Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Prometo que não vou mais discutir com a senhora, mãe você vai poder me ligar quando quiser...

- Meu amor eu sei que eu passo dos limites às vezes, sou eu quem tenho que pedir desculpas e prometo que vou tentar me controlar e seguir tranquila pra essa gravidez... Mas não se culpe querida.

- Eu amo a senhora mãe... Muito! - enxuguei o rosto.

- Eu também, meu amor. - me abraçou com força. - Você não teve culpa de nada, te disse isso na época e repito... Nós duas sofremos muito querida, mas vai ficar tudo bem agora, eu prometo.

A abracei com força e pela primeira vez desde que cheguei tive vontade de ficar em Juarez. Mas a minha vida agora era no México, onde eu tinha meus amigos, meu trabalho e Alfonso. E minha mãe finalmente tinha entendido isso.

Confesso que foi muito difícil voltar pra casa ainda mais depois da conversa que eu e minha mãe tivemos. Saber que ela não me culpava e estava disposta a me deixar seguir em frente me deixavam aliviada, mas também com a sensação de ter sido injusta com ela em algum momento.

Quando cheguei no apartamento de Maite, eu estava exausta. Percebi quando cheguei que ela não estava em casa, deixei um bilhete avisando que tinha chegado, tomei um banho e dormi.

Acordei na manhã seguinte com uma mensagem de Alfonso.

Bom dia minha linda, aceita almoçar comigo hoje no escritório? Infelizmente não vou poder sair, mas teria muito prazer em ter sua companhia... E também tenho um convite pra te fazer.

Estreitei as sobrancelhas intrigada com o final da mensagem.

Que convite?

Agora sei como atrair sua atenção, nem um bom dia me disse... Vai aceitar almoçar comigo?

Ri enquanto digitava a mensagem.

Desculpe... Bom dia e é claro que aceito almoçar com vc :D

Então você vai saber do convite quando nos encontrarmos. Até mais tarde, beijos.

Beijos! ^^

Suspirando levantei da cama com a curiosidade atiçada e disposta a começar mais uma semana. Quando cheguei na cozinha Maite á estava tomando café.

- Bom dia, como foi a viagem?

- Bem... Cansativa, mas até que foi bom fazer uma visita. - sorri.

- Que bom... Você se entendeu com a sua mãe?

- É... Ela prometeu me dar mais espaço. - sorri.

- Que bom... Sabe, tenho uma novidade pra te contar.

- Qual? - sorri.

- Conheci um gatinho na sexta à noite e a gente passou o final de semana juntos. - Maite sorriu.

- É mesmo? E qual o nome dele?

- Derrick... A gente podia combinar qualquer dia sair nós 3 com os três né?

- Bom por mim é só marcar. - sorri.

- Beleza, eu vou fazer com ele e depois te aviso... Ele é um gato Any, tão gato quanto o seu.

Sorri indo comer alguma coisa e em poucos minutos Maite saiu batendo a porta do apartamento. Apertei o passo pra não me atrasar e sai do apartamento correndo. Quando cheguei na calçada um carro preto estava estacionado e um rapaz desceu do carro. O mesmo rapaz de cabelos e olhos castanhos que me buscou na editora e me levou pro escritório do Poncho na primeira e única vez que fui lá.

- Você?! - sorri.

- Tenho ordens do senhor Alfonso pra leva-la à editora Blackstone e depois buscá-la para que almocem juntos.

- Não precisava se incomodar... Você deve ser motorista dele e...

- Não se preocupe senhorita... Vamos?!

Assenti e entrei no carro sem graça e sem escolhas. Não estava acostumada a ser tratada assim. No caminho pra editora coincidentemente me lembrei da reação da minha mãe e do Alfonso quando se conheceram e quando me viram ontem à noite. Fiz uma nota mental pra lembrar de conversar com Alfonso sobre isso. E sobre o motorista.

Alfonso

Encarei a foto de Anahí na tela de descanso do meu computador e sorri admirado. Uma batida na porta me trouxe de volta e Christian entrou sorridente.

- Missão cumprida chefe.

- Ótimo e não fique me zoando e me chamando assim... Quero saber as novidades.

Christian sentou na cadeira na minha frente e colocou a pasta na mesa.

- Depois que fui ao presídio fiquei intrigado com algumas coisas, entre elas a suspeita da Anahí ter sido deixada viva de propósito.

- Isso também me deixou intrigado. - resmunguei.

- Por isso tomei algumas providências... Consegui acessar o banco de dados do colégio dela e baixei todo o histórico escolar dela e do Felipe. - ele abriu a pasta e tirou algumas folhas de lá.

Li o histórico dos dois com toda a minha atenção voltada para cada detalhe que pudesse ser ligado ao assassinato do pai dela.

- Confesso que não me surpreendi muito. - Christian suspirou. - O que diz ai mostra que a Anahí sempre foi boa aluna, tirava excelentes notas, tinha um bom relacionamento com professores e funcionários e tinha muitas amigas... Ela era bem popular e participava de todos os tipos de campeonato na escola, desde olimpíadas de Matemática, até concursos de torcedoras.

Realmente a lista de boas qualidade da minha garota era bem extensa, sua menor nota na escola havia sido um 7,5. Ela havia sido campeã e vice-campeã em campeonatos como xadrez, olimpíadas de matemática, jogos de vôlei, campeonatos de dança e até um concurso de canto. E pensar que ela havia cogitado a idéia de não ser boa pra mim, se ela soubesse que a maioria das modelos e atrizes abandonou a faculdade no meio do caminho...

- Em contrapartida Felipe sempre foi indisciplinado, com péssimas notas e apesar de ser capitão do time de basquete sempre arrumava confusão e foi expulso em vários jogos. - Christian continuou. - Ele só não foi expulso do time e da escola porque o pai dele era o patrocinador.

- A velha história do filhinho de papai que tem tudo na mão. - joguei as folhas sobre a mesa irritado.