Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Porque eu tinha medo de você fazer exatamente o que fez... Me mandar pro inferno, querer ficar longe de mim... Any você não acreditou quando eu disse, mas eu to apaixonado por você... Esses dias tem sido um inferno eu não tenho vontade de comer, tudo me deixa entediado, meus funcionários estão me odiando porque tudo esta me irritando, mas a pior parte... É voltar pro apartamento e não ver você... E saber que a culpa é minha só me mata ainda mais... O que eu faço pra você me perdoar.

- Alfonso eu cresci com a minha mãe armando pelas minhas costas, ela ter te contratado foi só mais uma... Eu gostei de você desde o começo porque você foi honesto e sempre disse o que queria, isso funciona comigo, me deixa segura, mas você também me apunhalou pelas costas.

- Não...

- Sim você fez e sabe disso... Eu não consigo acreditar em nada do que você disse, por causa dessa mentira ou omissão chame como quiser... Não sei se consigo confiar em você de novo. - ela enxugou o rosto correndo.

- Me deixa provar pra você que você pode confiar em mim sim. - segurei as duas mãos dela.

- Você me machucou muito... Não é uma coisa que vai cicatrizar tão fácil.

- Any...

- Você queria que eu te ouvisse e eu ouvi, agora, por favor, me deixa ir embora. - ela me encarou.

- Você não acredita em nada do que eu te disse. - senti um aperto no peito.

Anahí

- Por favor, me deixa ir embora. - implorei sentindo que desabaria a qualquer momento.

Alfonso soltou minhas mãos e o clique das portas se abrindo foi o som mais doloroso que eu ouvi na vida. Mordi o lábio querendo esquecer tudo e ficar com ele, mas eu odiava quando mentiam ou omitiam coisas de mim e Alfonso fizera exatamente isso. Eu ainda me sentia feita de palhaça.

Abri a porta antes que não tivesse mais forças e desci do carro.

- Você sabe que não vou desistir de você... Eu te amo! - ele respondeu determinado.

Fechei os olhos com força deixando as lágrimas escorrerem e bati a porta querendo acreditar nele.

Acenei e entrei no primeiro táxi que parou. Eu queria ir pra bem longe dali onde poderia me refazer sem a presença constante de Alfonso.

Acordei na manhã seguinte com meu celular tocando.Suspirei ao ver que era minha mãe.

- Oi!

- Any, como está?

- O que você quer mãe?

- Eu quero te ver, quero falar com você pessoalmente, fiquei pensando no que conversamos ontem e não consegui dormir à noite toda.

- Você ta grávida mãe tem que se cuidar. - suspirei.

- Fiz uma coisa que talvez você não vai gostar, mas... Comprei uma passagem pela internet pra você pra vir pra Juarez, precisamos conversar filha... Porque não aproveita que é sexta e vem hoje à noite mesmo?

- Por que não pegou o jatinho do Juan? - não consegui conter o sarcasmo.

- Ele viajou a negócios, estou sozinha, vem pra cá filha.

- Mãe eu não posso viajar assim do nada... Eu to ajudando minha editora a organizar uma festa.

- Sei que você tem seus compromissos, mas você sabe que precisamos conversar e eu sei que você está mal, pensa que é uma forma de você se afastar um pouco daí, do Alfonso... Anahí se você não vir eu vou até ai.

- Mãe eu preciso ir pra editora, depois conversamos ta? Tchau. - respondi começando a perder a paciência.

- Tchau. - ela sussurrou do outro lado e desligamos.

Maite me encarou com preocupação quando cheguei me arrastando na cozinha.

- Você não dormiu a noite né?

Me joguei na cadeira e neguei com a cabeça. Eu havia chegado em casa chorando na noite passada sem trazer as compras. Quando contei do encontro com Alfonso, Maite simplesmente me abraçou e eu acabei pegando no sono no colo dela. Acordei com a campainha tocando e um dos seguranças do Alfonso entregando as compras pra ela. No final fui pro quarto sem jantar e não consegui dormir mais.

- Não e pra ajudar minha mãe quer que eu vá pra Juarez hoje à noite.

- Talvez não seja má ideia, vocês precisam conversar pessoalmente e assim você sai um pouco daqui.

- Não sei o que eu faço sinceramente.

- Primeiro você tem que comer, depois tomar um banho, dar um jeito nessa cara e ir pra editora... Quando você sair de lá você decide se quer ir ver sua mãe... Eu chego às quatro hoje, se você resolver ir posso ir adiantando sua mala. - sorriu.

Aquilo conseguiu me fazer sorri e me levantei dando um abraço nela. Maite estava provando que era uma excelente amiga. Eu sempre gostei do jeito simples e prático dela e agora gostava ainda mais.

Eu já imaginava que um carro preto estaria me esperando quando eu saísse do prédio, mas nunca imaginei que seria Alfonso quem estaria de pé segurando a porta aberta pra mim.

- Só me deixa te levar pro trabalho. - ele começou assim que me viu sair do prédio.

- Alfonso...

- Prometo que você não vai precisar conversar comigo e eu não vou abrir a boca.

- Onde está o Chris? - cruzei os braços, era mais fácil lidar com Christian do que com Alfonso.

- Eu quis vir no lugar dele.... Por favor, Any. - ele insistiu.

Suspirei sabendo que estava cavando minha própria cova. A maioria das pessoas não entra no carro de um cara depois de pedir distância dele, então que diabos eu estava fazendo dentro do carro dele? Bem que eu queria saber a resposta.

Alfonso ligou o carro e cumpriu o prometido, eu queria, mas não consegui ficar calada.

- Eu queria um tempo pra mim, pra pensar nas coisas Alfonso e você não ta me dando esse tempo.

- Eu te dei três dias pra se acalmar e pensar, não me pede mais do que isso porque eu não posso e não vou me afastar de você. - ele me encarou com uma determinação ferrenha.

- Só que mandar Christian ou qualquer outro segurança, amigo seu atrás de mim não é me dar tempo. - suspirei. - Eu vou pra Juarez hoje à noite. - respondi decidindo ir viajar.

- Como? Por quê?

- Preciso sair da cidade, ficar longe de você e tudo que me liga a você inclusive seus seguranças e Christian.

- Você me odeia tanto assim? - ele me encarou desolado e senti meu coração apertar.

- Não odeio você... Preciso ir pra Juarez conversar pessoalmente com a minha mãe vai me fazer bem ir pra lá.

- Você vai sentir minha falta?

- Domingo a tarde estou de volta, vai passar rápido. - foi a única coisa que consegui responder.