Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Eu fiz essa tatuagem por causa da minha mãe. - ele me encarou nos olhos como se pudesse ler meus pensamentos. - Eu gosto de pensar que ela se tornou um anjo e que está sempre comigo apesar de eu não vê-la, por isso desenhei as asas, são como se fossem dela.

- É uma linda homenagem, tenho certeza que ela adorou o gesto. - sorri.

- E eu tenho certeza que ela colocou você no meu caminho... Mais um anjo pra cuidar de mim.

- Acho que é você quem cuida de mim... Exageradamente às vezes. - sorri sem graça sentindo o rosto aquecer.

- Se conseguisse entender o quanto é importante pra mim, entenderia porque cuido tanto de você... Pode não acreditar e achar que é conversa fiada, mas esperei muito tempo pra encontrar alguém como você... Alguém que está comigo por quem eu sou e não pelo que eu tenho... Alguém que realmente sente prazer com meu toque e não apenas finge pra ganhar fama, bens materiais e status social.

- Duvido que alguma mulher precise fingir sentir prazer com você. - sorri.

- Ficaria surpresa e aborrecida se soubesse os tipos de mulheres que já conheci.

- Foram tantas assim?! - fiquei séria sentindo uma pontada de ciúmes, não gostei de imaginá-lo com outra mulher, menos ainda do tipo linda, rica, modelo por quem todos os homens se apaixonam.

Alfonso riu e rolou na cama ficando por cima de mim.

- Por acaso está com ciúmes?

- Responde o que eu te perguntei. - insisti querendo e não querendo saber a resposta.

- Eu não tenho um número na cabeça, mas já sai com modelos, atrizes, filhas de empresários de todos os tipos, mas nenhuma delas se compara à você... Só estavam comigo pelo meu dinheiro e fama ou no caso das filhas dos empresários para conseguir contratos milionários e enriquecer ainda mais os negócios da família... Any meu pai me ajudou a construir minha empresa, pagou meus estudos, minha formação, mas fiz questão de devolver todo o dinheiro pra ele, mesmo que ele não precisasse... Eu nunca usei a filha de ninguém ou mulher alguma pra subir na vida, então não gostava quando as pessoas tentavam me usar.

- Então saia com elas apenas por sair? - perguntei me sentindo mais segura.

- Sim... Tanto que tive inúmeros rolos, mas nenhum relacionamento sério... Nenhuma delas pisou nesse apartamento ou na casa dos meus pais... Claro que alguns rolos ajudaram a aumentar minha popularidade, mas foi só, não usei nenhuma delas para arrumar dinheiro, a não ser quando se tornaram minhas clientes.

- Entendi. - assenti mordendo o lábio.

- E você?!

- Eu o que? - perguntei confusa.

- Quantos homens você já teve? - me estudou completamente sério.

- Bom vou perder feio pra você, só namorei uma vez aos 20 anos, mas com minha mãe quase não me deixando sair de casa não durou mais que 05 meses... E a gente não teve tempo de transar se é isso que quer saber.

- E com quem você perdeu a virgindade?

Mordi o lábio sem graça pra responder, mas se ele queria saber tudo bem lá vai. Eu nunca ganharia dele.

- Aos 17 anos... Eu estava numa fase rebelde, fui pra um show de rock escondida, bebi umas e transei com o baterista dentro do camarim... Foi horrível e quase não me lembro de como foi... Demorou alguns anos pra mim transar com um cara outra vez, passei rápido pela fase rebelde e logo me tornei a garota que nunca saia de casa, que não tinha amigos e que levou um fora do único cara que quis namorar sério com ela.

Alfonso estudou meu rosto e assentiu.

- Espero que tenha aproveitado porque vou encerrar sua lista com chave de ouro.

Sorri relaxando ao perceber que ele não havia se chateado. Mas o que eu poderia fazer? Eu passei de mimada aos 14 anos, para reclusa até os 17, tive um momento de rebeldia e depois voltei a permanecer reclusa até me tornar introspectiva e reservada. Com um perfil desses eu não poderia me dar ao luxo de bancar a romântica e esperar o príncipe encantado. Até agora não me acostumei com a ideia de ter encontrado um. Se em algum momento da vida eu soubesse que conheceria Alfonso, teria ido atrás dele anos antes, pois, só agora eu estava começando a viver de verdade. Só agora eu estava verdadeiramente apaixonada.

Depois de fazermos amor mais uma vez Alfonso me arrastou até o banheiro onde nos banhamos. Eu estava vestindo o roupão enquanto ele terminava de lavar os cabelos. Já passavam das 20 horas e eu estava ficando com fome.

- Se importa se eu descer e preparar alguma coisa pra gente comer? Juro que sou boa cozinheira. - sorri.

- Claro, fica à vontade, não esqueça que o apartamento agora é seu também.

- Acho difícil me acostumar com isso. - sorri sem jeito. - Eu vou descer então.

- Acabando eu desço pra degustar. - ele sorriu com malícia e piscou.

Entendi o duplo sentido da palavra degustar e senti um arrepio percorrer minha espinha e meu ventre se contrair. Sorrindo eu dei as costas quase dando pulinhos de alegria, mas voltei pro banheiro.

- Poncho esqueci de dizer uma coisa. - sorri parada na porta.

- O que?! - ele sorriu saindo do box e pegando a toalha.

- Obrigada pelo que me contou da sua mãe e a tatuagem. - sorri.

- Você merece toda minha confiança. - ele me encarou intensamente com desejo.

Sorri o encarando nu da cintura pra cima, com apenas a toalha branca cobrindo aquele pedaço dele que me deixava louca. Os cabelos molhados pingavam em seus ombros e as gotas escorriam pelo seu peito até encontrarem a toalha e morrerem.

- Para de morder o lábio ou vou ai pegar você. - sorriu com malícia me olhando cheio de ameaças veladas.

Sorri e soltei o lábio que eu nem percebi que estava mordendo. Joguei um beijo pra ele e dei as costas antes que cedesse às minhas tentações e deixasse ele me pegar. Ou melhor antes que eu fosse pegá-lo.

Alfonso

Quando cheguei na cozinha vestindo só uma bermuda Anahí estava cantarolando e dançando enquanto fazia alguma coisa no fogão. A música vinha dos fones de ouvido conectados ao celular dela. Encostei no batente da porta e cruzei os braços admirando-a, sentindo meu pau despertar outra vez.

O micro-ondas apitou e quando ela se virou pra abri-lo e me viu,parou e sorriu com o rosto ruborizando.

- Você está linda. - me aproximei dela lentamente.

- Você também. - sorriu apoiando as mãos em meus ombros.

- O que você fez de bom?