Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

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Posicionei o taco e me inclinei sobre a mesa.

- Você ta muito quieto hoje algum problema?

Estreitei os olhos encarando a bola de número 02 bem próxima ao buraco. Impulsionei o taco, mas errei, ao invés da bola entrar ela foi pro lado se afastando do buraco.

- Parece que alguém está com problemas. - meu pai suspirou.

- Só estou com a cabeça cheia de problemas... Sai de casa pra espairecer um pouco, sua vez. - apontei.

Meu pai se inclinou e mirou, pela posição da bola eu soube que ele acertaria.

- Me conta o que houve. - insistiu e num golpe certeiro encaçapou a bola 03.

- Pedi Anahí em casamento. - respondi num suspiro.

- Jura?! - ele sorriu surpreso e com maestria encaçapou mais uma bola.

- E ela disse não! - resmunguei amargurado.

Meu pai começou a rir e isso o fez errar a jogada. Achei aquilo pouco pra ele e o encarei furioso não achando graça nenhuma naquilo.

- Qual é a piada? - larguei o taco parando de jogar.

- Ai filho... Anahí é bem mais sensata que você. - ele negou com a cabeça com um sorriso nos lábios e também largou o taco ficando ereto.

- Achei que quisesse nos ver casados. - reclamei.

- E eu quero... E tenho certeza que ela ama você e você vai convencê-la do seu jeito a aceitar. - meu pai respondeu.

- Queria que ela tivesse dito sim na hora... Eu preparei tudo com tanto cuidado, pai eu nunca quis fazer um pedido desses pra alguém antes e eu queria que fosse perfeito... Por que ela recusou? - o encarei perdido.

- O óbvio filho, vocês se conhecem a três meses e você já a convenceu a morar no se apartamento, voltou a insistir nessa ideia e a pediu em casamento... Você ta indo rápido demais e ela se assustou.

- Eu a quero pra mim pai... Quero que ela seja minha de todas as formas e que todo mundo saiba disso... Sem contar que vou conseguir protege-la melhor se ela estiver morando no meu apartamento e todo mundo souber que está casada com o cara da segurança... Isso vai espantar quem quer que a esteja ameaçando.

- Realmente você é pior ou igualzinho à mim, também pedi sua mãe em casamento, cedo demais na opinião dela, mas estávamos juntos a 08 meses e ela também quis esperar.

- Mas ela disse sim.

- E Anahí vai dizer sim também... Só deixe ela se acostumar com a ideia e tente não pressioná-la... Não é fácil se casar com um Herrera filho, ainda mais quando ele é um CEO conhecido... Muita gente pode se opor à esse casamento e pensar mal dela... Esse pode ser um dos motivos que a esta deixando apreensiva.

- Como você entende tão bem as mulheres? - cruzei os braços.

- Conversava muito com a sua mãe e converso muito com a Débora, assim fica mais fácil de entende-las... E sua mãe sentiu a mesma coisa, ela tinha medo dos nossos pais serem contra e achar que ela estava grávida.

- Não pensei por esse lado. - suspirei.

- Tente ter paciência.

- Mas eu sou paciente! - me defendi ofendido.

- Com os negócios filho, mas quando se empolga ou quer muito alguma coisa você se torna extremamente ansioso e competitivo... Sei que seu relacionamento com Anahí é totalmente novo, mas vai com calma.

- Ok! - suspirei assentindo. - Agora chega de conversa porque eu vou acabar com você. - peguei meu taco de volta e me posicionei.

- Não tente ensinar o professor filho. - meu pai debochou.

Ri e consegui encaçapar a bola de número 10. A partida com meu pai foi acirrada e muito divertida, deu muito trabalho conseguir encaçapar todas as bolas e ainda por cima a número 15. Mas no final eu venci através de uma jogada de sorte, segundo meu pai.

Anahí

Acordei me sentindo melhor, como se uma tonelada de concreto tivesse sido tirado do meu peito. Saber que Alfonso conhecia toda a verdade e mesmo assim me aceitava me deixava extremamente aliviada.

Sentei na cama e encontrei um bilhete, sabia que era dele antes mesmo de ler.

Meu amor, aproveite o dia pra descansar.
Vou cuidar de algumas coisas, mas prometo que não vou demorar, te amo.

A.

Sorri me levantando na cama, fui até o banheiro e desci até a cozinha sentindo meu estomago roncar. Prendi meus cabelos num coque frouxo e comecei a preparar meu café. Quando estava quase terminando de limpar tudo, me virei e vi Alfonso encostado no batente da porta, com os braços cruzados e sorrindo pra mim.

Meu sorriso de volta foi espontâneo e inevitável. Senti minhas bochechas queimarem pelo jeito como ele estava me olhando. Eu sabia que o provocava quando vestia apenas uma de suas camisas.

- Pelo jeito alguém acordou bem disposta. - ele desencostou da porta e se aproximou.

Assenti sentindo a garganta seca e um frio que começou na barriga percorrer todo meu corpo.

- Graças a você. - consegui responder e engoli seco.

Fazia pouco mais de três meses que estávamos juntos e ainda me sentia como na primeira noite que nos conhecemos. Bastava Alfonso me encarar pro meu coração disparar, minhas mãos soarem e aquela antecipação e ansiedade tomarem conta de mim. Será que seria sempre assim? Ele chegar perto de mim e eu me desestabilizar inteira, ficar totalmente vulnerável e entregue para que fizesse comigo o que quisesse? Sinceramente, do fundo do coração eu esperava que sim, que essa mágica, essa conexão entre a gente nunca acabasse. Que se possível ela ficasse cada dia mais forte.

- Que bom! - ele sussurrou com os lábios perto dos meus acariciando meus braços.

- Poncho! - sussurrei fechando os olhos, mais um pouco e minhas pernas não iam mais dar conta de me manter em pé.

Devia ser proibido alguém ter tanto poder assim sobre alguém. Mas o que ele fez por mim na noite passada, o jeito como ficou do meu lado parecia que havia feito eu me apaixonar ainda mais, se é que isso é possível. Agora seu pedido de casamento parecia desnecessário de aceitar porque eu já pertencia à ele de todas as maneiras possíveis e mostraria isso à ele.