Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Fiquei quieta o resto do caminho me concentrando pra não chorar. A pergunta dele me pegou de surpresa, é claro que eu sentiria falta dele, eu estava sentindo falta dele desde que saíra do seu apartamento, mas eu ainda não conseguia perdoá-lo por ter mentido pra mim.

- Você precisa parar com isso... De ficar me seguindo e pedindo pro Chris e seus seguranças fazerem o mesmo. - suspirei de cabeça baixa. - E se eu nunca mais quiser voltar pra você?

- Se um dia isso acontecer eu me afasto e você nunca mais vai saber de mim, mas enquanto eu achar que ainda tenho uma chance, não vou desistir de você. - me olhou sério.

Juro que tive que me controlar pra não beijá-lo naquele momento. Como uma pessoa com palavras tão possessivas e tão insistente como o Alfonso conseguiu deixar meu coração derretendo?

Fiquei quieta não me permitindo agir por impulso e desviei o olhar do dele encarando a rua. Por sorte Alfonso não falou mais nada pelo resto do caminho e dei graças à Deus quando chegamos à editora.

- Obrigada pela carona. - desci às pressas e bati a porta.

Só quando entrei na editora me senti a salvo do Alfonso e do poder que ele parecia ter sobre mim.

­­Alfonso

Assim que cheguei à empresa ordenei que Christian fosse até minha sala.

- O que foi agora Alfonso?

Virei o copo de vodca e bati o mesmo na mesa.

- Ela vai pra Juarez.

- Visitar a mãe?!

- Sim! - suspirei. - Não, ela ta fugindo de mim Christian. - agarrei o copo com força e joguei contra a parede.

- Não Alfonso ela não ta fugindo de você... Ela só precisa de tempo, dê isso à ela... De verdade!

- Ela perguntou o que eu faria se ela nunca mais voltasse pra mim.

- Ela vai voltar pra você, ela gosta de você... Essa reação dela mostrou que ela ta com você pelo que você é e não pelo seu dinheiro... Sinceramente já estava de saco cheio de ver você com aquelas mulheres superficiais.

- Acho que você tem razão, eu vou pra casa.

- Não, é melhor você ficar por aqui... O que vai fazer naquele apartamento sozinho?

- Eu não to com vontade de ficar aqui... Já sei pra onde vou. - me levantei e dei as costas decidido.

Passei por Roberta que fingiu não me ver. Garota esperta. Entrei no elevador ignorando Christian e todo resto.

Estacionei o carro de novo cerca de vinte minutos depois e Débora sorriu ao me ver da porta.

- Entra Alfonso!

A cumprimentei na porta e fui até o escritório onde meu pai já estava me esperando.

- Que surpresa ver você por aqui. - meu pai sorriu ao me ver.

- Queria conversar com alguém, não to com saco de ficar na porra do escritório. - suspirei sentando no sofá.

- Eu já soube do que rolou entre você e sua garota... O que deu em você filho? Demora anos pra arrumar uma namorada decente, me enche de esperanças com futuros netos e estraga a merda toda com uma mentira?

- Pois é... Exatamente isso que você falou pai, eu estraguei a merda toda com mentiras.

- Eu soube que a mãe dela te contratou pra cuidar da segurança dela, ela deve ter tido seus motivos e não precisa me contar tudo... O que eu quero saber é porque não abriu o jogo.

- Sei lá pai... Acho que eu fiquei obcecado. - suspirei. - Eu só queria conhece-la pessoalmente e depois fiquei com medo de contar e estragar o que tínhamos.

- Sabe Alfonso eu tinha muito medo de acabar sozinho depois que perdi sua mãe... Não foi fácil lidar com a morte repentina dela e com você junto traumatizado como estava... Mas graças a Deus o tempo ajudou você, me ajudou e eu conheci a Débora...

- Eu sei. - suspirei.

- Ai fui ficando velho vi Christian conhecer e se apaixonar pela Angelique e voltei a me preocupar com você... A vida de um homem não é nada sem família, filhos, netos, uma bela esposa... A gente pode dizer o que quiser, que estar solteiro é melhor, que sai com várias mulheres é melhor, mas tem um momento na vida que todos nós precisamos de alguém do nosso lado... E nada nos realiza mais do que filhos, mesmo com todo trabalho.

- Eu sei pai e agradeço a Deus por ter colocado a Débora no seu caminho... Acho que foi coisa da mãe. - sorri com saudades dela.

- Sim e eu tinha muito medo Alfonso de você acabar sozinho, dessa sua fama de garanhão, seu status prejudicar você e te dar tudo, menos um amor de verdade como o que eu vivi com sua mãe... Eu amo a Débora, mas sua mãe me deu você e nada no mundo paga isso... Mas acho que os anjos me ouviram de novo e com certeza sua mãe ajudou e minhas preocupações acabaram quando te vi chegar com aquela moça... Eu soube que estava apaixonado, do contrário você não a teria trazido pra cá... Graças a Deus você sempre me obedeceu e essa casa nunca foi lugar de mulher fácil e oportunista. - ralhou e eu tive que rir.

- Sim pai, mas eu estraguei tudo... Anahí soube de tudo sozinha e agora me odeia. - suspirei.

- Ela não te odeia... Ela gosta de você, posso dizer com toda certeza que ela está apaixonada, você puxou a mim Alfonso e temos um charme irresistível. - ele sorriu convencido.

- Sim... Mas o que eu faço pra ela voltar pra mim pai?

- Anahí vai ser minha nora e me encher de netos filho, isso está decidido... Ela vai voltar pra você... Mulher quando se enfeza precisa de um tempo pra se acalmar, quando ela se resolver com os conflitos dela vai voltar pra você. - ele sorriu confiante como se eu e Anahí já tivéssemos voltado e só eu não soubesse.

- E o que eu faço pra ter paciência e esperar? Eu tenho medo de pressioná-la demais, mas não consigo me afastar dela.

A resposta do meu pai foi pegar uma caneta e um bloco de folhas de papel em branco.

- Escreva uma carta pra ela dizendo tudo que ta ai dentro de você, o que sente... Anahí precisa que você seja honesto com ela, se você for ela vai te entender mais rápido e vocês vão ficar juntos. - sorriu.

Encarei a folha de papel como se fosse alguma coisa do outro mundo. Escrever uma carta?

- Eu vou ver o que a Débora ta fuçando na cozinha, fica aqui e almoça comigo. - meu pai apertou meu ombro e saiu me deixando sozinho no escritório.

Fiquei encarando a folha de papel em branco com mil pensamentos na cabeça.

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