Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Mas o que? Me fala.

- Ele ta queimando em febre e não para de chamar por você... Chris e eu concordamos que se talvez você viesse ele ia se acalmar e tomar os remédios... É que ele é muito teimoso, sei que você ficou a noite toda com ele, mas...

- Eu to indo ai. - respondi. - Vou arrumar as coisas e daqui a pouco to ai.

- Obrigada! - ela respondeu aliviada.

Ajeitei tudo, mandei um e-mail pro meu chefe explicando que Alfonso não estava bem e se poderia faltar no dia seguinte. Graças a Deus ele me liberou por dois dias na condição de que fizesse algumas tarefas e mandasse por e-mail. Toda a editora estava apreensiva depois do susto e Matt era grande amigo de Alfonso e havia se preocupado com a saúde dele.

Levei na mochila tudo que precisava e quando desci Rafael me esperava e ele me deixou na porta do prédio. Subi pelo elevador e quando sai do mesmo respirei fundo. Porém antes que eu pudesse tocar a campainha a porta se abriu e lá estava ele. Óbvio que com tantas câmeras pelo prédio ele havia me visto chegar. Engoli em seco ao ver que ele estava apenas com uma calça de moletom e um roupão preto por cima, o roupão estava aberto mostrando o peito dele e o curativo. Tive que me segurar pra não abraça-lo ao vê-lo acordado e em pé.

- Angelique me ligou e me disse que você estava com febre não quer se cuidar. - minha voz falhou.

- Você veio cuidar de mim? - me olhou nos olhos e um leve sorriso esboçou seus lábios. - Entra!

- Era o mínimo que eu podia fazer já que a culpa foi minha... Você só tomou aquele tiro porque estava me ajudando. - mordi o lábio sem graça. - Onde estão Chris e Angelique?

- Pedi pra eles irem embora depois que me avisaram que você estava vindo. - ele respondeu me encarando de perto. - Christian precisa descansar, porque vai cuidar das coisas pra mim por enquanto.

- Entendi. - engoli em seco e fiquei de costas pra ele.

Coloquei minha mochila no sofá e comecei a tirar meu notebook e alguns remédios de dentro dela.

- O que vai fazer com tudo isso?

Fechei os olhos sabendo que ele estava atrás de mim, perto o suficiente pra gente quase se tocar. Se eu virasse naquele momento trombaria com ele.

- Eu consegui dois dias de folga pra poder ficar aqui cuidando de você, em troca trouxe um pouco do trabalho comigo. - tentei soar o mais natural possível. - Matt gosta muito de você e desejou melhoras.

- Então ficaremos só nós dois aqui até amanhã?

Não gostei do modo como aquilo soo, parecia que eu era a chapeuzinho e iria passar a noite na toca do lobo mau. Se fosse ver a realidade não era muito diferente. Dei um passo pro lado saindo de perto dele e o encarei.

- Acho que até amanhã você estará melhor. - coloquei a mão no rosto dele rapidamente. - Alfonso você ainda está quente, devia voltar pra cama, sua febre ainda não abaixou.

- É você que me faz ficar desse jeito. - segurou minha mão com força e começou a distribuir beijos.

- Vou preparar um chá que vai te deixar melhor. -minha voz tremeu.

- Não preciso de chá Anahí. - ele me puxou pelo braço e envolveu minha cintura com força. - Preciso de você!

- Alfonso...! - toquei aquele peito macio dele o empurrando sem forças.

- Quando vai entender que eu te amo e voltar pra mim? - segurou meu queixo me encarando nos olhos.

Mordi meu lábio inferior sentindo minhas barreiras ruírem. Ele sempre conseguia me desarmar quando ficava perto demais. Eu sabia que não devia ter vindo no apartamento, ficar sozinha com ele. Eu tinha lembranças demais desse apartamento, de tudo que vivemos aqui dentro. Estávamos no mesmo lugar onde tínhamos transado pela primeira vez, o mesmo lugar onde agora ele dizia que me amava.

- Você ainda não falou nada sobre a carta que eu te mandei... Até quando vai me torturar Any?

- Me deixa cuidar de você primeiro e depois a gente conversa sobre isso ok? É melhor você ir se deitar.

A forma desolada como ele me encarou me cortou o coração e ele deu as costas. Consegui reunir minhas forças pra preparar o chá e fui até o quarto levando o notebook comigo.

- Dissolvi um dos remédios no chá, isso vai fazer a febre abaixar e você ficar com sono... Bebe!

Alfonso pegou a xícara e obedecendo bebeu tudo. Quando ele se deitou o cobri e coloquei um termômetro nele.

- 38Cº vamos ver como fica até amanhã.

- Deita aqui comigo. - segurou minha mão.       

- Tenho trabalho a fazer. - suspirei.

- Pelo menos senta aqui do meu lado... Faz tantos dias que você não passa a noite aqui.

Mordi o lábio e abaixei os olhos até meu sapato.

- Por favor, Anahí... Minhas noites são um inferno desde que você me deixou.

Suspirei e dei a volta na cama sentando ao lado dele e abrindo o notebook no colo. Quando o encarei, ele sorria.

- Obrigado!

- De nada... Boa noite! - forcei um sorriso e voltei os olhos pra tela do notebook.

O ouvi se virar ficando de frente pra mim, em seguida ele fechou os olhos. Não estava conseguindo me concentrar no trabalho sentada na cama dele com ele tão perto de mim. O encarei e sorri vendo como ele ficava lindo dormindo e de repente lembrei de quando ele dormiu no meu apartamento. Sem resistir acariciei os cabelos dele e tomei um susto quando ele se mexeu. Seus braços envolveram minha cintura, sua respiração roçando no meu braço, mas por sorte ele não acordou. E eu ao invés de trabalhar fiquei vendo ele dormir como uma tremenda idiota. Uma idiota que apesar de tudo estava completamente apaixonada por ele.

Alfonso

Acordei me sentindo melhor e assustado, com medo de tudo ter passado de um sonho e Anahí não estar no meu apartamento. Fiz uma prece de agradecimento quando vi ela sentada de mau jeito na cama. Ela dormia profundamente com o notebook ainda no colo. Suspirei ao ver que mal passavam dá uma da manhã.

Com cuidado pra não acordá-la fechei o notebook e coloquei em cima da mesinha. Voltei a encará-la e com as costas da mão acariciei o contorno do rosto dela. Ela estava tão indefesa, tão linda dormindo como um anjo que eu não resisti e a beijei.

Anahí acordou na hora e gemeu em protesto enquanto fechava os punhos e tentava me empurrar. Aquilo só me motivou ainda mais. Forcei minha língua entre os lábios dela completamente ensandecido. Eu precisava sentir o gosto dela outra vez, estar dentro dela de alguma forma, só assim conseguiria acalmar a parte de mim que estava enlouquecendo e definhando longe dela.

Com os dois braços envolvi sua cintura sem parar de devorar os lábios dela e a puxei forçando-a a deitar na cama. Ela chutou e me bateu, mas eu segurei os braços dela e imobilizei suas pernas com as minhas, afastando-as.