Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Angelique se aproximou trazendo um copo de café pra mim.

- Todos seus amigos já voltaram pra casa, você não quer ir também?

- Só vou sair daqui depois que souber que o Poncho ta bem. - enxuguei o rosto.

- Tudo bem. - ela sorriu se solidarizando.

- Me lembrei de quando você contou que o Chris se machucou e você se assustou.

- Sim foi horrível, mas como você disse foi só um susto e será o mesmo com Alfonso você vai ver.

Finalmente o médico apareceu e Christian foi falar com ele.

- Como Alfonso esta?

- A cirurgia deu certo, a bola foi removida e ele esta sedado, vai passar a noite em observação.

- Ai graças a Deus. - suspirei sentindo minhas pernas bambas e sentei na cadeira.

- Viu Any, acabou... Alfonso é durão vai ficar bem. - sorriu e me abraçou.

Entrei no quarto e me assustei ao ver Alfonso deitado na cama com o ombro e parte do braço enfaixado. Enxuguei o rosto e me aproximei segurando a mão dele. Estava tão acostumada a vê-lo dando ordens, com todo aquele charme e persuasão que tomei um choque ao vê-lo vulnerável daquele jeito. E por minha culpa.

Fiquei encarando-o dormir e segurei a mão dele com força.

- Você vai ficar bem... Você vai ficar bem Poncho.

Acordei com as mãos de Angelique no meu cabelo e tomei um susto.

- Já amanheceu? - pisquei vendo as luzes entrar no quarto.

- Já... Any vai pra casa. - Angelique sentou ao meu lado.

- Não até ele acordar. - passei a mão pelo rosto e pelos cabelos.

- Ainda pode demorar, você insistiu em passar a noite aqui e Christian te ajudou pra que pudesse ficar com ele, mas você tem que ir pra casa. - ela puxou a cadeira e sentou ao meu lado, encarei Alfonso ignorando-a. - Posso perguntar uma coisa? - assenti sem tirar os olhos dele. - Você ficou aqui a noite toda... Porque se preocupa com ele ou porque ta se sentindo culpada?

- As duas coisas. - enxuguei o rosto. - O tiro não era pra ele.

- Mas aconteceu, ele vai ficar bem e você precisa ir pra casa... Any, por favor! - ela me encarou suplicante.

- O que concluíram do que aconteceu ontem? - a encarei mudando de assunto.

- Encontraram um bilhete avisando que aquilo era só uma prévia e que se as pessoas não tomassem cuidado com o que andam escrevendo aconteceria de novo... Ao que parece atiraram nas janelas apenas pra assustar... Graças a Deus ninguém morreu. - suspirou.

- Sim! - assenti e apertei a mão de Alfonso com força. - Graças a Deus.

- Vou chamar o motorista pra te levar pra casa, você precisa descansar e estar bem pra quando o Alfonso acordar.

Dessa vez não consegui discutir com eles e acabei aceitando voltar pra casa depois do médico me assegurar que Alfonso ficaria bem. No fundo eu sabia que precisava comer, descansar e tomar um banho e também não queria que Alfonso me visse horrível como eu estava.

Maite me puxou pela mão quando entrei no apartamento e me fez sentar no sofá.

- Vou preparar algo pra você comer.

- Eu comi no hospital, obrigada. - respondi e liguei a t.v.

Os noticiários só falavam do que tinha acontecido na festa e do tal bilhete que Angelique me contara.

- Graças a Deus ninguém se feriu gravemente, todos foram vítimas leves como o Alfonso. - Maite sentou ao meu lado e me entregou um lanche natural e suco. - Come, por favor.

Tomei um gole do suco e percebi que realmente estava com fome, enquanto comia as imagens da noite passada, dos gritos e de como a galeria tinha ficado passavam na t.v.

- Não quero mais ver isso, eu vou tomar um banho. - me levantei.

- Isso e se quiser pode descansar também, qualquer coisa eu te aviso.

Assenti e fui pro banheiro. Quando encarei aquela garota de maquiagem borrada, cabelo bagunçado, vestido sujo de sangue não me reconheci.

Alfonso

Acordei com algo incomodo perfurando meu braço. Quando olhei vi que era uma agulha que estava injetando soro na minha veia. Eu me sentia meio zonzo, mas me lembrava com clareza de tudo.

- Que merda to fazendo aqui? - encarei Christian e Angelique.

- Graças a Deus você acordou. - Christian sorriu ficando de pé.

- O tiro que você levou deixou a bala alojada, tava muito perto de perfurar seu pulmão ou o coração... Precisaram operar você pra removê-la. - Angelique explicou.

- Droga! - resmunguei. - E a Any?

- Está em casa em segurança... Foi difícil, mas conseguimos convencê-la a deixar o hospital. - Christian sorriu.

- O que quer dizer?

- Ela ficou a noite toda aqui com você, brigou com a gente e os médicos que tentaram tirar ela daqui... Acho que você arrumou alguém com o mesmo grau de teimosia que o seu. - Angelique sorriu.

Sorri esquecendo completamente da dor ou de qualquer incomodo. Eu odiava hospitais e pela primeira vez na vida tinha conseguido dormir confortavelmente em um, agora entendia porque. Minha garota tinha estado comigo me fazendo companhia a noite toda.

- Anda Chris chama um médico ou um enfermeiro pra tirar essa porcaria do meu braço, quero ir embora.

- Alfonso você acabou de ser operado tem que ficar aqui pelo menos por hoje. - Christian protestou.

- Eu to me sentindo ótimo... Da pra vocês chamarem alguém ou vou ter que arrancar essa porcaria do meu braço sozinho? - ameacei.

Nem fodendo eu ficaria mais 10 minutos naquele hospital.

Anahí

Acordei com Maite batendo na porta do meu quarto.

- Que horas são?

- Sete da noite... Você dormiu bastante tempo... Estão ligando pra você é importante.

Peguei o telefone esquecendo de perguntar quem era.

- Alô?!                                                                                                                   

- Anahí?

- Angelique é você?

- Que bom que atendeu Any, desculpe incomodar, mas é importante.

- Alguma coisa com o Alfonso. - perguntei preocupada.

- Sim, é que... Ele praticamente nos obrigou e obrigou o médico a dar alta pra ele, eu e o Christian estamos aqui no apartamento dele com ele, mas... - ela suspirou.

COMENTEM!!!!!