Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Eu estava feliz ao mesmo tempo confusa. O que é que tinha acontecido com Dulce, não podia classificar como um namoro. Ou romance. Basicamente o que aconteceu foi: Conheci o seu apartamento, nos beijamos... Muito... Bastante... Assistimos a um antigo filme. E só.

Voltei pra casa, extremamente apaixonada. Dormir á noite, e sonhei com ela. Com o seu sorriso... Com o seu jeitinho tão carinhoso de me tratar, e quando chego na escola, ela me olha e desvia o olhar. O que era isso? Uma espécie de brincadeira?

Eu não sabia como era o relacionamento com adultos. Bem, eu achei que eles tinha algum tipo de comprometimento, mas bem... Era complicado, especialmente quando você não sabe o que está rolando. Claro que não espero que ela me pedisse em casamento, e nem namoro, mas eu queria saber o que estava acontecendo com nós.

Então, esperei... Depois que todos saíram, caminhei até ela e bati minha mão em sua mesa, assustando-a. “Então?”.

“Então o que?”. Ela perguntou ainda assustada.

“Eu não entendo, Dulce. O que está acontecendo? Ontem a noite...” abaixei a minha voz “Ontem a noite, ficamos... E hoje, você me trata como se nem me conhecesse”.

“Anahí” Dulce suspirou, olhando para a porta que estava fechada e voltou a olhar para mim. “Aqui é meu ambiente de trabalho. É o local que você estuda. O que espera? Que eu fique de sorrisinho e olhares apaixonados pra você? Não podemos nos arriscar dessa maneira, seria prejudicial”.

Eu me senti uma boboca agora. “Tudo bem, desculpe-me... Você tem razão, é que me sinto tão perdida, não sei o que está acontecendo entre nós. Eu estou perdida, Dulce”.

Dulce suspirou e disse. “Não está acontecendo nada entre nós, Anahí... Ontem, eu...” ela baixou a cabeça.

“Tudo bem. Eu entendi. Entendi perfeitamente bem. Você sente vontade de me beijar e me chama, quando cansa de mim, me esnoba. Certo”.

Eu ia saindo, mas Dulce segurou em minha mão. “Anahí, não quero que você fique pensando esse tipo de bobagem, você sabe como é complicado tudo...”.

“Sim, eu sei. Você vive repetindo isso. Eu até já decorei. Você é minha professora e eu sou a sua aluna menor de idade”. Puxei a minha mão com força, meus olhos estavam marejados. “Agora, faça um favor? Pare de fingi que não está acontecendo nada entre nós. Porque já foi mais que comprovado que sim!”.

Sai da sala sem deixa-la falar qualquer coisa. Era incomodo isso! Eu... Meu Deus. Como os adultos complicavam as coisas. Por mim, tudo seria muito simples, muito fácil. Mas pra Dulce... Era isso. Eu não podia me deixar abater, não podia. Disse a mim mesma.

Fui abraçada por uma pessoa. E eu sabia que se tratava do meu melhor amigo, me virei e dei um beijo em seu rosto. “Obrigada”.

Alfonso acariciou meu cabelo. “Obrigada por?”.

“Por me abraçar. Ás vezes, uma garota precisa só de um abraço do seu melhor amigo”. Eu respondi, dando um beijo em sua testa.

Poncho riu, ainda acariciando meu cabelo. Me olhou com aqueles lindos olhos. “Está se apaixonando por mim, Portilla?”.

Eu rir, balançando a cabeça em negativa. “Nem se você fosse à última pessoa na fase da terra, Herrera.” Me soltei dele, esses dias, eu estava tão focada em mim, que me esquecia completamente do mundo alheio. “Me conta das novidades da escola”. Pedi.

“Bem... Terá uma festa no sábado”.

“Hum, que interessante. Na casa de quem?”.

“Teresa Albuquerque. Festa de piscina. Ela está louca pra mostrar aqueles gigantes seios siliconados de biquíni. Não vamos perder esse, não é?” ele me olhou, seus olhos agora estavam brilhantes de expectativas.

Eu fiquei um pouco pensativa, eu não estava no clima de festa. Mas finalmente disse. “Sim, é claro. Iremos”.

Poncho deu um gritinho, e bateu palminhas.  Eu rir. Deus! Como ele era gay.