Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Eu só liguei pra contar pra vocês, pra que não se preocupem e pedir que não avisem nem minha mãe, nem o Juan tudo bem? Não quero que se preocupem.

- Eu entendo, pode ficar tranquila que não vamos contar nada.

- Ok obrigada... Eu vou ficar morando com o Alfonso e Maite com o Derrick, por questão de segurança, você conhece o jeito do Poncho né? Mas pode deixar que eu aviso minha mãe da mudança.

- Tudo bem eu vou falar com o Ucker, graças a Deus não ouve nada. - ela suspirou do outro lado.

Senti a presença de Alfonso na cozinha antes de me virar pra vê-lo.

- Obrigada Dulce... Eu vou desligar, afinal já é meio tarde da noite e eu to cansada.

- Ok Any eu explico tudo pra ele, boa noite.

- Boa noite. - respondi e desliguei. - E o Christian? - perguntei a Alfonso colocando o celular na bancada.

- Já foi. - ele se aproximou e puxou minhas mãos envolvendo minha cintura em seguida. - Você esta bem? Parece calma demais comparada ao estado que estava quando saímos do seu apartamento.

- Acho que a confusão ainda não me deixou entrar em pânico. - suspirei. - Ouvi sem querer você e Chris conversando, é certeza de que foi o Felipe quem fez aquilo? - o encarei com medo.

- Você conhece mais alguém que poderia fazer uma ameaça dessas pra você? - me olhou nos olhos e neguei.

- Eu ouvi você dizer que vai aumentar as medidas de segurança, do que estava falando?

- Eu ia conversar com você sobre isso amanhã, não quer ir pra cama descansar?

- Acho que minha curiosidade venceu meu cansaço. - respondi e Alfonso esboçou um sorriso, também estava cansado.

- Você vai ter que manter o motorista para te levar a todos os lugares, concordar em ter um rastreador no seu celular e um segurança que a acompanhe a lugares como: salão de beleza, passeio no shopping com as amigas, caminhadas que costuma fazer, compras...

- Ou seja, pra tudo. - completei e Alfonso assentiu.

- Você só estará sem os seguranças e o motorista quando estiver comigo... Fora isso...

Assenti abaixando a cabeça. Aquilo significava que eu perderia praticamente toda a liberdade, a qualquer lugar que eu fosse teria uma pessoa me espiando, tomando conta de mim.

- É realmente necessário tudo isso? - perguntei e Alfonso assentiu.

- Não faço isso pra vigiar você, é tudo pela sua segurança, juro que se não fosse necessário eu não pediria isso... Você vai poder fazer tudo o que quiser, a diferença é que terá uma pessoa acompanhando você de longe ou de perto... Em alguns momentos até quando estiver comigo.

- Tudo bem! - suspirei assentindo e de repente me senti exausta.

- Obrigado. - ele sorriu aliviado e segurou meu rosto entre as mãos me beijando. - Eu mataria qualquer um que tentasse machucar você... Você é minha prioridade Any.

- Eu sei e prometo que vou tentar colaborar e me acostumar com tudo isso. - suspirei.

- Não querendo te pressionar ainda mais, mas... Facilitaria as coisas se aceitasse se casar comigo. - pisquei pra ele não entendendo. - Vou explicar... Se Felipe e todas as outras pessoas soubessem que você vai se casar comigo, que você esta noiva do dono de uma das melhores empresas de segurança do país, ex-melhor atirador da sua equipe de polícia, ficariam com medo de se meter com você... Isso poderia afastar o Felipe e qualquer ameaça.

- Então você se casaria comigo apenas pra afugentar o Felipe?

- É claro que não, estou querendo que você use esse argumento para aceitar se casar comigo... Quero me casar porque te amo e quero ficar com você pelo resto da minha vida, não preciso de desculpas.

- Será que... Podemos falar disso outra hora?

- Tudo bem meu amor... Como esta seu pé? - perguntou e fiquei surpresa como ele mudou de assunto tão rápido.

- Bem... Estou tomando os remédios e não esta doendo, só incomoda pra apoiar no chão.

- Então acho melhor agora a senhorita repousar. - sorriu e me pegou no colo.

Eu ri enquanto Alfonso nos tirava da cozinha e subia na direção dos quartos. Quando entramos ele tirou uma de suas camisas do armário e me ajudou. Eu vi o sorriso sacana nos lábios dele quando fiquei só de calcinha.

- Se o dia não tivesse sido tão cheio e estressante e se não estivéssemos cansados, você não iria dormir agora.

Sorri vestindo a camisa dele e o puxei pela mão. Deitamos na cama e Alfonso me abraçou por trás.

- Boa noite meu amor! - sussurrou beijando meus cabelos.

- Boa noite meu amor! - retribui fechando os olhos.

Alfonso

Acordei de madrugada com a cama vazia e estranhei a ausência de Anahí. Sai da cama e desci as escadas chamando por ela. Me assustei quando cheguei na sala e encontrei Anahí chorando sentada no chão ao lado da janela.

- Meu amor, o que foi? Outro daqueles pesadelos?

- Agora eu sei porque você tinha tanto medo de me contar a verdade... Você tinha medo que eu te odiasse, como agora eu tenho medo de que você me odeie. - ela me encarou soando apavorada.

- Meu amor do que você ta falando? Eu não entendo... Desde que voltamos você tem esses pesadelos quase todas as noites.

- E vou continuar tendo enquanto não me livrar dessa culpa, desse remorso... Não posso exigir que você seja honesto comigo se eu não fizer o mesmo com você. - soluçou.

- Do que você ta falando Any? - a encarei totalmente perdido.

- Eu menti... Pra polícia, pra minha mãe,  pra você, menti pra todo mundo... Meu pai não morreu do jeito que eu contei. - ela me encarou nos olhos me deixando ainda mais confuso.

Anahí

Alfonso me puxou pelos ombros e me abraçou. Envolvi os braços em torno do quadril dele soluçando e tremendo. Era a primeira vez que eu falaria daquilo pra alguém. Por mais de 10 anos eu fiquei calada, mas eu não podia mais com aquilo. Eu andava sonhando todas as noites com a morte do meu pai porque sentia culpa. Era culpada pela morte dele e por nunca ter contado a verdade pra ninguém. Até essa noite.

- Vem cá. - Alfonso sussurrou beijando o topo da minha cabeça e me levou pro sofá.

Ele sentou na minha frente e mais lágrimas transbordaram ao imaginar mil reações. Será que ele me julgaria, me odiaria, sentiria nojo de mim quando soubesse do que eu fiz?

- Por que disse que mentiu?

- Poncho você precisa entender que eu era uma menina imatura, mimada e idiota naquela época... Por favor, não me julga pelo que eu era. - apertei as mãos dele.