Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

“Vocês não tem ideia do quanto!”, completei por pensamento.

- Vou tirar o dia de hoje e o de amanhã pra descansar, Christian vai ficar na empresa cuidando das coisas por mim, desconfiamos, mas não temos certeza de quem fez isso. - dei de ombros.

Meu pai assentiu pensativo e me encarou.

- Você parece mais animado desde a última vez que nos vimos.

Sorri assentindo e ouvi um barulho lá de cima. Quando olhamos meu pai sorriu e ficou de pé.

- Anahí querida, venha cá.

Anahí abaixou a cabeça envergonhada, mas desceu as escadas apenas de roupão pra cumprimentar Débora e meu pai. Eu sorri sem tirar os olhos dela. Definitivamente Anahí era meu melhor remédio.

- Acho que agora entendi porque o Alfonso está com essa cara... Como esta filha? - meu pai sorriu a encarando.

- Bem, senhor Herrera. - ela sorriu sem graça.

Débora a cumprimentou sendo simpática como sempre e Anahí sorriu sem jeito parando ao meu lado. Não resisti e a abracei. Era difícil ficar perto dela e não tocá-la agora que havíamos voltado. Foi difícil tê-la perto de mim tantas vezes e não poder abraçá-la, beijá-la...

- Pelo visto vocês voltaram. - meu pai sorriu.

- Sim! - dei um sorriso de orelha a orelha e abracei Anahí com força.

- Então a carta deu certo? - Débora sorriu.

- Não só a carta, foram preciso outras coisas né meu amor? - sorri a encarando e Anahí sorriu sem jeito.

- Imagino quais foram as outras coisas... Fico feliz de vê-los juntos de novo. - meu pai sorriu. - Eu já sabia que você seria minha nora Anahí, falei isso pro Alfonso e disse pra ele ter paciência... Que bom que voltaram.

- Obrigada! - Any sussurrou ficando vermelha.

- Bom acho que podemos ir querida, Alfonso está nas melhores mãos possíveis. - meu pai piscou pra gente.

Soltei Anahí pra que ela pudesse se despedir do meu pai e de Débora.

- Alfonso outra hora conversamos sobre o que houve ok? Por enquanto descanse e aproveitem. - sorriu.

- Valeu pai. - o abracei me despedindo.

Anahí se despediu de meu pai e Débora e quando fechei a porta ela se jogou no sofá.

- Ai meu Deus que vergonha, o que seu pai deve ta pensando de mim?

- Que você é a melhor coisa pro filho dele... Bastou você chegar perto e eu me senti melhor... Eu odeio hospitais e a sua presença me acalmou e me ajudou a ter uma boa noite de sono... Só você faz isso comigo Any. - segurei as mãos dela e as beijei.

Anahí sorriu derretendo-se toda e me abraçou. Ela ainda não havia dito que também me amava, mas eu não tinha pressa. Havia dado à ela tempo pra pensar na gente e voltar pra mim. Daria tempo à ela então pra se sentir segura e se declarar.Eu era um homem de paciência e esperar por ela era algo que valia a pena.

Anahí

Foram os gemidos que me acordaram não lembro quanto tempo depois. Devo ter cochilado no sofá em algum momento. Estava abraçada com Alfonso e vi que ele estava inquieto, os gemidos vinham dele.

- Não faz nada com ela... Já perdi minha mãe porra, o que mais você vai tirar de mim?

- Alfonso. - toquei o rosto dele e vi que a febre tinha voltado.

- Any... Não faz nada com a Any. - ele tremeu.

Pisquei atordoada não entendendo o que ele estava sonhando, mas sabendo que era envolvendo eu e a mãe.

- Poncho ta me ouvindo, eu to aqui... Eu vou cuidar de você, fica calmo. - acariciei seu rosto.

Me levantei do sofá pra buscar mais cobertas no quarto.

- Não, fica aqui. - ele segurou meu braço.

- A febre voltou preciso pegar mais cobertas pra você. - respondi preocupada.

- Fica aqui. - ele me segurou com mais força. - Por favor, Any. - ele gemeu.

Como eu ia sair de perto com ele daquele jeito. Voltei pro sofá e Alfonso me abraçou com força quase me sufocando. Acariciei os braços dele numa tentativa inútil de ajudá-lo a se aquecer.

- Fica aqui Any... Any, fica aqui... Não vai embora.

- Eu to aqui, não vou sair daqui prometo. - entrelacei meus dedos nos dele.

Alfonso continuou falando meu nome até finalmente relaxar e dormir. Tentei me mexer pra buscar cobertores e remédios, mas era só eu me mover que ele me abraçava com força. Parecia que ele sabia.

Alfonso

Aquele pesadelo tinha fodido minha cabeça. Além de voltar a sonhar com a morte da minha mãe, havia sonhado que o assassino da minha mãe era o mesmo que o do pai de Anahí. Portanto no sonho o maldito Najera aparecera e não assassinara só minha mãe diante dos meus olhos, mas Anahí também.

Acordei sem febre e percebi que Anahí havia dormido. Fechei os olhos deixando o perfume e a presença dela me acalmar. Com um cuidado extremo sai do sofá e fui até a cozinha preparar um lanche.

Quando voltei Anahí ainda dormia. Não resisti e acariciei seu rosto.

Ela acordou assustada e me encarou, vi o alivio tomar conta do seu rosto ao ver que eu estava melhor.

- Sua febre abaixou? - ela tocou meu rosto.

- Sim, graças a você estou melhor. - segurei a mão dela e depositei um beijo.

- Você teve um pesadelo? - ela sentou no sofá e sentei ao lado dela.

- Sim, mas esquece isso... Pelo menos por enquanto... Fiz um lanche pra gente. - trouxe a bandeja pra perto.

Anahí sorriu e me deu um beijo no rosto.

- Que bom que esta melhor.

- Foi sua presença quem me ajudou...Me desculpe se assustei você. - respondi arrependido.

- Você não me assustou. - ela sorriu me olhando.

- Fiquei com medo de você ir embora como fez daquela vez. - respondi incomodado com minha insegurança.

- Aquela vez eu fui embora porque você tinha omitido coisas importantes de mim... Mas eu juro pra você que eu não vou mais sair correndo... Esses dias longe de você, o que aconteceu na galeria, só me fizeram ter certeza do que eu quero... Poncho tem ideia de como eu fiquei com medo de perder você? - o olho dela começou a brilhar pelas lágrimas que ameaçavam surgir.

- Tenho... Porque também fiquei com medo de perder você. - acariciei o rosto dela. - Você é a minha vida Any.

- E você a minha Poncho... Eu te amo!

Petrifiquei onde estava e fiquei encarando-a sem acreditar.