Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Alfonso

Nem sempre é bom você ter aparelhos e ausculta por todo lugar, pois, fui obrigado a ouvir aquele filho da mãe dando em cima da minha garota. Juro por Deus e pela minha mãe que se não estivéssemos numa festa, em um evento importante esse cara já estaria no chão ensangüentado.

Eu havia aceitado fazer a segurança daquele lugar apenas pra ficar perto de Anahí e conversar com ela, mas pelo jeito aquele Miguel estragaria meus planos. Era bom Ucker tira-lo de perto dela ou acabaria perdendo um amigo. Estreitei os olhos quando Dulce e Ucker se afastaram pra buscar bebidas deixando Anahí sozinha com aquele babaca. Eu daria cinco segundos praquele cara se mancar e sair de perto dela ou eu o tiraria de lá.

Um... Dois...

Anahí

Miguel falava sem parar enquanto eu fingia que escutava. Alfonso não parava de nos encarar, eu podia sentir a raiva dele. Quando Miguel pegou minha mão de novo vi Alfonso se aproximar com uma fúria homicida. Afastei minha mão com medo que o cara responsável pela segurança arrumasse uma confusão.

As janelas estouraram do nada e uma chuva de vidro caiu sobre todos nós, no mesmo instante as pessoas começaram a gritar e correr. Olhei em volta em choque e perdida não vendo mais Christian, nem Dulce, Ucker ou Miguel. Tudo havia se transformado em caos e gritaria.

- Anda sai daqui! - Alfonso surgiu não sei de onde e me puxou pela mão.

Mais janelas estouraram e senti os estilhaços de vidro quando fomos ao chão. Mas não foi a gritaria e o pânico que me assustaram e sim a quantidade de sangue que vi em minhas mãos e no meu vestido.

Levei um segundo pra entender tudo. Haviam atirado nas janelas provocando os barulhos e os estilhaços. Alfonso me soltou do seu abraço e caiu no chão, entrei em pânico quando entendi que o sangue em minhas mãos e no vestido eram dele.

- Alfonso. - me ajoelhei e vi que o ombro esquerdo dele estava sangrando.

- O tiro veio por trás. - ele gemeu furioso.

- O que eu faço? - perguntei desesperada.

Christian apareceu do nada e quase desmaiei de alivio.

- Como você ta? - ele se assustou vendo o sangue.

- Eu to bem, mas Alfonso ta ferido Chris, me ajuda. - pedi desesperada as lágrimas inundando meus olhos. - Você ta bem? - vi que o braço dele também sangrava.

- Foi só um tiro de raspão quando estava ajudando a evacuar o prédio, precisamos sair daqui, Alfonso me ajuda. - ele puxou Alfonso pelo braço que não estava ferido.

Mesmo sendo inútil me levantei e ajudei Christian a puxar Alfonso.

- Não precisa chorar ta tudo bem... O que importa é que você não se machucou. - Alfonso acariciou meu rosto.

Aquilo quase me fez chorar ainda mais, só não fiz isso porque precisávamos sair do prédio.

Na calçada as pessoas choravam, algumas estavam machucadas, mas graças a Deus nenhuma delas parecia gravemente ferida. Christian levou Alfonso pra uma das ambulâncias.

- Espera aqui. - ele mandou me detendo enquanto um enfermeiro ajudava Alfonso.

- O que? Quero saber como ele está? - enxuguei o rosto sabendo que devia estar horrível.

- Fica calma ele vai ficar bem.

- O que ta acontecendo aqui? Por que atiraram nas janelas? Alfonso me disse que haviam pessoas com inimigos aqui. - eu falava rápido em meio a fungadas sem conseguir parar de chorar.

- Ainda não sabemos Any... Precisamos primeiro tirar todo mundo daqui. - Christian respondeu com uma calma invejável. - Fica aqui. - me deu as costas.

Dei um passo pra segui-lo e ouvi me chamarem. Me virei e vi Dulce, Ucker e Miguel vindo na minha direção. Dulce me abraçou e Ucker me encarou assustado.

- Você está bem?

- To, esse sangue não é meu... É do Alfonso. - senti a garganta fechar quando falei.

- Que susto, ficamos tão preocupados com você. - Dulce respondeu preocupada.

- Me desculpa Any tava tudo bem e no meio daquela correria eu perdi você de vista. - Miguel se desculpou.

- Tudo bem eu to bem.

“Graças ao Alfonso!”, pensei quase em estado de choque.

Ouvi um grito e Alfonso xingar, quando fui de encontro à ambulância Christian apareceu bloqueando meu caminho.

- Ele vai precisar ser levado.

- O que? Por quê? Como assim levado? Le-levado pra onde Chris? - gaguejei.

- Pro hospital... A bala ta alojada muito próxima do coração, ele vai precisar fazer uma cirurgia pra remover a bala sem correr riscos.

- Eu quero vê-lo, falar com ele.

- Ele não vai te ouvir... Estava se recusando a ir pro hospital então os enfermeiros tiveram que sedá-lo, ele esta dormindo agora, mas antes me pediu pra te levar pra casa em segurança.

- Eu não vou pra casa, vou pro hospital com ele. - enxuguei o rosto.

- Any, por favor...

- Por favor, uma ova, ele levou o tiro por minha causa, eu vou pro hospital sim... Se você não me levar eu dou meu jeito. - devolvi determinada não ia obedecer nenhum dos dois dessa vez.

- Tudo bem então. - ele respondeu dando-se por vencido.

No caminho pro hospital liguei pra Maite e ela fez questão de me encontrar acompanhada de Derrick.

- Eu quase morri do coração quando vi a noticia... Graças a Deus você esta bem. - me abraçou.

- Sim, mas agora o Poncho ta sendo operado, se ele não tivesse ido me ajudar... - voltei a chorar de novo.

- Não fica assim Any vai dar tudo certo. - Derrick tentou soar confiante.

- Eu to com medo. - sussurrei pros dois e Maite me abraçou.

Foram duas horas. As duas horas mais cruéis da minha vida. A preocupação e a falta de noticias estava me enlouquecendo a ponto deu quase explodir com minha mãe no telefone.

- Eu já disse que eu to bem quem se feriu foi o Alfonso.

- Eu fiquei com medo filha... Os noticiários...

- Mãe fica tranquila ta? Não me deixa mais nervosa, por favor. - pedi.

- Tudo bem. - ela respondeu quase aos prantos.

- Mãe eu preciso desligar ta? O médico daqui a pouco aparece com noticias. - segurei o choro.

- Ok querida... Me desculpa ta?

- Me desculpe você mãe, tchau. - desliguei.