Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Olhei pra trás e vi que o cara continuava me encarando com um sorrisinho desdenhoso no rosto. Quando olhei pra frente de novo dei de cara com Alfonso que tinha acabado de sair da recepção.

- Aqui estão as cha... Por que essa cara? - ele estreitou as sobrancelhas.

- Nada! - nervosa, coloquei uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

- Aquele cara estava incomodando você? - ele olhou pra trás de mim e vi seu rosto passar de relaxado pra furioso em meio segundo. - O que ele disse pra você? - me encarou.

- Me chamou pra um encontro, mas eu recusei. - não consegui esconder a verdade com Alfonso me encarando com aquele jeito de quem diz: “ou você fala ou vou perguntar pra ele”.

Alfonso cerrou os punhos e com uma fúria que eu não tinha visto ainda foi na direção do cara.

- Se você se atrever a dar em cima da minha namorada outra vez eu arrebento você.

O rapaz o encarou assustado e levou um segundo pra entender.

- Me perdoe eu não sabia...

- Mas agora você sabe e se quiser continuar vivo acho bom ficar bem longe dela. - ele exigiu furioso chamando a atenção das pessoas na recepção. - Vamos Any. - se virou pra mim e me puxou pela mão.

O cara com as malas veio atrás de nós e entramos no elevador num silêncio esmagador. Alfonso segurava minha mão com força.

As portas do elevador se abriram e ele me puxou pela mão ainda sem me soltar. Abriu a porta, o cara da malas entrou, largou tudo num canto perto da porta e saiu sem abrir a boca.

Fiquei sozinha na suíte presidencial com uma versão desconhecida e furiosa do Alfonso sem saber o que fazer. Será que ele estava furioso comigo achando que eu tinha dado trela para aquele cara?

- Pode me soltar, por favor?! - ofeguei sentindo minha mão latejar.

Alfonso me soltou e foi pra perto da cama, parecia um animal furioso e enjaulado.

- Ta bravo comigo? - perguntei com a voz amedrontada e embargada, eu não queria estragar nossa viagem que havia acabado de começar.

- Claro que não, to furioso comigo e com aquele imbecil que se atreveu a olhar pra você.

- Ele não sabia... E por que ta furioso com você?

- Porque eu nunca perco o controle Any e agora me sinto descontrolado com vontade de voltar para aquele hall e arrebentar aquele idiota... O que você ta fazendo comigo? - ele se aproximou parecendo desesperado.

- O mesmo que você faz comigo? - dei de ombros me sentindo perdida.

Alfonso me beijou com força, seus dentes batendo nos meus e minhas pernas amoleceram no mesmo momento em que minhas costas bateram na parede. Alfonso me pegou no colo sem parar de me beijar e me deitou na cama, mas não fez amor comigo como eu pensei.Ficou me enchendo de beijos e abraçado comigo. Senti o coração disparado dele se acalmar aos poucos e nós dois acabamos pegando no sono de novo.

Acordei sozinha na cama sem sinal de Alfonso. Quando me sentei notei o bilhete do meu lado.

“Vista a roupa que está separada em cima da cadeira e venha se encontrar comigo. Uma pessoa na recepção estará te esperando para te levar até onde estou.

Com todo meu amor, A.”

Pisquei atordoada e encarei o vestido e a sandália de salto baixo que me esperavam.

Desci até a recepção quase uma hora depois de banho tomado, cabelos arrumados, maquiada e vestida com a roupa que Alfonso separara.

- Senhorita. - um rapaz se aproximou com um sorriso simpático. - O senhor Herrera me deu ordens pra leva-la até ele.

- E aonde vamos?

- Desculpe senhorita, mas é surpresa... Está pronta?

Assenti intrigada e curiosa e acompanhei o rapaz até uma limusine preta. Caramba Alfonso não fazia nada pela metade, constatei entrando no luxuoso automóvel.

Chegamos a uma praia totalmente deserta e escura devido à noite que já caia. O cara da recepção que tinha vindo dirigindo abriu a porta pra mim. Quando desci vi um tapete vermelho cobrindo parte da areia.

- É só seguir por ali. - apontou o tapete.

Puxando a aba do quepe que ele usava, o rapaz sorriu e entrou na limusine. Respirei fundo e me mexi. Segui pelo tapete e após passar por algumas pedras que escondiam a vista da rua vi Alfonso.

Meu queixo quase caiu outra vez ao vê-lo de terno, sem a gravata, numa postura mais relaxada combinando com a idade que ele tinha. Ele estava lindo, de tirar o fôlego e não consegui conter o sorriso que quase partiu meu rosto em dois.

Atrás dele haviam quatro pilares de madeira sustentando uma tenda branca, com chão de madeira, velas e uma mesa de madeira baixa com pufes. Adorei aquilo tudo, era simples, sofisticado e perfeito, assim como ele.

- Você está linda! - ele segurou minha mão e beijou quando cheguei perto.

- Você então... - sorri sem fôlego. - Como fez pra não chamar a atenção das pessoas?

- Mandei fecharem dois quilômetros da praia só pra nós dois. - ele sorriu.

Fiquei de boca aberta sem reação. Ele disse aquilo como quem diz que foi buscar sorvete na esquina.

- Poxa você é pior do que eu pensava. - sorri pasma.

Alfonso sorriu fazendo minhas pernas virarem duas gelatinas, uma pessoa devia ser presa por desestabilizar tanto alguém com apenas um sorriso. Não era a toa que ele conseguia tudo que queria.

- Eu concordei em até de não trazer seguranças apenas pra ficar a sós com você. - ele sorriu lembrando do pedido que fiz à ele no meu apartamento enquanto fazia as malas.Já que era pra ser uma viagem pra gente, nada de homens de preto por perto. - Tive que repetir a dose com esse jantar.

Sorri totalmente hipnotizada. Alfonso tirou um controle do bolso do paletó e apertou um botão, uma música suave começou a tocar.

- Me concede essa honra? - ele fez uma reverência como se estivemos no século 18.

Ri concordando e peguei na mão dele. Alfonso me trouxe pra dentro da tenda e senti o som dos meus sapatos contra a madeira.