Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Anahí

Eu ainda estava com as pernas bambas quando voltei pra fora. A mesa estava posta quando saímos pra área externa e minha mãe nos chamou pra almoçarmos.

Alfonso ficou do meu lado e na maior parte do tempo segurou minha mão beijando-a algumas vezes. Sorri gostando da forma como ele me tratava, eu sabia que aquilo era uma forma de pedir desculpas pela explosão de minutos atrás. De certa forma eu gostava de saber que ele sentia ciúmes de mim.

Quando terminamos de almoçar encarei Alfonso.

- Você topa vir comigo pra um lugar? - ele assentiu. - Mãe, posso pegar seu carro emprestado?

- Claro querida. - minha mãe assentiu.

Deixei a chave com Alfonso e ele foi dirigindo enquanto eu ia falando.

- Aonde estamos indo?

- Já vai saber. - respondi forçando um sorriso.

Alfonso sorriu e beijou minha mão. Continuamos dirigindo e quando entramos numa rua pedi pra ele parar. Desci do carro e fiquei parada de pé na calçada encarando a fachada da casa branca. Senti os braços de Alfonso envolverem minha cintura.

- Você morava aqui com seus pais?

Assenti com os olhos marejados e me virei pra ele.

- Até os 19 anos quando minha mãe se casou com o Juan e nos mudamos... Ai minha mãe preferiu e eu concordei em vendermos a casa... Sinto falta daqui às vezes.

- E por que me trouxe aqui? - perguntou acariciando meu cabelo.

- Só queria que você visse um lugar especial pra mim... Mas vem que o tour ainda não acabou. - sorri e o puxei pela mão.

Mostrei a delegacia onde meu pai trabalhou, o colégio onde estudei e a biblioteca.

Alfonso

Eu estava gostando de passear pela cidade na presença de Anahí. Quanto mais ela me mostrava os lugares que eram importantes para ela, mais fascinado eu ficava, apesar de saber que as lembranças eram dolorosas.

Seguimos em frente ao passar pela biblioteca.

- Para aqui, por favor.

Estacionei o carro onde Anahí pediu. Encarei a rua com o beco e entendi tudo.

- Foi aqui? - encarei Anahí.

- Foi. - ela assentiu, os olhos marejados.

Abriu a porta e desceu, quando ela pôs a mão na parede seus olhos marejaram. Me aproximei sem saber o que dizer.

- Ele parou bem ai onde você ta... Os três estavam aqui e atiraram nele. - enxugou o rosto.

- Sinto muito. - me aproximei e a abracei com força.

- A culpa foi minha, se ele não tivesse vindo me buscar...

- Você poderia ter encontrado com eles... Não fica assim meu anjo.

- Vamos voltar pra casa? - ela enxugou o rosto me olhando.

Assenti e a beijei, olhei bem o lugar e depois nosso carro estacionado.

- Any? - ela se virou e me encarou. - O carro do seu pai estava estacionado do mesmo jeito que o nosso?

- Sim por quê?

- Curiosidade. - respondi e peguei as duas mãos dela depositando um beijo. - Vamos?

Anahí assentiu e entramos no carro.

Quando chegamos na casa da mãe dela Dulce arrastou Anahí pra sala quando nos viu.

Procurei por Marichello e a encontrei na cozinha.

- Podemos conversar?

- Algum problema?

- Você se lembra de alguma coisa do acidente que não esta nos laudos que me enviou? Ficou faltando algum detalhe, qualquer coisa?

- Não, tudo o que eu sabia eu te disse, por que me perguntou isso?

- É que... Anahí me levou até o local onde o pai foi morto.

- Você não esta falando sério. - me olhou assustada.

- Estou e tenho fortes indícios de pensar que... Eles não assassinaram a Anahí também por alguma razão.

- Esta dizendo que eles sabiam que ela estava lá?

- Acredito que sim e por algum motivo eles a deixaram viva... A senhora não lembra de nada que possa explicar porque isso aconteceu?

- Não... Exceto por Felipe e Anahí terem estudado no mesmo colégio não conheço nenhuma outra ligação.

- Certo e no dia do julgamento... Nenhum deles disse nada que pudesse denunciar alguma coisa?

- Não... Quer dizer... Quando estava sendo levado Felipe disse uma coisa que foi o que me assustou.

- O que? - a encarei preocupado.

- Ele disse “agora você não tem mais seu papaizinho pra te proteger e quando eu sair daqui você vai me pagar por tudo o que me fez!”... Eu achava que ele falava da denuncia, mas agora com você falando essas coisas, acho que ele não estava falando só disso. - me olhou em pânico.

- Mãe, Poncho!

Encaramos Anahí assustados.

- Tudo bem?

- Claro filha. - Marichello foi rápida e forçou um sorriso.

- O que vocês estavam conversando? - estreitou as sobrancelhas.

- Nada, queria, vou deixar você a sós com a sua mãe, deve estar querendo se despedir né?

Anahí assentiu e me retirei às pressas.

Anahí

Fui com minha mãe até o escritório e sentei na cadeira do escritório.

- O que você e o Alfonso estavam conversando?

- Nada, meu amor, ta tudo bem, o que você queria conversar comigo? - sorriu me olhando.

- Mãe... A senhora me perdoa por todas as brigas que tivemos? Por eu ter feito você perder seu bebê?

- Meu amor porque esta falando assim? Você não teve culpa, eu não estava bem pra ter um filho na época.

- Mas... Se a gente não tivesse discutido...?

- Any, minha filha, eu já tinha sofrido sangramento outras vezes, estava estressada, por favor, não se culpe... Sabe o que aquele rapaz queria comigo? Me dizer pra fica tranquila porque ele iria cuidar muito bem de você e quer saber?... Acredito nele! - sorriu.