Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Hoje era a noite do jantar em família. Era à noite em que meu pai chegava mais cedo do trabalho para a família se reunir. Tinha que confessar que até que era divertido. Depois da sobremesa, fomos assistir o nosso seriado favorito: House.

Eu amava House. O seu sarcasmo era uma inspiração para mim. Adorava o jeito que ele interagia com as pessoas. Um jeito bastante equivocado e errado nas maiorias das vezes, porém, era fascinante.

Os meus pais estavam sentados um ao lado do outro. Minha mãe estava aninhada no meu pai que a acolhia com um braço por volta do seu corpo. Eu os admirava. Anos de casamento e ainda assim, eram namorados. Eu podia ver o brilho nos seus olhos quando se olhavam... O mesmo brilho que Dulce me olhou mais cedo.

Fiquei um tempo olhando para os meus pais, a maneira em que eles se comportavam, ás vezes, davam um selinho. Eu não ficava constrangida com isso. Alguns filhos ficam com a demonstração de carinho dos seus pais. Eu não. Eu adorava, até. Era sinal que o casamento estava bem.

Minha atenção foi cortada quando o meu celular vibrou. Era um SMS. Estranhei. Meu Deus, quem era nesse século que mandava SMS? Deveria ser operadora.

Encontro-me. St. Louis Street. Apartamento 2C. D.

Franzi o cenho em dúvida. Será que era pra mim mesmo? Então, vi o “D” no final da mensagem... Muito especulativo. Será que era a Dulce?

“O que foi, filha?” Perguntou Marichelo, me olhando.

“É... O Alfonso. Ele quer que eu encontre com ele”. Menti, com os olhos fixos ainda no celular.

“Ele não sabe que hoje é a noite da família?”. Perguntou o meu pai.

“Sabe, mas vocês sabem como Alfonso é... Ele não iria atrapalhar se não fosse alguma coisa séria.”. Me levantei. “È melhor ir encontra-lo”.

“Não pode esperar pra amanhã, Anahí?” Perguntou minha mãe.

“Não, mãe. Bem, tem algum problema para vocês? Prometo que compenso em outro momento”.

Os meus pais adoravam o Alfonso, então, sabia que não seria nenhum problema. Eles se entreolharam, e meu pai falou. “Tudo bem, mas digo a ele, que está entrando em nossa lista negra por nos tirá-la em nossa noite”. Seu tom de voz era sério, apesar que seu rosto estava relaxado.

“Pode deixar, direi. Bye”.

“Onze horas em casa, mocinha”. Alertou minha mãe.

Olhei no horário do meu celular... Era quase oito horas. Tinha tempo suficiente, se eu não fosse assassinada. Que pensamento horrível, mas não tinha como não pensar em outra coisa. Eu deveria ter respondido a mensagem, não?

Peguei a chave do carro, coloquei o celular no bolso e fui para o carro. Eu estava exatamente do jeito que estava em casa: Short, regatinha e chinelo. Meu cabelo estava preso e com a cara limpa. Se fosse realmente a Dulce, ela iria se decepcionar ao não me ver tão produzida.  Bateu a insegurança. E se ela me achasse feia?

Parei o carro na coordenada da rua, em frente ao apartamento. Indecisa se iria ou não.

“Vamos lá Anahí. Você não é covarde. Nunca foi”. Disse pra mim mesma, retirando o cinto.

Antes de descer, olhei para meu reflexo no retrovisor. Dei umas palmadinhas em minhas bochechas que estava um pouco pálida.

“Ok. Certo”. Sai do carro, fechei a porta e fui até a portaria. Procurei o número do apartamento e apertei o botão, dizendo em seguida. “É Anahí”. Falei receosa. “Me man...” antes de eu terminar de falar, a porta foi liberada. “Ok”.

O prédio era charmoso até. Tinha que admitir. Subir as escadas, porque não tinha elevador, e sai procurando nas portas a numeração do apartamento, até que encontrei. Bati na porta e esperei.

Não demorou muito para se abrir. Eu estava nervosa, quando vi a Dulce, o meu nervosismo aumentou mais ainda, ao invés de melhorar.

“Não te ensinaram que é perigoso se encontrar com estranhos?”. Ela disse e seu semblante era sério.