Fanfic: ♥ Irresistível - O Caso Portillo ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- O que foi meu bem?

- Mãe preciso contar uma coisa muito séria pra senhora. - respirei fundo.               

- Hei o que foi? - ela me olhou preocupada. - Por que está tão nervosa? - sorriu.

Prendi o ar e encarei a bolsa em cima da mesa, covarde resolvi dar a notícia boa primeiro.Me levantei e abri minha bolsa tirando a caixinha de veludo de dentro. Voltei pra perto da minha mãe e abri a caixinha na frente dela. Eu não estava usando o anel porque não queria que ela desconfiasse de algo.

- Nossa filha que anel lindo! - exclamou tocando as pedras com as pontas dos dedos. - São diamantes né?

- Sim... Alfonso quem me deu! - sorri mordendo o lábio.

- Desconfiei, mas o que deu nele pra te dar uma joia tão rara e preciosa. - ela olhava pra mim e o anel admirada.

- É um anel de noivado mãe, Alfonso e eu vamos nos casar. - respondi e ela me encarou arregalando os olhos.

- Se... Se casar? - perguntou incrédula e eu assenti. - Mas... Mas vocês estão juntos a poucos meses.

- Eu sei mãe, mas... A gente se ama, nosso fim é o casamento, seja agora, daqui um ano ou dois. Eu sou muito grata à senhora por tê-lo colocado na minha vida, ele é o melhor presente que a senhora indiretamente me deu.

- Oh querida. - ela acariciou meu rosto. - Eu fui muito tola em não sacar que isso logo aconteceria, ainda mais quando vocês apareceram de surpresa. Você e Alfonso são dois adultos independentes que se amam enlouquecidamente. Eu tenho certeza que serão muito felizes! - sorriu.

- Obrigada mãe, é muito importante pra mim você me apoiar. - a abracei com força.

- Como não vou te apoiar se tudo que eu quero é te ver feliz? - ela acariciou meu cabelos e eu me afastei enxugando o rosto. - Por isso estava tão nervosa? Achou que eu seria contra o casamento de vocês?

- Não, no fundo eu sabia que a senhora ficaria feliz, afinal você adora o Poncho. - sorri.

- Então se não era isso o que estava preocupando você? - ela estreitou as sobrancelhas.

Me levantei enxugando o rosto e fiquei de costas pra ela.

- Mãe tem... Uma coisa sobre a morte do meu pai... Que eu nunca contei pra senhora. - virei de frente pra ela.

- Sobre seu pai? Do que você ta falando filha?

- Ele não morreu exatamente como eu contei. - respirei fundo.

- Morreu como? Anahí do que você ta falando? Me diz o que foi que aconteceu com seu pai. - ela se levantou.

- É melhor a senhora se sentar. - a levei pro sofá e a contragosto ela se sentou. - E fica calma.

- Como você quer que eu fique calma depois do que você me falou?

- Eu vou explicar. - tentei acalmá-la.

Contei pra ela exatamente o que contei pro Alfonso. Falei do pedido indireto de namoro do Felipe, de ter zombado e depois discutido com ele e da ameaça que ele havia me feito. E principalmente contei da tentativa de estupro e que meu pai só morreu por causa do maldito telefonema que eu dei à ele e por tentar me defender.

- Me perdoa mãe. - implorei quando terminei de contar tudo. - Eu não devia ter ligado pra ele me buscar, não devia ter provocado o Felipe, eu era uma estúpida egocêntrica, me perdoa.

- Você não teve culpa de nada. - ela me encarou também chorando e suas palavras me surpreenderam. - Você era uma criança e aquele desgraçado um bandido. Mas porque você não me contou tudo na época?

- Eu tinha medo mãe, achei que eles pudessem me prender, que o Felipe podia dar um jeito de me culpar. E eu não queria que a senhora me chamasse de assassina. - confessei.

- Não repita isso você não é uma assassina, nunca foi. - ela segurou meu rosto e me olhou nos olhos.

A abracei com força mal acreditando que ela não tinha me culpado de tudo.

- Obrigada mãe, não sabe como eu tive medo de você me culpar do que houve.

- Eu nunca faria isso meu amor, nunca. - ela acariciou meu rosto. - Eu só queria que você tivesse compartilhado isso comigo na época e não passado anos sofrendo em silencio.

Uma batida na porta nos interrompeu e Marichello pediu que a pessoa entrasse. Alfonso surgiu com uma aparência cautelosa e preocupada no rosto.

- Tudo bem?

Assenti ficando de pé e enxuguei o rosto.

- Sim. Minha mãe já está sabendo de tudo. Do nosso noivado e do meu pai.

- Ele já sabia? - Marichello me encarou surpresa.

- Sim e me deu total apoio pra eu contar pra você também. - a encarei e estendi a mão entrelaçando meus dedos nos do Alfonso.

- Any tinha muito medo da sua reação, mas como eu já previra seus medos não tinham fundamento. - ele me abraçou e beijou meus cabelos.

- Ela não teve culpa, Felipe já odiava o Henrique há muito tempo, seu pai sempre me falava das ameaças que ele e a gangue dele faziam. Você não precisava ter sofrido sozinha todos esses anos.

- Eu fiquei com medo. - respondi e Alfonso me abraçou com ainda mais força.

- Mas agora já passou meu amor e não quero falar de todas essas coisas tristes. - ela respirou fundo. - Eu só quero dar os parabéns aos dois pelo noivado. - ela sorriu.

Alfonso me soltou mais relaxado.

- Foi difícil convencê-la. - ele sorriu pra mim com ternura.

- Eu imagino. - ela brincou.

- Mas no fim ela cedeu e agora estamos oficialmente noivos. - sorriu orgulhoso.

- Meus parabéns, fico feliz em saber que minha filha encontrou um homem que a ama e sempre vai cuidar dela.

- Isso você pode ter certeza Marichello, sua filha é tudo pra mim. - ele respondeu sério e envolveu minha cintura. - E eu serei eternamente grato por você ter me mandado aquele e-mail.

- Eu que agradeço, você também vale muito pra ela. - sorriu.

- É mesmo? - ele brincou me encarando.

- Bobo! - dei uma cotovelada em suas costas enquanto sentia meu rosto pegar fogo.

Alfonso

Depois de me certificar de que tudo estava bem discretamente sai do escritório e deixei as duas conversando. Voltei pro quarto e fiquei checando alguns e-mails. Minha equipe voltaria hoje de Londres e Christian se encarregara de recebê-los. Não sei por quanto tempo fiquei trabalhando e só parei quando meu celular tocou.

- Miguel?! - atendi estranhando que justo ele estivesse me ligando.

- Oi senhor, liguei pra avisar que acabamos de chegar e ocorreu tudo bem.

- Perfeito, Christian vai encontrá-los e levá-los pra empresa, de lá vocês estarão dispensados.

- Achei que o senhor viria nos encontrar.

- Sim, mas estou em Juarez.

- O senhor viajou pra Juarez? - ele perguntou e estranhei o tom acusatório.

- Sim, vim com minha noiva para cá, algum problema?

Miguel ficou em silêncio por alguns segundos e estranhei bastante.