você não sabe,coisas que me aconteceram em Juárez que não me fazem ter vontade de voltar lá.

- Que coisas? - segurou minha mão e me encarou nos olhos.

Respirei fundo disposta a me abrir com ele.

Alfonso

A primeira coisa que senti quando soube que Anahí iria viajar foi raiva e ciúmes, afinal, ela ficaria quase 03 dias longe de mim. Porém quando disse que estava indo pra Juárez a pedido da mãe decidi que faria o impossível pra ir com ela.

Dessa forma passaria o final de semana com ela e ainda poderia procurar pistas sobre o assassinato do pai e o paradeiro de Felipe Najerae Carlos. Uma informação que eu e Christian ainda não tínhamos acesso. Era a oportunidade perfeita e eu não podia deixar passar. A única coisa que me preocupava era a reação de Marichello quando visse que eu era o cara que estava com Anahí.

- Faz uns dias que eu to querendo te contar isso... E se você quer ir e pode ir pra Juárez comigo, tem umas coisas que precisa saber antes. - ela suspirou apertando minha mão.

- Você pode me contar o que quiser, pode confiar em mim. - a encarei nos olhos.

- Você já sabe que o Juan é o segundo marido da minha mãe... O que você não sabe é que meus pais não são divorciados como dei a entender... Na verdade meu pai morreu há 10 anos.

- Eu sinto muito.

- Eu te contei que ele era policial lembra? - assenti prestando atenção a qualquer informação que ela pudesse me dar. - Em uma noite ele me buscou na biblioteca... Assim que saímos com o carro vimos um grupo de três rapazes num beco... Ele mandou eu me esconder e ficar abaixada e desceu.

- O que aconteceu?

- Foi tudo muito rápido... Eu só ouvi meu pai dizer boa noite e o que estavam fazendo ali e então tudo aconteceu... Foram 05 disparos. - ela enxugou o rosto. - Quando me levantei um pouco vi meu pai caído no chão e os três rindo e indo embora, estava escuro, mas eu vi o rosto deles, eu os conhecia... Um deles era Felipe Najera, estudava comigo, o pai dele é Lucas Najera.

- Já ouvi falar desse Lucas. - assenti, pois, realmente eu já o conhecia de nome há anos.

- Os outros dois eram bandidos, traficantes da cidade, eram irmãos e Felipe comprava droga dos dois e vivia andando com eles... Pablo e João. - suspirou. - Meu pai também os conhecia e por ser policial você pode imaginar que tipo de problemas ele teve com os três.

- Sim... Mas eles não viram você?