Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Tudo bem, acho que consigo rastrear qualquer uma das formas, da mais trabalho, mas eu consigo.

- Poncho?! - a voz de Anahí me pegou de surpresa.

- Eu preciso desligar, nos encontramos amanhã na empresa... Boa noite.

- Boa noite. - Christian respondeu e desligou.

Anahí surgiu na porta bem naquele momento.

- O que esta fazendo aqui embaixo?

- Pergunto o mesmo. - sorri me aproximando. - Só vim separar uns papéis pra levar amanhã na empresa.

- Obrigada por ter me tirado do carro e me trazido até aqui... Mas sua ausência me fez acordar. - ela sorriu.

Puxei sua mão e envolvi meus braços em torno da cintura dela, deixando-a bem perto de mim.

- Responderam a mensagem?

- Não, eu olhei a hora no celular agora e não tinha nada... Às vezes mandaram por engano.

Desejei pensar igual à ela.

- Se importa se eu levá-lo amanhã na empresa? Quero ver se consigo descobrir quem te enviou a mensagem.

- Por que isso? Quer saber se é algum antigo rolo. - ela sorriu brincando.

- Esqueceu que você namora com o cara da segurança... Prometo que amanhã almoçamos juntos e eu te devolvo ok? - beijei os lábios dela rezando pra que ela concordasse, eu não teria argumentos pra me explicar a não ser que contasse toda a verdade e isso estava fora de cogitação, pelo menos aquela noite.

- Tudo bem, vou deixá-lo em cima da cômoda, mas não estranhe se minha mãe te ligar ok?

- Ok. - assenti e puxei seu rosto pra perto beijando-a.

Quando dei por mim nossos corpos estavam pegando fogo, nossas roupas estavam no chão e eu estava com meu pau dentro dela em cima da minha mesa outra vez.

Na manhã seguinte Christian chegou cedo à empresa e a primeira coisa que fiz foi entregar o celular pra ele.

- Pode não ser nada ou ser uma ameaça velada. - Christian encarou a mensagem mais uma vez.

- Consegue fazer o que precisa ser feito até a hora do almoço? Prometi que devolveria.

- Tudo bem, vou ficar mexendo com isso e fazer uma cópia do celular dela, até a hora do almoço devolvo o celular, mas não sei se terei uma resposta.

- Tudo bem... Mas vamos ter que nos esforçar mais pra encontrar o Najera, se ele mandou essa mensagem tenho que chegar até ele antes que ele consiga chegar nela. - cerrei os punhos com uma raiva homicida.

- Vou conversar com os outros. - Christian assentiu se levantando e se retirou.

Anahí

Na hora do almoço Alfonso me devolveu o celular e me garantiu que a mensagem provavelmente foi enviada por engano. Isso era normal dado os inúmeros números de celulares que se pareciam.

Resolvido o ocorrido da mensagem, esqueci aquilo e foquei na festa de 20 anos da minha editora. Conforme os dias passavam os prazos iam ficando mais apertados e as cobranças maiores.

Mas eu não fui a única que estava cheia de serviço, Alfonso também surgiu com inúmeros problemas pra resolver. Porém ele não se permitia ficar na empresa até tarde. Então chegava às 18 horas do trabalho, jantava comigo, fazíamos amor, conversávamos e só quando eu caia no sono é que ele descia pra biblioteca onde ficava até tarde trabalhando, algumas vezes com Christian no telefone.

Eu acordava algumas vezes quando ele beijava meus cabelos antes de me deixar ou então quando me abraçava forte ao voltar pra cama. Apesar de toda a correria eu estava feliz e finalmente conseguia ver o apartamento do Alfonso como meu também.

Em uma dessas noites acordei sozinha na cama sentindo falta de Alfonso. Eu sabia onde ele estava então vesti uma camisola e desci. Entrei no escritório sem fazer barulho e estranhei quando vi o mesmo vazio. Me aproximei querendo fazer uma surpresa pra ele, até me passou pela cabeça a ideia de provocá-lo e transar com ele no escritório mesmo como já havíamos feito antes. Só a ideia já me excitou.

Provavelmente ele havia ido pra cozinha pegar café e algo pra beliscar, pensei em ir atrás dele, mas achei melhor sentar na cadeira dele e surpreendê-lo quando entrasse.

Sorri toda apaixonada ao ver minha foto na tela de descanso do computador dele, foto essa que Alfonso faz suspense e ainda não me contou como conseguiu. Olhei os papéis em cima da mesa e uma foto chamou minha atenção.

- Não pode ser! - encarei a foto de Felipe Najera sem acreditar.

Mexi nos papéis e encontrei uma pasta, meus olhos marejaram quando vi o título: “O Caso Portillo”.Era uma cópia exata de todo o laudo, investigação e resultados sobre o assassinado do meu pai que estava em Juarez.

- Não acredito que você fez isso! - exclamei espantada por ele estar atrás daquela história toda.

Bati no mouse e minha foto desapareceu dando lugar a caixa de e-mail do Alfonso. Corri os olhos e vi algumas mensagens da minha mãe, uma em especial chamou minha atenção. Ela foi enviada três dias antes do evento em que Alfonso e eu nos conhecemos. Aquilo não podia ta acontecendo.

Abri o e-mail e corri os olhos pela mensagem, quando terminei de ler vi Alfonso parado de pé na porta. Ele me encarava com uma mistura de surpresa e apreensão.

- Minha mãe te contratou pra me proteger. - disparei furiosa a garganta queimando.

- Any eu posso explicar. - ele se aproximou.

- Me explicar o que? Que você mentiu todo esse tempo? Que só se aproximou de mim porque minha mãe mandou e ai você me achou bonita e resolveu se aproveitar das coisas?

- Não é nada disso. - ele se aproximou dando a volta na mesa.

- Agora eu descobri de onde você arrumou a foto... Você é um mentiroso filho da mãe. - parti pra cima dele e esmurrei seu peito. - Eu te mostrei a casa, o colégio, onde meu pai foi morto, achei que eu pudesse confiar em você e você tava mentindo o tempo todo, por quê? - não aguentei e comecei a chorar. - Você é um monstro, nunca achei que você fosse fazer isso comigo, eu odeio você.

- Me escuta...Eu ia te contar tudo. - ele segurou meus braços com força.

- Ah é? Quando? Quando você se cansasse de trepar comigo? - o fuzilei engolindo o choro.

- Não fala assim.

- E como você quer que eu fale? Você é um hipócrita Alfonso, você só se aproximou de mim porque minha mãe pagou, agora tudo faz sentido... Desde o começo eu senti que parecia que você me conhecia, agora eu entendo por quê. - apontei a mesa. - Você me fez de idiota, deve ter se divertido muito né? Vendo eu contar pra você um monte de coisas que você já sabia...

- Any me escuta!

- Por isso você apareceu na academia aquele dia, por isso minha mãe te encarou daquele jeito quando te conheceu, você é um cretino, eu te odeio. - dei as costas querendo sumir de perto dele.