Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Ela acenou com a cabeça apenas uma vez ajeitando os óculos de sol e a peruca preta. Eu também mexi na peruca e estava usando enchimento por baixo da roupa pra parecer mais gordo.

- O que vocês querem com a gente?  - Pablo foi o primeiro a falar.

- Somos psicólogos e estamos escrevendo um livro comparando a mente de assassinos comuns com serial killers... Podemos conversar com vocês? Garanto que não somos da polícia. - ergui as mãos e sorri.

João encarou Angelique de um jeito que me deixou extremamente enjoado. Não era um olhar de admiração ou cobiça, mas de malícia e desprezo. Ela se empertigou ao meu lado e apertei a mão dela por baixo da mesa. Ela odiava essas coisas, mas nunca me deixava fazer esses serviços sozinho.

- Bom, vocês são um dos assassinos mais famosos da cidade, estão envolvidos no Caso Portillo certo?

- Errado... Nosso irmão Carlos era o melhor assassino daqui, ele entrou numa casa atirando e matou 22 pessoas de uma vez só... Dia de festa. - Pablo deu de ombros e João sorriu mostrando dentes amarelados.

- E onde esta o irmão de vocês? Poderia conversar com ele também?

- Não porque ele esta morto. - João foi brusco ao dar a resposta.

- E do que ele morreu?

- Ainda não sabemos, ele foi posto em liberdade provisória e dois dias depois soubemos que estava morto. - João olhou em volta como se o assassino estivesse naquela sala vazia.

- Quando isso aconteceu?

- Um mês por ai... E quando a gente sair daqui vamos procurar pelo assassino dele. - Pablo avisou.

- Vocês tem certeza que ele ta morto? Vocês viram o corpo?

- Não porque não encontraram o corpo dele, mas nosso irmão jurou que ia manter contato e nos tirar daqui, se ele não apareceu mais é que alguma coisa séria aconteceu. - João respondeu com desprezo.

- E quem nos contou da morte dele é um amigo de confiança. - Pablo completou.

- Quem? - perguntei com o nome de Felipe Najera na minha cabeça.

- Ai o senhor quem saber demais. - João sorriu encostando na cadeira e eu soube que não arrancaria nada dele.

- Bom, então vocês voltando ao assunto inicial, me falem um pouco do assassinato de Henrique Portillo? Nos laudos contam que foram 05 tiros, porque tanta frieza? Vocês mataram por vingança?

- A gente matou porque ele era tira e no nosso mundo isso é motivo suficiente. - Pablo respondeu.

- Mas nos laudos contam que ele se aproximou de vocês três e vocês atiraram, a filha deles que foi quem viu vocês, relatou que não houve nenhuma discussão, que Henrique se aproximou e vocês atiraram.

Os dois se encararam e começaram a rir.

- Laudos policiais nem sempre estão corretores senhor. - João sorriu.

- O que quer dizer? - estreitei as sobrancelhas.

- Olha cara só vou te dizer uma coisa. - Pablo se aproximou um sorriso maldoso nos lábios.

- O que? - questionei firme sem me deixar intimidar.

- Tem gente mentindo nessa história e não somos nós. - recostou na cadeira cruzando os braços.

- Do que ta falando?

- Run você acha que seriamos burros e deixar uma testemunha, a única testemunha no lugar viva pra nos denunciar? - sorriu e senti que ele sabia de algo que eu e Alfonso desconhecíamos.

- Então vocês sabiam que a testemunha estava no lugar e a deixaram viva? Por quê?

- Vamos dizer que não era a hora dela naquela noite. - Pablo sorriu ficando em pé e João o acompanhou.

- Aonde vocês vão?

- A visita acabou, foi um prazer. - João se despediu.

Tentei argumentar, mas os dois deram as costas e foram embora. Suspirei encarando Angelique.

- Isso ta muito estranho, quanto mais a gente mexe, parece que pior essa história fica. - ela suspirou.

- Eu sei, vamos embora. - respondi a puxando pela mão.

Anahí

Assim que entrei na casa da minha mãe, soube que ela estava com visita. Lionel chegou primeiro e me abaixei pra brincar com ele.

- Oi coisa linda da mãe que saudade. - sorri acariciando a cabeça dele.

Lionel deitou de barriga pra cima e fiquei brincando com ele, quando me dei conta Alfonso me observa e sorria. Sem graça abaixei a cabeça sentindo meu rosto pegar fogo. A proposta dele de morar no seu apartamento estava martelando na minha cabeça.

- Any, meu amor, olha quem eu chamei pra vir nos visitar. - minha mãe veio da área externa da casa.

Pisquei algumas vezes sem acreditar que estava vendo meu primo na minha frente.

- Victor, o que faz aqui? - o abracei.

- Vim passar uns dias com meus pais, eles falaram com tia Mari e ela me contou que você estava na cidade... Uau Any você esta mais linda do que nunca. - segurou minha mão e me olhou de cima em baixo.

A mão de Alfonso gentilmente me puxou pra trás e quando dei por mim estava atrás dele.

- Acho que não fomos apresentados ainda... Sou Alfonso Herrera, namorado da Anahí. - estendeu a mão.

- Alfonso Herrera, das empresas Herrera? - Victor sorriu surpreso.

- Exatamente. - respondeu seco.

- Vamos lá fora, Juan e Ucker estão na churrasqueira, por que demoraram tanto pra chegar? - minha mãe sorriu nos levando pra fora.

Encarei Alfonso quando ele envolveu minha cintura com seu braço de forma possessiva e fomos pra fora.

Uma musica estava tocando quando chegamos na área externa com a piscina.

- Any, Poncho. - Dulce sorriu acenando. - A água ta uma delícia entrem aqui.

Estava tocando uma música e Victor se aproximou de mim e me puxou pela mão.

- Vem vamos dançar um pouco como a gente fazia nos velhos tempos.

- Victor...

Me ignorando ele me girou e Alfonso me puxou pelo braço.

- Acho que ela não esta afim. - respondeu friamente se colocando na minha frente.

- Eu to um pouco cansada. - assenti porque realmente não tava afim de dançar.

Victor assentiu e se afastou indo conversar com Ucker. O celular de Alfonso começou a tocar e ele se afastou.

Dulce saiu da piscina e suspirei indo me sentar perto dela.

Alfonso

Não queria deixar Anahí sozinha com aquele primo metido a besta e abusado, minha vontade era de desferir um murro na cara dele pra ver se conseguia desmanchar toda aquela pose. Mas quem estava ligando era Christian então deixei meus planos de lado por alguns minutos.

- Oi!

- Conseguimos falar com os irmãos, mas não conseguimos muitas coisas... Segundo os dois Carlos esta morto, apesar do corpo não ter sido encontrado... Eles disseram que um amigo de confiança que foi posto em liberdade, foi quem contou da morte do irmão... Já imagina quem imaginei que seja esse amigo né?