Fanfics Brasil - Capítulo 111. Como tudo aconteceu. — FINALIZADA.

Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.


Capítulo: Capítulo 111.

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Eu tinha apagado... Não sei quanto tempo passei no chão. A exaustão emocional me deixou destruída, quando abrir os olhos, o Enrique estava em pé na porta com o semblante sério. Sentei-me, sentindo todo o meu corpo reclamar. Olhei para o relógio em cima do meu criado-mudo e era quase quatro horas da manhã.


 


“Fiquei pensando quanto tempo iria demorar a acordar. Se vista ou iremos nos atrasar. Espero que não demore. Você não vai gostar de me ter novamente aqui”. Ele disse friamente, e saiu do quarto.


 


Atrasar? Para onde? Levantei-me com dificuldade. O meu corpo parecia não obedecer aos meus comandos. Acho que o tempo que passei no chão frio contribuiu também para as dores. Não querendo despertar a fúria do meu pai, vesti praticamente a primeira roupa que vir pela frente: Calça jeans, uma blusa de lã e um tênis surrado. Prendi o meu cabelo em um coque mal feito. O meu rosto estava horrível e o meu corpo tinham marcados do cinto. Ao menos, no meu corpo dava para esconder... Mas no rosto precisaria de maquiagem, porém, não o fiz.


 


Desci com muito esforço. O meu corpo pedia para ir pra cama. Minha cabeça estava pesada. Encontrei os meus pais e o meu irmão no andar de baixo. Marichelo chorava, assim que me viu, correu até mim e me abraçou fortemente, arrancando um gemido de dor meu. “Desculpe-me minha filha... Desculpe-me... Eu não pude fazer nada”. Lamentou-se minha mãe.


 


“Do que você está falando, mãe? Onde está a Dulce?”. Perguntei um pouco lenta e angustiada.


 


“A sua amante está bem. Por hora. Mas claro. Tudo depende de você!”. Respondeu o Enrique. “Marichelo, solte-a. Deixe do seu drama”.


 


Marichelo me soltou, segurou o meu rosto e beijou as minhas bochechas com carinho. Comecei a ficar preocupada. “O que está acontecendo?”.


 


De repente, Breno se levantou e gritou. “Você é um monstro! Eu odeio você!”. E correu para o andar de cima.


 


“Cuidado com suas palavras, rapaz!”. Enrique gritou alto o suficiente para ele escutar. “Vamos embora, Anahí. Antes que eu perca a paciência!”.


 


Olhei para Marichelo em busca de resposta, porém, o seu choro aumentou. Ela voltou a me abraçar, mas logo soltou. “Vá com o seu pai”. Sua voz saiu fraca. “E me perdoe por ser uma mãe fraca”.


 


Eu ia respondê-la. Mas o Enrique me pegou pelo braço com força, me fazendo gritar de dor e me arrastou para a garagem. Abriu a porta do carro e me jogou dentro de qualquer jeito. A minha cabeça bateu no painel do carro, causando uma dor chata. Mas de todas as dores que eu tinha sentido hoje, essa foi o de menos. Ajeitei-me no carro e coloquei o cinto de segurança.


 


Enrique entrou e sentou do meu lado. Colocou o cinto e deu partida no carro.


 


Ele dirigia em alta velocidade. O semblante ainda estava transtornado. Não parecia o meu pai, parecia um louco que estava do meu lado. Comecei a temer pela minha vida. O seu jeito violento me deixava tremula. Eu queria perguntar para onde íamos, porém, o medo sufocava a minha voz. O meu coração começou a ficar pesado, pressentindo que alguma coisa muito ruim iria acontecer.


 


Enrique parou o carro no estacionamento do aeroporto. “Desça!”. Ordenou ele.


 


Eu desci rapidamente, sem entender o que estávamos fazendo no aeroporto. Ele abriu o porta-malas e retirou duas malas. “Pegue”. Disse, arrastando com o pé uma mala.


 


O pânico começou a me atingir. “Não!”. Eu disse, recebendo um olhar selvagem do Enrique. “O que estamos fazendo aqui? Para que são essas malas?”.


 


“Melhor você pegar essa mala e começar a andar, Anahí. E sem fazer escândalo. Você acha que por estar em um lugar público eu não irei bater em você?”. Ameaçou Enrique com a voz fria. “Pegue essa mala antes que eu lhe puxe pelo cabelo!”.


 


Um arrepio percorreu pelo meu corpo, deixando as minhas entranhas geladas. Era o medo me corroendo. Peguei a mala mesmo contra a vontade. Sabia que ele seria capaz de cumprir a sua ameaça.


 


Entramos no aeroporto e Enrique me mandou esperar quando chegamos no quiche. Não demorou mais que dez minutos e ele retornou. “Vamos para o portão de embarque. O nosso voo sai daqui a meia hora”. Informou ele.


 


Arregalei os olhos. “O que? Que voo? Para onde?”. A bile chegou a minha garganta, deixando a minha boca amarga. Fui obrigada a engoli-la. Estava nauseada.


 


“Brasil. A partir de hoje, você vai morar com a sua avó. E antes que faça alguma gracinha, melhor reconsiderar. Estou sendo bastante benevolente contigo. Eu poderia ter denunciado a Dulce. Você acha que por ela não ser mais a sua professora que isso livraria a cara dela em relação a você? Saiba que não! O fato de ela lhe induzir já piorava a situação dela, e ainda mais sendo a sua professora?”. Ele deu um sorriso malvado ao ver minhas lágrimas. “As coisas complicariam mais ainda. Isso resultaria em prisão perpetua”.


 


As lágrimas caiam dos meus olhos. “Ela não me induziu! Foi consensual!”. Eu rebati, com a voz em sussurro.


 


“É muito fácil fazer o juiz acreditar que você está mentindo apenas para proteger a Dulce. Como também é fácil dizer que você está sendo coagida pela mesma a fazer isso. Nada que um bom advogado não consiga manipular. Então, antes de pensar em fazer qualquer gracinha, vamos para o portão do embarque. O destino de sua namorada estar em suas mãos”.


 


“Eu nunca vou lhe perdoar por isso!”. Gritei, chamando atenção de alguns passageiros, não conseguia controlar as minhas lágrimas.


 


Enrique me pegou pelo braço e me puxou para junto de si. Murmurou em meu ouvido. “Adivinha... Eu não preciso do seu perdão para viver”. Arrastou-me para o portão.


 


E eu deixei-me levar... Sentindo-me derrotada. Finalmente o meu pai tinha conseguido me destruir. A maldade humana venceu o amor. Porque ele não podia entender? Qual era o problema dele? Eu não conseguia acreditar como um pai poderia ser tão cruel com a sua filha dessa forma. O Enrique estava sendo desumano. O meu choro, a minha angustia não o convencia. Eu estava sofrendo por ir embora da mulher que amo, da minha família e dos meus amigos. Não tive tempo de me despedir de nenhum. O que Dulce iria pensar?


 


Eu era uma fraca por não ter batido de frente com o Enrique. Eu não podia arruinar a vida de Dulce... Ela era brilhante. Eu sabia que ela teria uma vida brilhante. Não podia ser arruinada por minha causa.


 


Encolhi-me assim que sentei na poltrona do avião. O meu coração palpitava. Eu queria gritar o mais alto que podia. Queria xingar o mundo, porém, engoli toda sensação para dentro de mim, deixando o meu coração mais pesado ainda. O único alívio que eu tinha era quando as minhas lágrimas pesadas caiam. Eu estava vivendo um pesado chamado vida...


 


**



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Autor(a): ThamyPortinon

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Melancolia e exaustão eram o que me classificava nesse momento, depois de quase 16 horas de voo, com direito a escala. Eu estava sofrendo de Jet lag. Parecia uma múmia quando desembarquei no Aeroporto Internacional dos Guararapes em Recife. O Enrique tinha origem brasileira. De cinco e cinco anos, nossa família viajava para Recife para visitar a minha av ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 789



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  • tryciarg89 Postado em 27/10/2023 - 12:11:12

    Eu não tenho palavras pra descrever como esse final acabou com meu emocional,estou desidratada e muito triste.Essa fic foi simplesmente apaixonante,passei muito nervoso durante os períodos que elas não estavam juntas,mas em compensação o restante foi de tanto amor, foi linda essa história,muito linda mesmo, parabéns por essa história tão comovente!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:05:20

    Eu poderia adaptar sua fanfic no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se você quiser que eu apague eu apago :)

  • Furacao Maite Postado em 05/12/2021 - 09:13:44

    Thamyyy posso adaptar a sua fanfic com os devidos créditos, pleaseeeee??

  • beedle Postado em 18/06/2017 - 20:59:14

    Acabei de ler essa fanfic e que história incrível em todos os detalhes. Tentei não chorar, mas não pude evitar um lágrima escorrer pelo meu rosto. Você é incrível Thamy, parabéns por esse teu dom da escrita. Palmas pra ti, muitas palmas pra ti

  • lika_ Postado em 17/11/2016 - 13:23:53

    essa é a unica fic que eu li que me faz chorar toda vez que eu releio ela parabens Thamy portinon voce é uma grande escritora

  • duda_kakimoto Postado em 29/05/2016 - 12:05:07

    Que SDDS VEIII :(

  • lua_portinon Postado em 17/05/2016 - 22:02:50

    Fic perfeitaaaaaa <3

  • ThayLosA Postado em 23/04/2016 - 23:19:54

    chorei muito... simplesmente amei o final, mais estou um pouco triste. vc escreve muito bem. vou espera vc começa a posta na nova fanfic com muita ansiedade.

  • Julia Klaus Postado em 23/04/2016 - 21:14:27

    Amei a história. Parabéns :)

  • Furacao Maite Postado em 23/04/2016 - 18:28:33

    genteeeeeeeee que fic maravilhosa!!!! amei, amei, amei!!! triste , mas amei! gente! você escreve muito bem! estou maravilhada!! com certea vou ler a nova fic!!!! parabens


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