Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV DULCE

Caminhei por alguns minutos na floresta densa. Alguns matos roçavam em minhas pernas e me cortavam, mas eu me sentia furiosa demais para me importar com qualquer dor ao não ser a dor que parecia cavar o meu peito. Depois de andar um pouco e me sentar em um tronco caído que dava a visão para o lago iluminado pela lua, comecei a pensar sobre o que tinha acontecido. Os ânimos foram se acalmando e eu fui percebendo a minha incoerência e a gravidade do acontecimento.

O arrependimento bateu em minha porta como avalanche, senti-me afundada pelas minhas próprias atitudes. Eu tinha sido uma tremenda boboca e Anahí não merecia aquilo, deixei os meus ciúmes sufocarem a minha razão e acabei magoando a mulher que mais amo nessa vida. Deus. O que eu tinha na cabeça?

Juntamente com o arrependimento, me veio o medo e a culpa. Se a Anahí não me perdoasse? Durante o nosso relacionamento, ela sempre me pediu para ter calma, para não perder o controle e eu fiz exatamente diferente. Eu ficava treslouca de ciúmes, o meu medo de perder a Anahí, matava a minha razão. Eu estive aguentando por semanas esse seu novo trabalho, suportei calada a sua aproximação de Maite. Aquela mulher não me engana, eu sei do seu desejo pela Anahí, está estampado em seu rosto sem nenhuma máscara, mas a Anahí era muito inocente nesse aspecto.

Fiquei com tanto medo que Maite roubasse a Anahí e acabei deixando-a livre para a mesma. Grande me\rda que fiz. Senti as lágrimas quente em meu rosto, fiquei curtindo o meu choro por um tempo.Tomei mais alguns goles de minha bebida até secar a garrafa. Coloquei a garrafa do meu lado, a minha visão estava embaçada e minha cabeça rondava consideravelmente. Minha vontade era de pegar o meu carro e ir até a casa de Anahí, porém, minhas condições motoras afetadas pelo álcool impedia isso.

Levantei-me e cambaleei até o chalé, tive um pouco de dificuldade, pois os meus pés não queria obedecer aos meus comandos. Entrei no chalé e fechei a porta, depois ligaria para minha faxineira vir limpar toda a bagunça. Deitei-me no sofá e tirei o meu celular do bolso, eu tentava desbloquear a tela, mas sem sucesso, depois de muito tentar, fui vencida pelo cansaço e dormir.

Acordei no outro dia com o toque do meu celular, meu primeiro pensamento é de que era Anahí, porém, quebrei a cara. Atendi sem reconhecer o número, fiquei surpresa ao constatar que era uma amiga de faculdade que estava em Rosewood e queria almoçar comigo. Aceitei o convite e olhei no relógio. Merda! Já era quase uma da tarde e marquei com a Amanda de uma e meia. Levantei-me com a cabeça parecendo ter um quilo de chumbo e rumei para o banheiro...

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“Dulce desde quando você é ciumenta?”. Questionou Amanda com a expressão assustada. “Quando você namorava a Sandra, lembro-me bem que ela que brigava com você pela ausência de ciúmes”. Ao seu lado estava Hoiako com um sorriso divertido nos lábios, embora que a situação não era nada engraçada.

“Eu não sei o que ocorre em mim. Mas sempre que penso na possibilidade ou vejo alguém perto de Anahí, o meu sangue ferver e eu fico enlouquecida!”. Falei olhando para minhas amigas de tantos anos. “Ela simplesmente tem o melhor e o pior de mim, mas eu só quero lhe oferecer o melhor”.

“Bem. É impossível estar em um relacionamento oferecendo apenas um lado da moeda, a diferença é que você pode controlar os dois lados. Coisa que você não está fazendo! Sinceramente Dulce, terminar com a menina por ela ter se atrasado para a comemoração foi estupidez demais”. Comentou Amanda, tomando uma taça de vinho, balançava a sua cabeça em negativo e eu me senti mais péssima.

“Eu sei que foi e vou resolver isso. Eu não queria que Anahí tivesse passado por isso, ela andou sofrendo um bocado quando os seus pais descobriram o nosso relacionamento e ainda sim, teve forças para lutar pelo nosso amor e dá um jeito de ficarmos juntas”. Comentei, contando tudo que tinha passado com a Anahí.

“Então, ela é uma menina de ouro”. Pronunciou-se a Hoiako pela primeira vez. Ela não era uma mulher de muitas palavras.

“Sim. Ela é”. Suspirei. “Só espero que ela perdoe a minha estupidez e volte para mim”.

“Espero também que ela volte Dulce. Pelo o que você me contou, ela realmente te ama e faz de tudo por você, não sei como você consegue ser tão insegura com uma mulher dessas ao seu lado. Ela é louca por você. Não destruía um sentimento tão belo assim por bobagens”. Pediu Amanda o que me fez se sentir mais mal pela bobagem que eu tinha feito. “Ela vai voltar. Você tem alguma coisa que deixa as meninas arrastando um caminhão por você. Deve ser essa sua cara de sonsa”. Amanda riu, arrancando também o riso de sua esposa e consequentemente, o meu também.

Fiquei olhando o casal a minha frente, tanto anos de casamento e continuavam juntas. Eu quero que eu e Anahí sejamos assim...

O almoço transcorreu com tranquilidade. Mas os meus pensamentos estava fixos em Anahí. O que será que ela estava fazendo? Pensei em liga-la, mas eu conhecia a minha namorada... Ex-namorada, ah, enfim, a conhecia e sabia muito bem como era geniosa, então, decidi que iria esperar um pouco mais para procura-la. O difícil era controlar a saudade e a vontade de estar junto dela.

Terminamos o almoço e saímos do restaurante, Hoiako teve que voltar para ir ao banheiro, estranhei, fazia menos de dez minutos que ela tinha ido. Tinha reparado que durante o almoço, ela tinha ido com bastante abundância ao banheiro.

Amanda se aproximou de mim e murmurou em meu ouvido. “Eu vou ser mamãe”.

Olhei para Amanda com surpresa, mas acabei rindo de felicidade, eu iria abraça-la para cumprimenta-la, mas um carro cantando pneu desviou a nossa atenção. Eu não consegui ver o carro direito.

“É cada louco no trânsito que por Deus”. Comentou Amanda com o semblante franzido...

Depois fui para o meu apartamento. Liguei para minha faxineira ir limpar o chalé, não estava com ânimo para nada. Fiquei todo o meu sábado me corroendo, querendo saber da Anahí e sem sucesso. Ligava para o seu celular e dava para caixa postal, também não estava on-line no Facebook.

Passei o meu sábado tentando me distrair com filmes, com livros, mas sem sucesso. Resolvi ter o controle e esperar até amanhã.

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No domingo de manhã, não aguentei mais esperar. Eu sabia que iria me ferrar, mas tinha que ter notícia de Anahí. Peguei o telefone e liguei para casa de Anahí, já que o seu celular continuava desligado. Se o Enrique atendesse, eu desligaria. Mas para o meu alívio foi a Marichelo.

“Bom dia Marichelo. Aqui é Dulce, eu poderia falar com Anahí, por favor?”. Pedi, mordendo o meu lábio inferior, sentia um frio na barriga inexplicável.

“Ah... Bom dia Dulce. Anahí? Bem...”. Ela hesitou o que era totalmente estranho, a Marichelo não era de fazer isso nunca. “Ela não está em casa. Você poderia vim aqui?”.

“Por quê? Aconteceu alguma coisa com ela?”. Perguntei ao me levantar nervosa.

“Não. Só quero conversar com você. O Enrique levou Breno para assistir um jogo e estou sozinha, venha aqui para conversamos, por favor,”.

“Claro. Daqui a meia hora estarei aí”. Despedi-me dela.

Tomei um rápido banho e sair para a casa de Anahí com uma sensação estranha dentro de mim, como se fosse um aviso. O meu sexto sentido estava à flor da pele. Entrei em meu carro, rezando silenciosamente para que não tenha acontecido nada com a Anahí. Em menos de dez minutos, eu estava na casa de Anahí.

Estacionei o meu carro e antes que eu batesse a porta, a Marichelo abriu e me convidou para entrar. Entrei e sentei-me no sofá. Ela ofereceu uma bebida, mas declinei, estava ansiosa demais para beber alguma coisa, o meu estômago estava debulhado.

Marichelo sentou-se a minha frente.

“Então? O que aconteceu?”. Perguntei com os olhos ansiosos.

Ela cruzou as mãos. “Eu que pergunto á você. O que aconteceu? Na sexta, a Anahí chegou aqui como uma cara horrível, como se tivesse acontecido algo muito ruim. No sábado, ela sai com o Poncho e estranhamente a Maite liga para mim, avisando que estava com Anahí e que ela iria dormir em sua casa. E hoje você me liga...”.

“O que?”. Eu quase gritei, os meus olhos quase saltaram. O ciúme acordando em meu peito, como se fosse um monstro pronto a me devorar. “Ela dormiu na casa do Maite? Por quê?”.

“Eu não faço a mínima ideia. Pensei que você saberia você é a namorada dela e está com mais acesso a ela do que eu. O que diabo está acontecendo Dulce?”. Marichelo me perguntou extremamente séria.

“Eu briguei com ela na sexta e estamos desde então sem nos falar. Na realidade, eu fiquei com ciúmes e terminei com ela. Fui injusta e estou muito arrependida por isto e quero resolver as coisas.”. Levantei-me e passei a mão nos meus cabelos irritada. “Eu vou busca-la!”.

Marichelo também se levantou e iria falar alguma coisa quando um carro parou na frente da casa. Olhei pela janela e o meu sangue ferveu ao ver Anahí com Maite. Sair da casa como uma bala, era hoje que eu mato essa Maite!

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Próximos capítulos: Treta. HAHAHAHA.