Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV ANAHÍ

Eu iria falar, porém, outra voz foi mais rápida. “Solte-a agora!”.

Eu e Maite olhamos em direção da voz e era a Dulce que saia da minha casa com a Marichelo vindo atrás dela. O que eu tinha perdido? O que a Dulce estava fazendo na minha casa? Podia ver mágoa e arrependido em seus olhos. E eu? Olhei-a com mágoa, principalmente por ela ter terminado comigo supostamente para ficar com outra pessoa.

“Ah é? Se eu não soltá-la o que você vai fazer?”. Perguntou Maite com voz irritada e desafio.

“Tirar as suas mãos nojentas dela á força!”. Respondeu Dulce, agora do meu lado e empurrando a Maite com força, pegando-a de fator surpresa.

Maite cambaleou para trás e quase caia. Olhou para Dulce furiosa. Pronto! Agora o circo estava armando.

“Você vai se arrepender por ter me empurrado!”. Avisou Maite furiosa.

“Por favor. Não briguem!”. Pediu Marichelo, prevendo a confusão em sua porta.

Dulce e Maite se encaram com raiva. Eu sabia que Maite fazia aula de defesa pessoal, então, se ela realmente fosse pra cima da Dulce... Bem, a minha ex-namorada iria se dá mal. E mesmo estando magoada com ela, não queria que ela apanhasse.

“Não tenho medo de você, sua cadela pequenez! E vou avisar apenas uma vez: Mantenha as suas mãos bem longe da Anahí!”. Avisou Dulce também furiosa. Eu pensava em dizer algo, mas o que?

“Aviso bem atrasado, minha querida. Minhas mãos e também minha boca esteve bem, mas bem próximo dela ontem”. Provocou Maite com um sorriso de lado.

Foi o suficiente para Dulce explodir e ir para cima dela. “Que baixaria!”. Ainda escutei a minha mãe horrorizada falar.

Eu também tinha achado uma baixaria. Esse tipo de coisa não se fala. Principalmente, quando algumas pessoas da vizinhança estavam observando a confusão. Dulce estava quase em cima de Maite e eu previ o que a Maite iria fazer. Corri até Dulce e gritei um “Não” bem sonoro a empurrado para o lado que se desequilibrou e caiu. Porém, ao invés de eu sair do lugar, fiquei parada feito uma idiota e consequentemente, recebi o golpe que seria de Dulce. Fazendo as três gritarem.

E eu? Bem. O meu corpo foi jogado para trás pelo impacto do chute, mas o pior não estava sendo isso. O pior foi sentir a intensa dor do meu nariz se deslocando e o sangue jorrando do mesmo como se fosse uma fonte. Cai sentada e automaticamente levei a mão para o nariz, sentindo mais dor ainda.

Não sabia se chorava ou ria. Mas aquela dor não era de Deus. Meu nariz latejava e eu podia senti-lo inchado, não sabia o que fazer para controlar o sangue. Marichelo correu até a mim. Maite também iria, porém, foi empurrada pela Dulce.

“Está vendo o que você fez sua idiota?”. Gritou Dulce para Maite e foi me ajudar.

Levantei-me com auxilio da minha mãe e minha ex-namorada. Os olhos de Dulce estavam tão preocupados, que senti vontade de abraça-la.

“Está sangrando muito!”. Gemeu Marichelo, sem saber o que fazer.

“Levanta a cabeça!”. Orientou a Maite. Porém, quando o fiz, o sangue escorreu em mais abundância. “Abaixa a cabeça”. Ela voltou a dizer.

Eu e Dulce olhamos para ela irritadas. “Temos que levá-la ao hospital. Você está bem, meu amor?”. Perguntou Dulce, já me arrastando para o carro. Eu não respondi apenas a fuzilei com os olhos.

“Eu vou pegar a minha bolsa”. Marichelo gritou e correu para dentro de casa.

“Ela está perdendo muito sangue. Temos que parar o sangramento”. Disse a Maite atrás de nós.

“Isso eu sei sua idiota!”. Falou Dulce com raiva.

Eu não consigo pressionar o meu nariz e cada minuto á mais estava se transformando em uma bola. Dulce abriu a porta do seu carro e procurou alguma coisa para estancar o sangramento. A Marichelo tinha voltado toda afobada e entrou no carro de Dulce sem ser chamada. E para minha surpresa, a Maite também entrou.

Dulce olhou para ela sem acreditar. Porém, a mesma deu de ombros. “Eu vou com vocês. Sou responsável por isso e não ficarei aqui”.

“Mas precisa ser no meu carro?”. Perguntou Dulce, adquirindo uma carranca.

“Sim”.

Dulce iria responder, porém, limpei a garganta, o sangue agora descia pela mesma, me causando certa ânsia. Minha ex-namorada se focou em procurar algo para estancar o sangramento e quando achou, colocou em meu nariz com cuidado. Mas mesmo assim, qualquer movimento causava dor. Ela se desculpou e me ajudou a subir no carro.

Coloquei o cinto e fiquei esperando a Dulce entrar no lado do motorista. Eu não falava nada, porque a dor não permitia. Fechei os meus olhos e ignorei todas dentro do carro. Tirando a Marichelo, eu queria matar a Dulce e Maite. Oh se queria!

Finalmente, Dulce deu partida no carro e me levou para o hospital mais próximo...