Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

O encarei e pisquei sem entender.

- Estou feliz que meu filho tenha encontrado você.

Abaixei a cabeça sem graça sentindo o rosto pegar fogo.

- Acho que sou eu a sortuda. - respondi constrangida.

- Talvez ambos... Alfonso sofreu muito com a morte da mãe, depois se empenhou ao extremo para entrar pra polícia, proteger as pessoas se tornando no final esse CEO pragmático, perfeccionista e autoritário que é... Eu tenho muito orgulho dele, de verdade, mas Alfonso amadureceu rápido demais e eu achei que ele tivesse perdido essa leveza da juventude... As mulheres morrem por ele, mas ele é extremamente solitário, nunca achei que ele encontraria alguém e agora vendo meu filho assim, como se tivesse 17 anos de novo, só tenho uma coisa a te pedir... Seja lá o que esteja fazendo Anahí, continue. - fui pega de surpresa com a declaração e quando ele segurou minha mão e sorriu me olhando nos olhos.

- Tentando roubar minha garota pai. - Alfonso entrou na sala com um sorriso brincalhão nos lábios.

Fiquei de pé na mesma hora sem saber o que fazer.

- Só estava alertando-a sobre você. - Sebastian brincou.

- Espero que alertando-a no bom sentido. - ele sorriu e me beijou. - Quero que conheça uma pessoa.

Olhei pra porta e vi Débora entrando e conversando com uma linda garota loira de olhos azuis. Mas foi o rapaz de mão dada com ela quem me chamou a atenção.

- Não acredito! Você?! - encarei o rapaz surpresa.

Pisquei atordoada encarando o rapaz de cabelos e olhos castanhos.

- Por que não me contou que o Christian era seu motorista? Foi ele quem me buscou hoje e na primeira vez que fui até a empresa. - encarei os dois confusa.

- Ele não é meu motorista, ele é meu segurança particular. - Alfonso sorriu. - Ele aceitou fazer o favor de levar e buscar você porque eu pedi, ele é a única pessoa a quem eu confiaria sua segurança.

- Por isso ele não nos trouxe hoje... Por que não me contaram nada?

- Se você tivesse perguntado meu nome eu teria dito, nunca foi nossa intenção enganar você. - Christian sorriu.

- Não fique chateada com a gente. - Alfonso sorriu.

- Ta tudo bem. - suspirei me sentindo meio perdida.

- É um prazer rever você Anahí, agora que esclarecemos o mal entendido, gostaria de agradecer pelo bem que esta fazendo ao meu amigo e te apresentar minha noiva Angelique.

- Prazer. - apertei a mão dele e depois a dela sem graça.

- Prazer Anahí, muito bom te conhecer mesmo, esses dois falam muito de você. - Angelique sorriu.

- Bom agora que todos se conheceram, o que acham de irmos jantar? - Débora sorriu.

Alfonso me abraçou por trás e me guiou até a cozinha. Sebastian e Débora foram os primeiros a sentar. Em seguida eu e Alfonso sentamos um do lado do outro e de frente pra Christian e Angelique.

Apesar de estar nervosa o jantar foi muito tranqüilo, a conversa fluiu naturalmente. Conversamos sobre os negócios de Alfonso, o trabalho de Christian com ele, a loja de roupas que Angelique estava abrindo e me convidou pra visitar, sobre os negócios promissores de Sebastian e como Débora administrava tudo muito bem. Até falamos sobre a editora Blackstone e o que eu achava dela.

Quando estava acabando a sobremesa Sebastian se levantou.

- Venham comigo, quero mostrar uma coisinha que eu fiz. - sorriu orgulhoso.

Nos levantamos e saímos da cozinha. Sebastian abriu uma porta e descemos uma escada. No último degrau tudo estava escuro, até Sebastian acender as luzes e deixar todo mundo de boca aberta.

- Pai!

- Isso é uma pista de boliche? - Christian sorriu empolgado.

- Eu disse que era loucura Alfonso, mas já viu seu pai ouvir alguém. - Débora defendeu-se.

- Quem topa jogar uma partida, vou adiantar que eu sou muito bom. - Sebastian ergueu as mãos.

Na mesma hora Alfonso e Christian tiraram os paletós e abriram os punhos e a gola das camisas puxando-as até o cotovelo, sorri como uma boba vendo como Alfonso estava lindo relaxado daquele jeito. Débora arrancou as sandálias de salto também entrando na brincadeira.

Alfonso me encarou sorrindo e me convidando pra jogar.

- Any fica comigo... Eu sou péssima. - Angelique agarrou meu braço.

- Acho que eu prefiro assistir. - forcei um sorriso envergonhada demais pra ir jogar com eles.

- Meu beijo de boa sorte então. - ele se aproximou e segurou meu queixo com firmeza me dando um beijo mais firme ainda. Só sei que quando se afastou eu estava com a perna bamba.

Angelique aproveitou pra dar um beijo em Christian também. Quando voltou sentamos num sofá admirando os outros. Enquanto eles organizavam em que ordem jogariam resolvi puxar assunto.

- É... Há quanto tempo você e Christian estão juntos?

- Três anos. - ela sorriu encarando-o.

- Você não ficou chateada por ele ter bancado o motorista né? - mordi o lábio sem graça.

- Claro que não... Eu preferiria que o Chris fosse motorista do Poncho ao invés de segurança... Uma vez ele tomou um tiro no braço e tinha tanto sangue... Nem gosto de lembrar, achei que ele morreria. - arrepiou-se.

- Eu imagino o susto que você levou... Mas acho que eles não vão parar né?

- Não... Eu infelizmente não conheci a Paola, mas o Chris a via como uma segunda mãe, ela era madrinha dele e ele a adorava... Ele e o Poncho faziam tudo juntos e quando Poncho resolveu seguir essa vida, Chris o seguiu sem pestanejar.

Encarei os dois percebendo como eles eram cúmplices e parceiros de verdade.

- E apesar de inúmeras vezes Alfonso dizer pra ele abrir o próprio negócio, Chris se nega dizendo que prefere trabalhar pro Poncho. - Angelique concluiu.

- Da pra ver que eles são excelentes amigos.

- Na verdade são como irmãos. - sorriu. - E eu também aprendi a gostar do Poncho como irmão, sabia que ele me ajudou a montar minha loja, ele disse que era um presente de casamento adiantado, como se ele não fosse nos dar mais nada. - sorriu.

- É bem a cara dele, imagino que ele não deixou você recusar né? - sorri a encarando.

- Não... Sabe eu admiro muito o Poncho, você é uma garota de sorte por tê-lo conquistado.

- Acho que nós duas somos. - sorri sentindo meu rosto pegar fogo.

- Sim... Que bom que agora eu tenho uma amiga pra conversar, que vai me entender... O serviço do Chris é meio secreto sabe? Então não posso contar pra ninguém o que ele faz... Que bom que agora posso conversar com você. - ela sorriu.

- Também é muito bom conversar com você. - sorri.