Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Mãe a senhora tem noção do que fez comigo? - a encarei meu olhos marejando.

- Sei que está sofrendo pelas mentiras meu amor, mas tenho certeza que o Alfonso realmente ta apaixonado por você... Meu amor, você é tão linda, quem não se encantaria por você?

- Isso não vem ao caso... Eu to dizendo que você me apunhalou pelas costas de novo.

- Me perdoa filha não foi essa minha intenção... Eu só queria te proteger. - ela começou a chorar.

- Só que na sua tentativa de me proteger você conseguiu me machucar... Colocou uma pessoa na minha vida por quem... Por quem eu me apaixonei e fez essa pessoa mentir pra mim. - comecei a chorar. - Quando você vai pôr na sua cabeça que eu cresci mãe? Que você tem sua vida e eu preciso ter a minha?

- Me perdoa, meu amor. - ela foi até mim e me abraçou.

Chorei abraçada à ela igual fazia quando eu era criança e ela me consolava.

- Eu gostava do Alfonso mãe, gostava do que nós tínhamos e a mentira de vocês estragou tudo. - solucei.

- Me perdoa filha... Eu não quero perder você como perdi seu pai, me perdoa. - ela chorou.

- Então entenda que eu não preciso de proteção... Quem tem que se cuidar agora é você, faz isso por esse bebê que ta vindo mãe.

- Na verdade meu amor são dois. - ela sorriu e eu a encarei em choque. - Eu também queria que viesse pra dar a notícia pessoalmente... São gêmeos, meu amor. - ela enxugou o rosto. - Você vai ganhar dois irmãos.

Pisquei atordoada e dei dois passos pra trás me afastando dela.

- O tratamento fez isso?

- Sim... E pelos seus irmãos filha, eu prometo que eu vou maneirar, vou parar de sufocar você e deixar você ter sua vida que é o que tanto quer. - enxugou o rosto. - Eu vou tentar não opinar mais ok?

Enxuguei o rosto achando difícil ela conseguir cumprir aquilo, mas ela era minha mãe, estava grávida de gêmeos então resolvi dar outra chance.

- Se você cumprir com o prometido... Eu esqueço todas essas maluquices que você já fez... Pelos meus irmãos! - respondi ainda atordoada com a notícia.

- Você não vai se arrepender minha querida, eu juro. - ela se aproximou e segurou minhas mãos com força.

- Eu espero mãe. - enxuguei o rosto e a abracei com força.

Foi bom passar o dia sozinha com minha mãe e Lionel, ainda mais depois de termos nos entendido. Eu quase conseguia esquecer totalmente a falta que Alfonso me fazia.

Eu estava sentada no chão da sala acariciando o pelo do Lionel deitado preguiçosamente aos meus pés.

- Olha aqui o ultrassom que eu te falei. - minha mãe chegou na sala e sentou no sofá.

- Essas duas bolinhas são meus irmãos? - sorri apontando duas bolinhas de gude dentro de duas outras bolas maiores.

- Sim, o médico disse que eles estão crescendo em ovulos separados, então não serão gêmeos idênticos... Mas eles não são lindos filha? - ela sorriu toda boba.

- É difícil dizer, acho que vou ter que esperar um pouco. - sorri e ela riu concordando comigo.

- E uma pena você estar no México agora. - suspirou.

- Mas eu vou sempre vir te visitar... E visitar meus irmãos bolinhas de gude. - encarei o ultrassom não achando uma definição melhor pra forma como eles apareciam.

- O médico disse que estão do tamanho de uma uva. - sorriu me encarando e eu sorri de volta.

- Eu vou dar uma volta com o Lionel quer ir comigo?             

- Espera eu me trocar? - ela sorriu com os olhos brilhando e correu pro quarto.

Em segundos ela desceu com uma blusinha mais leve e confortável, calça legue e tênis.

Me levantei do chão e Lionel ergueu a cabeça me encarando. Assim que coloquei o tênis sorri o encarando.

- Vamos passear garotão?

Lionel levantou na hora e começou a me rodear. Sorri acariciando o pelo dele. Pra um cachorro que já havia trabalhado pra polícia uma volta no quarteirão podia ser considerada uma grande aventura.

- Você e o Alfonso como ficam agora filha? - Marichello me perguntou enquanto caminhávamos.

- Não ficamos mãe. - suspirei.

Inconscientemente olhei em volta esperando ver algum segurança nos observando, mas tudo que vi foram poucas pessoas na rua andando ou correndo, sozinhas ou acompanhadas por pessoas ou cães.

- Você é minha filha e sei que gosta dele e ele de você... Não vale a pena você perdoá-lo?

- Mãe não quero falar dele ta? A gente fala do que você quiser menos dele ok?

- Tudo bem... A festa na editora é semana que vem, você já escolheu sua fantasia? - ela sorriu.

- Sim... Você sabe que sempre gostei de histórias de época... Cavalos, mensageiros, bailes, os vestidos... Escolhi a personagem de um dos livros que eu mais gosto... Elizabeth Bennet. - sorri.

Um rapaz passou correndo por nós e Lionel tentou se aproximar do cachorro que estava com ele, segurei a coleira com força e deixei o rapaz se afastar.

- Não conheço... De que romance é?

- Orgulho e Preconceito... Você devia pelo menos assistir ao filme já que sei que ler não é seu forte.

Minha mãe sorriu dando de ombros e quando voltamos pra casa fizemos uma sessão cinema com chocolate, pipoca, guaraná e Lionel deitado ao nosso lado enquanto assistíamos Orgulho e Preconceito.

Alfonso

Christian entrou no meu apartamento e cruzou os braços quando me viu.

- Não acredito que está bebendo de novo? - repreendeu.

- Você tem uma sugestão melhor? Mandei uma carta pra minha garota, to tentando provar que to arrependido e em troca ela foge pra casa da mãe. - suspirei me sentindo péssimo.

- Bom talvez ajude você a ocupar a cabeça saber que eu fui ameaçado exatamente por estar com a sua garota.

Levantei do sofá na hora largando a bebida.

- Como assim ameaçado?

- Recebi essa mensagem hoje à tarde no meu celular.

Peguei o celular dele e vi uma montagem com todas as fotos de Anahí com Christian, uma dos dois abraçados na praça e várias dos dois no supermercado. Ocasiões em que ele havia tomado conta dela a meu pedido.

Embaixo das fotos vinha a seguinte mensagem:

“Se afasta dela ou vai sobrar pra vc também... Você não tem idéia de onde ta se enfiando!”