Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

POV ANAHÍ

Depois de removeram os absorventes internos e limparem o sangue seco do meu rosto fizeram uma radiografia craniofacial para saber a proporção da fratura do meu nariz. Não precisava ser nenhum gênio para saber que o meu nariz foi quebrado, o médico constatou com o exame clínico, porém, precisava saber onde e a intensidade. Ainda doía muito, mas a dor era suportável. Como foi um raio x de urgência, rapidamente peguei o mesmo e fui para a sala do médico, porém, ele estava vendo um paciente da internação que aparentemente tinha passado mal. Então, ficamos esperando em sua sala.

O meu nariz ainda latejava consideradamente e doía, mas eu não era o tipo de pessoa que ficava reclamando constantemente. Eu era dramática em muitos sentidos de minha vida, menos quando se tratava de dor.

“Como está se sentindo filha?”. Perguntou-me Marichelo. Eu sabia que ela não iria ficar calada por muito tempo.

“Cansada, com dor e quero ir para casa dormir”. Respondi, olhando a parede branca á minha frente.

“Eu nunca pensei em toda minha vida que viria duas mulheres brigando pelo amor de minha filha. E também nunca pensei que uma delas quebrariam o seu nariz. Por que diabos ficou na frente da Maite?”. Explodiu Marichelo, olhando-me.

“Maite faz defesa pessoal. A Dulce iria se dá muito mal!”.

“Ao contrário de Dulce, quem se deu mal foi você”. Ironizou a Marichelo.

Revirei os olhos. “A propósito. O que Dulce estava fazendo em nossa casa? E o Enrique?”. Questionei curiosa.

Marichelo respirou fundo. “O Enrique foi com o Breno assistir uma partida de vôlei em Summer City. A Dulce me ligou perguntando por você, eu estranhei, estava cabreira por você ter ido dormir na casa do Poncho, achei mais estranho ainda por ter a Maite me ligado para informar. Juntei as peças e percebi que tinha uma coisa muito errada acontecendo. Eu a escutei chorando na noite anterior em seu quarto, sabia? Então, como o seu pai tinha saído, pedi para a Dulce ir lá em casa. E ela me contou que foi injusta contigo e tinha terminado e claro, que estava muito arrependida. Não deu para conversar muito, escutamos um carro parar e quando olhamos, era você e a Maite. A Dulce ficou transtornada e o resto você sabe”. Contou ela. “Mas que história era aquela que Maite falou sobre mãos e boca? Você transou com ela?”. A cara da Marichelo era péssima quando ela fez a pergunta. Dava para ver muito bem que ela não estava contente com isso.

Fiquei vermelha com a pergunta direta. “Mãe eu...”. Comecei a falar, mas o seu olhar reprovador já me dizia que ela já sabia da resposta.

“Pelo amor de Deus! Não é porque você é homossexual que significa que pode sair fazendo sexo por aí com todas”. Repreendeu ela, me deixando revoltada.

“Eu não saio por aí fazendo sexo com todas. Só fiz apenas com a Dulce... E com a Maite, mas nem me lembro, então...”. Calei quando o queixo de Marichelo quase parou no peito.

“Como assim não se lembra?”. Ela quase gritou, mas controlou a voz.

Cada vez que eu abria a boca me enrolava mais. Achava que Marichelo iria pular em cima de mim a qualquer momento e terminar de quebrar o resto do meu nariz. “Mãe... Eu... Desculpe-me, prometo que não irá mais acontecer, esse lance de transar e não lembrar”. Gesticulei e fiz uma careta, eu não queria aprofundar no assunto.

Marichelo respirou fundo. “Eu espero que não aconteça mesmo, Anahí. Você não pode se desvalorizar dessa maneira. Eu sei que os tempos mudaram, mas não quero você nessa vibe”.

“Não se preocupe. Você tem a minha palavra. E outra, eu só quero a Dulce. A Maite foi uma eventualidade da vida”. Cruzei os meus dedos em promessa e dei um beijinho rápido.

“Acho bom”.

Não demorou mais de cinco minutos para o médico aparecer. Ele sentou-se em nossa frente e analisou a radiografia. Fiquei apreensiva. Será que precisava de cirurgia?

“Boas notícias, srta. Portilla. A fratura foi leve e não necessitara de cirurgia...”. Ele falou me olhando e respirei fundo aliviada, porém, foi um grande erro, já que meu nariz doeu pra caramba quando fiz isso. “... A reposição do osso pode ser feita manualmente. Poderia sentar na maca, por favor?”. Ele pediu já se levantando e abrindo um armário de vidro que tinha alguns frascos de medicamentos dentro.

Levantei-me e me sentei na maca. Esperei pacientemente o médico lavar as suas mãos, aspirar à medicação e por as luvas. Ele se aproximou de mim com a seringa em uma mão. “Isso é lidocaína, é um anestésico que irá aliviar um pouco e você não sentirá muita dor quando eu fizer a reposição”. Olhei pra agulha um pouco nervosa. Odeio agulhas!

Ele aplicou a anestesia em meu nariz. Confesso que a picada doeu. Doeu mesmo! Mas foi rápido. Também o efeito foi rápido, o meu nariz parou de latejar. O médico descartou a seringa e voltou para perto de mim. Ele me olhou e sorriu. “Agora eu quero que você aguente firme... Isso vai ser um pouco incomodo”.

Apenas balancei a cabeça em positivo. Ele colocou os dedos em meu nariz, fechei os olhos... Acho que não iria doer tanto assim... Engano meu. O meu grito ecoou pela sala quando o maldito médico movimentou seus dedos!

Minutos depois, estava liberada. Voltei para a recepção com Marichelo e estranhei ao ver Dulce e Maite sentada, sujas e com alguns hematomas pelo corpo, eu nem perguntei nada para não me estressar, mas era nítido que as duas tinham saído na porrada! Ah Deus. Santa paciência. Revirei os meus olhos, sem querer saber o que tinha acontecido entre elas e segui para o estacionamento com ambas e Marichelo na minha cola.

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Duda:Continuando...

Gabriele:Pode ficar despreocupada! Hahaha. Maite é caso passado e virado!

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